Delicado. Singelo.
De cara, julguei que fosse algo voltado para o terror mas a cada página, a poesia da estória pulava ante meus olhos. Já quase no fim, os olhos estavam mareados e, ao ler a última página o choro rompeu descontrolado, aos soluços, violento. Certamente uma das coisas mais belas que já li.
A última vez que chorei tanto com um quadrinho foi esta aqui:
Não vou falar mais nada, quem se interessar, leia o quanto antes.
28 de jul. de 2010
No trabalho
Ela: ‘Imagina só! Descendo do ônibus hoje, uma cara me chama e me dá esse papelzinho’
Me entrega um papel dobrado no qual, após aberto lia-se algo como: ‘Bom dia! Tenho percebido umas trocas de olhar (sic) entre nós, estou certo? Gostaria de saber como faço pra te conhecer se é que não tem compromisso com alguém já. Abraços, Emerson’ e seguiam três números de celular de três operadoras diferentes além de um endereço de e-mail.
Eu: ‘Olha só, ele deve mexer com filmagens pois aqui no topo diz Emerson: Vídeo, Foto e Imagem..’
Ela: ‘Ai, será que agora eu viro estrela?’
Eu: ‘Só se for a Dama do Lotação’
Fim da conversa
26 de jul. de 2010
Atchison, Topeka and Santa Fe
Atchison
Sexta, depois de muito tempo, acompanhei Wans e Fernando ao ABCBailão. Acho que foi o canto do cisne de minha vida ‘nightclubbing’ pois mal consegui ficar por lá por mais do que um par de horas.
O som não estava lá essas coisas, fator que deve ter apenas atuado como catalisador de meu descontentamento mas não foi determinante para o mesmo. Não sei, acho que não consigo mais ficar em um lugar cheio de gente (e nem lotado estava, podíamos dançar com tranqüilidade) com som alto e efeitos de luz. Algo ali não encaixava e era eu.
Vá lá, pode ter sido apenas a má escolha de ter saído na Sexta, depois de um dia longo de trabalho mas duvido que se tivesse escolhido o Sábado teria formado outra opinião. Ainda vou dar mais uma chance para uma próxima vez apenas para fazer a famigerada prova dos 9 mas antevejo que esse tipo de coisa já não me é mais tão agradável.
Fato é que prefiro mais sentar em algum boteco e encher a cara de ‘pinga’ e papo devidamente acompanhado por pessoas que saibam misturar os dois em doses certas. Face it, you’re growing old (and it is ok as long as you don’t grow up).
Topeka
Por outro lado, Sábado fizemos uma festa para meus anos que se completaram dia 5 passado. Ali sim foi uma balada agradável pois:
1. Só haviam meus amigos
2. O DJ era contratado nosso e só tocou o que a gente queria
3. O dono do bar era amigo nosso
Santa Fe
Dia desses, desci na Sé para pegar o metro sentido Barra Funda, indo para casa. Sempre vi cartazes por lá sobre o ‘Seis na Sé’ um projeto que leva variados tipos de música, teatro e outros eventos das seis da tarde às sete da noite lá na estação Sé do metro com o intuito de deixar o pessoal mais relax para enfrentar o transporte de gado até suas casas.
Nunca dei muita atenção colocando o evento no rol daquelas coisas ‘pra amanhã’ mas, nesse dia, ouvi o que parecia ser uma ‘big band’ tocando isto aqui. Não resisti e subi, encontrei uma banda do exército executando clássicos de Glenn Miller e fiquei lá entretido com as canções até o final da apresentação. Sempre gostei de Big Bands, influencia clara de meus pais que amavam Miller, Dorsey e afins.
No final, eles tocaram o hino nacional e vou confessar, todo mundo ali (estava bem cheio), cantou de peito aberto e eu cantei também numa catarse coletiva que acabou quando todos disseram pátria amada Brasil. Voltei para casa mais leve, mais tranqüilo, prometendo voltar a Sé para ver quem vai estar tocando.
Essas coisas que permeiam o dia e que a gente escolhe não ver.
Sexta, depois de muito tempo, acompanhei Wans e Fernando ao ABCBailão. Acho que foi o canto do cisne de minha vida ‘nightclubbing’ pois mal consegui ficar por lá por mais do que um par de horas.
O som não estava lá essas coisas, fator que deve ter apenas atuado como catalisador de meu descontentamento mas não foi determinante para o mesmo. Não sei, acho que não consigo mais ficar em um lugar cheio de gente (e nem lotado estava, podíamos dançar com tranqüilidade) com som alto e efeitos de luz. Algo ali não encaixava e era eu.
Vá lá, pode ter sido apenas a má escolha de ter saído na Sexta, depois de um dia longo de trabalho mas duvido que se tivesse escolhido o Sábado teria formado outra opinião. Ainda vou dar mais uma chance para uma próxima vez apenas para fazer a famigerada prova dos 9 mas antevejo que esse tipo de coisa já não me é mais tão agradável.
Fato é que prefiro mais sentar em algum boteco e encher a cara de ‘pinga’ e papo devidamente acompanhado por pessoas que saibam misturar os dois em doses certas. Face it, you’re growing old (and it is ok as long as you don’t grow up).
Topeka
Por outro lado, Sábado fizemos uma festa para meus anos que se completaram dia 5 passado. Ali sim foi uma balada agradável pois:
1. Só haviam meus amigos
2. O DJ era contratado nosso e só tocou o que a gente queria
3. O dono do bar era amigo nosso
Santa Fe
Dia desses, desci na Sé para pegar o metro sentido Barra Funda, indo para casa. Sempre vi cartazes por lá sobre o ‘Seis na Sé’ um projeto que leva variados tipos de música, teatro e outros eventos das seis da tarde às sete da noite lá na estação Sé do metro com o intuito de deixar o pessoal mais relax para enfrentar o transporte de gado até suas casas.
Nunca dei muita atenção colocando o evento no rol daquelas coisas ‘pra amanhã’ mas, nesse dia, ouvi o que parecia ser uma ‘big band’ tocando isto aqui. Não resisti e subi, encontrei uma banda do exército executando clássicos de Glenn Miller e fiquei lá entretido com as canções até o final da apresentação. Sempre gostei de Big Bands, influencia clara de meus pais que amavam Miller, Dorsey e afins.
No final, eles tocaram o hino nacional e vou confessar, todo mundo ali (estava bem cheio), cantou de peito aberto e eu cantei também numa catarse coletiva que acabou quando todos disseram pátria amada Brasil. Voltei para casa mais leve, mais tranqüilo, prometendo voltar a Sé para ver quem vai estar tocando.
Essas coisas que permeiam o dia e que a gente escolhe não ver.
22 de jul. de 2010
tangina diz...
Colômbia diz que vai deixar Chaves só o pó!
Chaves diz que vai chamar a Chiquinha, o Kiko e o Seu Barriga!
20 de jul. de 2010
Mercado vê...
Você vai ganãr una passajem da Air France...
Nota: ahora, Mercado tambien faz previsiones en el afternonsense...aguardje...
moldes, amigos e as leis
Moldes
Acho graça dizerem que dois pais ou duas mães não serve como modelo de família. E os filhos que são criados apenas pelo pai ou apenas pela mãe? E os que o são pela avó ou avô? E os que são criados por estranhos? E os que nem mesmo são criados por alguém e sim auto-criados?
Resultaram em defeitos? Em aberrações? Talvez uma parte mas e os que vingaram e contam a estória hoje? E que dizer dos que foram criados no sacro modelo papai/mamãe e deram em maníacos e afins? Até quando precisamos engolir esse clichê patriarcal, retrógado fundado na podridão de religiões caducas sedentas de não perder o controle o sobre o gado?
Se a religião realmente se preocupasse com o bem estar da alma e entre os homens teríamos um mundo melhor, porque sempre que olho parece ser a fé a origem de todos os males?
Ops, não é ela, somos nós que não a entendemos em absoluto...
Amigos
A todos que passam por aqui e que considero meus amigos:
As leis
Hoje, foi assinada a lei que pune com prisão, seja no mundo público ou privado, quem negar promoção ou progresso profissional por motivo de preconceito de raça e afins.
Se for viado, não tem problema, pode discriminar sem dó. Vou morar na Argentina...
Acho graça dizerem que dois pais ou duas mães não serve como modelo de família. E os filhos que são criados apenas pelo pai ou apenas pela mãe? E os que o são pela avó ou avô? E os que são criados por estranhos? E os que nem mesmo são criados por alguém e sim auto-criados?
Resultaram em defeitos? Em aberrações? Talvez uma parte mas e os que vingaram e contam a estória hoje? E que dizer dos que foram criados no sacro modelo papai/mamãe e deram em maníacos e afins? Até quando precisamos engolir esse clichê patriarcal, retrógado fundado na podridão de religiões caducas sedentas de não perder o controle o sobre o gado?
Se a religião realmente se preocupasse com o bem estar da alma e entre os homens teríamos um mundo melhor, porque sempre que olho parece ser a fé a origem de todos os males?
Ops, não é ela, somos nós que não a entendemos em absoluto...
Amigos
A todos que passam por aqui e que considero meus amigos:
As leis
Hoje, foi assinada a lei que pune com prisão, seja no mundo público ou privado, quem negar promoção ou progresso profissional por motivo de preconceito de raça e afins.
Se for viado, não tem problema, pode discriminar sem dó. Vou morar na Argentina...
19 de jul. de 2010
tangina adverte..
melo triste está...
só três pessoas leram bolinhas de gude (tudo bem, até Tangina perdeu os ovários de tão longo se bem que Tangina já sabia o desfecho e toda estória afinal, sou Tangina...)
não preciso dizer que Tangina também está triste e Tangina triste é um futuro incerto aos leitores...
tangina (séria) diz...
Família não tem modelo.
Família não tem receita.
Família não tem nada.
Não é sangue pois se fosse não seria derramado tão fácil e despreocupadamente.
É ter em quem confiar, ter a quem amar e ser amado, é chegar em um lugar que te faz sentir aconchegado, à vontade, seguro.
Gente que dá norte, sentido, uma visão dos rumos que se pode seguir e de coisas a serem preservadas e respeitadas, bagagem, conteúdo e estrutura.
Se isso está ligado únicamente ao gênero, então há algo muito errado com todos nós...
mano y mano
Nota: quando escrevi este texto nem mesmo tinha lido o Intro ou 2Lost e são textos excelentes sobre o tema. Espero que aprecie este e que leia os outros também pois creio que resumem bem o que muitos de nós pensam. loveasalways,m.
Quando achamos que nada mais podia acirrar a rixa entre nós e nossos ‘hermanos’ eis que eles num acesso de vanguarda inigualável aprovam a união de pessoas do mesmo sexo.
Só nos resta engolir seco e aplaudir esse avanço da sociedade portenha que joga poeira em nossos olhos ainda mais quando, segundo pesquisa, a maioria da população daqui é contra a adoção por casais homossexuais. Sempre disse aqui que sou contra extremismos e que não desejo ver nossa luta pautada pela intolerância contra a qual tanto lutamos mas, às vezes... É uma linha muito, mas muito tênue entre lutar e impor e às vezes acho que cruzamos essa linha de forma não intencional (procuro acreditar).
Francamente, certas vezes vejo nossa militância mais preocupada em causar, aparecer e apontar dedos para os intolerantes do que efetivamente fazer algo para promover nossa almejada igualdade de direitos e com isso, municia ainda mais nossos opositores que devem sim ser respeitados ainda que seus motivos sejam pouco claros pois são embasados em uma lei que ainda leva ranço de um Estado impregnado de religião que lhes outorga, sem maiores direitos a dialogo, direito de dirimir sobre o que é ou não aceitável e em uma cultura que ainda é muito jovem para entender que fé e direito são como água e óleo.
Já cansamos de repetir que não desejamos transformar a sociedade num grande Gala G (ainda que alguns fossem gostar) e que a instituição do casamento só nos interessa enquanto meio de assegurar direitos inerentes a cidadania e não a um grupo especifico de indivíduos. Porém, como disse acima, somos encarados como ameaça ao status quo assim como o aborto o é pois dá poder a quem não deve tê-lo e quando isso é feito abrem-se portas que jamais poderão ser fechadas e a estrutura social nunca mais será a mesma.
Não falta vontade às vezes de fazer tudo isso mudar à força, na marra, no salto mas então, qual a glória da conquista? E qual seu valor pois pode ser questionada assim como hoje questionamos quem se opõe a nós. Acho que o avanço de nosso vizinho abre um precedente enorme para nós e acredito mesmo que, apesar de tudo, dentro de talvez mais uma década esse assunto será resolvido pois salvo em Estados teocráticos a tendência é uma separação efetiva entre Estado e Igreja ainda que esse efetivo seja meio velado muitas vezes.
Tudo que é diferente assusta o humano, fato. Nenhum de nós gosta do diferente, gostamos do que já conhecemos, dos que nos é familiar, que nos dá sensação de segurança, casa, segurança e são poucos os que podem dizer de peito aberto que abraçam sorrindo o que não conhecem. Porém, o diferente hoje é o mesmo de amanhã e cabe a nós mostrar que somos os mesmos todos os dias e que nunca foi nem nunca será nossa intenção destruir o que existe e instaurar uma ditadura homossexual como disse certo político tempos atrás.
18 de jul. de 2010
something sad
you take me to the river
make me feel I was alive
so many times this river
has seen me be baptized
too many years under water
should make these dry lips sing
but fear just step inside me
and fate made me insane
to feel this love beside me
is to feel something sad
hello/goodbye
Damos valor apenas ao que perdemos. Fato.
Se as contas forem feitas, passamos mais tempos com colegas do trabalho do que com familiares e afins. Em níveis de diferente grandeza, eles fazem parte de nossa vida pois comungam conosco daquilo que enobrece o homem e, assim, quando um deles vai embora inegável o vazio que deixa.
Uns mais e outros menos (escondem) sentem isso e eu senti bastante. Talvez por termos participado do infortúnio de um acidente que não nos vitimou graças à divina providencia, os laços tenham ficado mais fortes mas depõe a favor dele o fato de ser uma pessoa cativante pela qual nutro alta estima assim como os demais que ele deixou por aqui.
Hipocrisia negar que a carne fale baixo posto que ele é, indubitavelmente, delicioso e que, de certa forma, nutriu-se um desejo platônico o qual, entretanto, sabia bem os limites e nunca os transpôs. A razão principal disso é não vê-lo como mero objeto de desejo mas como amigo pois apesar dos ares de messalina, sou no fundo sentimental e respeitador jamais adentrando território que não me foi aberto de bom grado.
Em suma, foi uma semana triste, com o ar da ausência pesando sobre todos. Obviamente vai passar como tudo mais passa mas, fica aqui meu desejo mais profundo de que ele consiga tudo o que deseja na vida e mais, que possa dar rumo aos seus sonhos e realizar a maioria deles e que, no futuro incerto, nossos caminhos voltem a se cruzar.
Boa sorte!
12 de jul. de 2010
tangina diz
O Brasil se fudeu.
O goleiro matou.
O ex também.
As cuecas apareceram.
Tudo Tangina sabia, nada disse porque não é dessas....
Nota mediúnica: Tangina agradece e abençoa os leitores do melo (os que não o fazem, bom, melhor nem comentar seu futuro...)
5 de jul. de 2010
a cachaça, rosebud e o house
A Cachaça
Graças a Deus, acabou a Copinha.
A Seleção Caralhinho voltou pra casa com o rabo no meio das pernas. Particularmente (e esquecendo por um momento que não sou dos esportes), acho que somos empáfia pura nos campos e ficou bem que nos colocassem em nosso lugar.
Enfim, Sexta, fomos à casa de um amigo para ver o jogo, melhor, para que três assistissem ao jogo enquanto eu jogava PS3. No caminho, paramos em um bar de espetinhos (maravilhosos) para comprar uns de tira-gosto e, chegando lá, comemos enquanto começava o jogo. A certa altura, não sei bem como ou porque, resolveu-se abrir uma garrafa de Absolut que lá estava dando sopa.
A garrafa acabou junto com os sonhos sêxtuplos do Brasil e um dos presentes obviamente exagerou na medida pois, ao voltarmos para o trabalho, desmaiou no banheiro tragédia anunciada posto que ele estava mais alegre do que toda a Parada desse ano. Tirá-lo de lá foi um sufoco pois além do fato de ter de carregá-lo precisávamos, eu e mais um amigo, fazê-lo com o máximo possível de discrição afinal não fica bem um funcionário deixar o local de trabalho alcoolizado não é?
Não acho que sua saída tenha sido 100% discreta mas, ao menos conseguimos tirá-lo e eu fui incumbido de levá-lo ao hospital sendo que lá ficamos por aproximadamente duas horas acho eu. Voltamos ao trabalho depois disso agindo como se nada tivesse acontecido, típico esforço de fazer algo sumir pelo simples fato de não se tocar no assunto.
Hoje, rimos muito de tudo e eu, particularmente me arrependo de:
1.Não ter tirado nenhuma foto dele estirado no chão do banheiro
2.Não ter tirado nenhum foto dele estirado no banco de trás do táxi que nos levou ao hospital
3.Não ter tirado nenhuma lasquinha, nem uma passada mão, nem uma apalpada ou conferida no material posto que ele, mamado, nem se lembraria do fato. Juro, na hora nem me passou pela cabeça. Mea culpa, mea culpa!!! E isso porque ele é simplesmente gostoso pracaraleo (prontofalei, mesmo sabendo que ele vai ler aqui)
Da próxima, se houver, prometo pensar mais antes de dar uma de bom samaritano.
Rosebud
Agora que Dunga está em desgraça, a Toda Poderosa Carioca vai sambar e rebolar em cima de seu cadáver. Acho que esse imbróglio todo foi medido desproporcionalmente em relação ao seu tamanho. De certo que Dunga peitou a Globo, acostumada e ter feitas as suas vontades mas por outro lado, acho que ele poderia ter feito tudo de forma mais discreta, sem circo pois o telhado era de vidro e acabou se quebrando.
Fato é que a Globo pode não ser mais a mão direita (em todos os sentidos) do poder mas ainda tem muito cartucho para queimar e não quero dizer com isso que tenha derrubado Dunga, isso ele fez por si. É um reinado em declínio porém pois a medida que mais camadas da população ganham acesso à informação de fontes diferentes a verdade deixa de ser o que a mídia quer mas o que realmente acontece isso desde que essa mesma população saiba o que fazer com a informação que lhe chega às mãos.
A Globo já derrubou e elegeu governos, já matou empresas, já difamou e fez o diabo a quatro mas acho que hoje é já pálido reflexo do que foi um dia. Com o tempo, vai virar família real: está lá apenas para constar e achar que tem alguma importância nos desígnios do país. No final, vai murmurar ‘Rosebud...’ e limitar-se a produzir apenas entretenimento que é o papel que lhe cabe nesse latifúndio.
Não é lupus
Sexta no trabalho. Fui trabalhar com uma camiseta do House com a cara do mesmo desenhada e abaixo a frase: ‘It is not Lupus’
Ela: ‘Que camiseta legal’
Eu: ‘Obrigado!’
Ela: ‘Quem é?’
Eu: ‘O Dr House, de uma série de TV’
Ela: ‘Ah, não conheço, achei que era o Seu Madruga’
Fim da conversa.
Graças a Deus, acabou a Copinha.
A Seleção Caralhinho voltou pra casa com o rabo no meio das pernas. Particularmente (e esquecendo por um momento que não sou dos esportes), acho que somos empáfia pura nos campos e ficou bem que nos colocassem em nosso lugar.
Enfim, Sexta, fomos à casa de um amigo para ver o jogo, melhor, para que três assistissem ao jogo enquanto eu jogava PS3. No caminho, paramos em um bar de espetinhos (maravilhosos) para comprar uns de tira-gosto e, chegando lá, comemos enquanto começava o jogo. A certa altura, não sei bem como ou porque, resolveu-se abrir uma garrafa de Absolut que lá estava dando sopa.
A garrafa acabou junto com os sonhos sêxtuplos do Brasil e um dos presentes obviamente exagerou na medida pois, ao voltarmos para o trabalho, desmaiou no banheiro tragédia anunciada posto que ele estava mais alegre do que toda a Parada desse ano. Tirá-lo de lá foi um sufoco pois além do fato de ter de carregá-lo precisávamos, eu e mais um amigo, fazê-lo com o máximo possível de discrição afinal não fica bem um funcionário deixar o local de trabalho alcoolizado não é?
Não acho que sua saída tenha sido 100% discreta mas, ao menos conseguimos tirá-lo e eu fui incumbido de levá-lo ao hospital sendo que lá ficamos por aproximadamente duas horas acho eu. Voltamos ao trabalho depois disso agindo como se nada tivesse acontecido, típico esforço de fazer algo sumir pelo simples fato de não se tocar no assunto.
Hoje, rimos muito de tudo e eu, particularmente me arrependo de:
1.Não ter tirado nenhuma foto dele estirado no chão do banheiro
2.Não ter tirado nenhum foto dele estirado no banco de trás do táxi que nos levou ao hospital
3.Não ter tirado nenhuma lasquinha, nem uma passada mão, nem uma apalpada ou conferida no material posto que ele, mamado, nem se lembraria do fato. Juro, na hora nem me passou pela cabeça. Mea culpa, mea culpa!!! E isso porque ele é simplesmente gostoso pracaraleo (prontofalei, mesmo sabendo que ele vai ler aqui)
Da próxima, se houver, prometo pensar mais antes de dar uma de bom samaritano.
Rosebud
Agora que Dunga está em desgraça, a Toda Poderosa Carioca vai sambar e rebolar em cima de seu cadáver. Acho que esse imbróglio todo foi medido desproporcionalmente em relação ao seu tamanho. De certo que Dunga peitou a Globo, acostumada e ter feitas as suas vontades mas por outro lado, acho que ele poderia ter feito tudo de forma mais discreta, sem circo pois o telhado era de vidro e acabou se quebrando.
Fato é que a Globo pode não ser mais a mão direita (em todos os sentidos) do poder mas ainda tem muito cartucho para queimar e não quero dizer com isso que tenha derrubado Dunga, isso ele fez por si. É um reinado em declínio porém pois a medida que mais camadas da população ganham acesso à informação de fontes diferentes a verdade deixa de ser o que a mídia quer mas o que realmente acontece isso desde que essa mesma população saiba o que fazer com a informação que lhe chega às mãos.
A Globo já derrubou e elegeu governos, já matou empresas, já difamou e fez o diabo a quatro mas acho que hoje é já pálido reflexo do que foi um dia. Com o tempo, vai virar família real: está lá apenas para constar e achar que tem alguma importância nos desígnios do país. No final, vai murmurar ‘Rosebud...’ e limitar-se a produzir apenas entretenimento que é o papel que lhe cabe nesse latifúndio.
Não é lupus
Sexta no trabalho. Fui trabalhar com uma camiseta do House com a cara do mesmo desenhada e abaixo a frase: ‘It is not Lupus’
Ela: ‘Que camiseta legal’
Eu: ‘Obrigado!’
Ela: ‘Quem é?’
Eu: ‘O Dr House, de uma série de TV’
Ela: ‘Ah, não conheço, achei que era o Seu Madruga’
Fim da conversa.
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