16 de mar. de 2010

mulher de malandro




Todos nós temos fetiches, fato. Com um pouco de sorte, realizaremos parte deles e, com muita sorte (e algum dinheiro) realizaremos todos eles ainda que pense isso como quase impossível posto que a mente humana é pródiga em buscar novas formas e fontes de prazer.
 
Considere-se também o fato de que o manjar dos deuses para uns é bosta para outros e assim fica ainda mais difícil dizer que uns realizaram ou não todos os seus fetiches. Porém, um dos que considero como quase consenso (ao menos com quem já discuti o assunto) é foder com presidiários ou ex-presidiários.
 
Creio que seja aquela sensação de flertar com o perigo, de sentir-se a mulher do malandro além do ar de macho que esse tipo de cidadão transpira. Enfim, não me recordo bem o ano mas lá se vão uns vinte mais ou menos, quando eu realizei esse fetiche.
 
À época, saíra de casa pela primeira vez e me deslumbrava com o fato de ter um lugar só meu e que acabou virando um tipo de garçonière. Certa noite, o esquenta rolava solto em casa com amigos e resolvemos então finalmente sair indo parar na Vieira de Carvalho (para os de fora de SP, seria a Farme no Rio ou a Liberty Ave local) que, na época, ainda era freqüentável.
 
Chegando lá, o esquenta entrou em ebulição e nem mesmo sabia quanto já havia bebido ou mesmo em que bar estava quando resolvemos sair dele e ir para outro. Não estava imprestável mas bem alto. Na rua, fomos nos dirigindo ao Vermont quando em sentido contrário passa por nós um moreno com cara de macho me deixando já untada.
 
Não tive dúvidas e depois que ele passou, olhei para trás e ele também e não precisou mais que isso para que eu deixasse meus amigos e fosse conversar com ele. Não me recordo exatamente o que aconteceu com meus amigos depois disso, a lembrança deles se resume a um borrão completo mas lembro bem do malandro, isso sim.
 
Começamos com banalidades, nome, idade, o que curtia fazer e afins e acabamos entrando num boteco para tomar mais umas. O papo lá seguiu nas amenidades e não me lembro que frase ou palavra acabou colando minha boca na dele. Era macho mesmo, beijava com fogo e como se quisesse arrancar minha boca. Não era bombado mas era moldado na vida, dava para perceber.
 
Quando ele resolveu me soltar, quase sangrava pelos lábios e então notei que ele tinha várias tatuagens nos braços uma vez que ele tirara a jaqueta que vestia. Eram daquelas vagabundas, feitas na cadeia mesmo, impossível negar e isso só aumentou meu tesão. Não perguntei nada mas ele deve ter notado pois disse que realmente saíra a pouco tempo da cadeia e não me lembro exatamente a causa de ele ter ido lá parar. Eu disse que não me importava e devo ter soltado uma daquelas balelas sociológicas demagogas.
 
Então ele quis sair do boteco, disse que queria fumar. Não me fiz de rogado e paguei a conta como boa bisca que sou. Saímos e nos dirigimos para o Arouche, próximo às floriculturas e lá sentamos num banco. Já era alta madrugada, nem me preocupei se podíamos ser assaltados ou mortos mesmo porque se ele era bandido eu, como sua puta, estava garantida. Lá, ele puxou um baseado e fumamos, disse que queria me ter como sua fêmea, sua puta e que ia me apresentar para os colegas dele bandidos também. Dizia isso e ma agarrava, puxava o beque e me beijava e eu já me vendo num gang bang na favela ou, na pior hipótese, nas paginas policiescas.
 
Enfim, o beque acabou e eu, louca, o levei para casa. Hoje, tremo só de pensar no que fiz. Chegamos ao apartamento e imagino que o porteiro tenha ficado horrorizado mas guardado para si e para as fofoqueiras do prédio quaisquer comentários. Assim que entramos em casa, ele me agarrou de jeito e me jogou no chão, ia me estuprar e com meu mais absoluto consentimento. Com esforço pedi um tempo e ele consentiu dizendo que queria tomar uma ducha.
 
Levei-o ao banheiro e uma vez no chuveiro perguntou se havia comida pois estava faminto. Imbuído do mais puro espírito Madre Teresa, fui para a cozinha e preparei o que era possível para meu macho que, ao sair do banho, devorou meus quitutes com avidez. Nem sei se estava bom de gosto ou o que era mas ele comeu e lambeu os beiços. Na certa devia ser muito melhor que o rango da cadeia.
 
 
De bucho cheio, ele me pegou pela mão e fomos ao quarto onde ele me fudeu sem dó tamanha devia ser a carência de foda na cadeia ou ao menos de uma como eu, moça de família, culta, carnes tenras e não aquelas coisas da prisão. Não era dotado mas era um cacete de respeito que eu mamei como se fosse o último na face da terra. Ele me enrabou sem dó, a borracha queimava em contato com minhas pregas e ele me chamando de putinha e de minha mulherzinha.
 
Poucas vezes gozei tanto e com tanto gosto. Por incrível que pareça, o macho bandido dormiu abraçado comigo. No dia seguinte, acordei atrasado, precisava trabalhar. Ele tomou banho e fiz café para meu ladrão. Ele me beijou com desejo mais uma vez, o gosto do café misturado com sua boca me deu tesão mas precisava ir. Ele então me fez um último pedido: precisava de uma calça pois a dele estava imprestável. Só então vi o estado em que ela realmente estava e nem mesmo os mendigos iam querê-la.
 
Procurei algo que lhe servisse e lhe dei, ele agradeceu e me beijou de novo. Saímos e, na porta do prédio, nos despedimos de forma meio fria desejando sorte um ao outro cientes de que aquela noite fora única e dificilmente se repetiria. Quando voltei naquela noite, a calça podre ainda estava lá e não resisti, bati uma pensando nele e gozei sobre ela jogando-a, em seguida, no lixo junto com o desejo de rever meu marginal.
 
Muito tempo depois eu o vi de novo na Vieira mas ele ou não me reconheceu ou assim o fez e depois disso nunca mais mesmo. Só restam as lembranças da foda que foi maravilhosa pois nem mesmo o nome dele eu me lembro mais.
 
Por uma noite que seja, eu fui mulher de bandido.

6 comentários:

  1. ladies and gentleman, meu marido.

    ResponderExcluir
  2. Jesus amado ... estou aqui arrepiado até agora ... arrepiado e melado ... adoooro estas coisas tipo mais sórdidas ... isto é sacanagem né querido? me obrigar a ler isto depois de mais de uma semana na secura total ... ah neimmmmmm ... DD ... prepare-se ... hoje tem que rolar muita "baixaria" ... nhaaaaaaaaa

    adorando viajar por aqui querido ... tesão puro ...

    bjux

    ;-)

    ResponderExcluir
  3. ops esqueci de um registro ... o coments do Wans foi tudo de bom ... kkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkkk

    bjux

    ;-)

    ResponderExcluir
  4. Alex, dear... eu gostaria de fazer um reZistro... tô com um pobRema assim: meu amigo chegou aqui em casa sem bRusa e veio pegando pois achava que eu fazia pOgrama... acho que ele tava pensando em estRupo... Que faço eu?????
    Hahahahahahahahahahahahahaha!!!!!!
    PS: por quantos dias devo usar a cueca... pode ser suada?
    Hahahahahahahaha!!!!!!

    ResponderExcluir
  5. Hahahaha, o melhor foi o comment cavalheiresco do Wans! Melo, vc tem o dom de relatar, viu... sua bisca! You go, girl! Perto de vc eu virei Ursinhos Carinhosos! hahahaha

    ResponderExcluir

one is the loniest number...

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...