16 de ago. de 2010

a segurança, a menina e o retorno

A segurança

O último bastião de consumo seguro sucumbe à barbárie: os shoppings. Essas ilhas de prosperidade onde os que podem, gastam mais do que nunca poderiam jamais.

Antes reservados apenas aos que podiam realmente dar-se ao luxo de comprar fora do comércio popular, de rua, de bairro, viram no aumento do poder de compra das classes seus corredores incharem de gente ávida por torrar aquele 'extra' que antes o engoliria o porquinho.

Isso posto, restou aos ricos ou aos que pensam sê-lo segmentar os shoppings alocando os de luxo em bairros estratégicos que só podem ser alcançados de carro ou pelos ares até. Mas, junto com aqueles que realmente desejam comprar, gastar aquele dinheiro que certamente fará falta amanhã, migrou também um rol de gente que antes assaltava a padaria da esquina e que agora tem os olhos grandes nas vitrines lustrosas dos shoppings.

Aliado a sensação de segurança parva que estes locais emprestam aos que se julgam ser priviliegiados por comprar à portas fechadas, é prato cheio e certo para a onda de assaltos que vemos. Agora, cogita-se armar os seguranças de shoppings e para quê? Isso emprestaria mais segurança ao modelo atual que capenga há muito?

Não vejo outro coisa a vir a ocorrer que um sem fim de assassinatos cometidos por profissinais sem qualificação alguma e um dedo nervoso sedento por um dia de fúria. De certo que ir ao shoppin tornou-se atividade lúdica para a grande maioria e que deve gaver segurança em seu interior e, de preferência, qualificada, treinada e isso custa caro coisa que os donos desses lugares encaram com muxoxo pois lhe come os bolsos.

Como sempre, o buraco é bem mais embaixo mas, vai vencer a arma na mão como sempre e os noticiosos terão referição garantida por muito, muito tempo.

A menina

Não sei que parte disto aqui é mais escabrosa. Fora o fato de que essa menina, infeliz, concentrou por momentos todo o azar do mundo: ser vítima de maus tratos em casa e ainda ser atendida por um falso médico.

Parece um acúmulo de (dis)funções onde a vida tem a mesma valia de uma casa seca. Do lado que deveria prover o cuidado necessário só houve o inverso e onde ela deveria ter achado ajuda encontrou a morte. Nossa sociedade é uma bosta sem tamanho e sou cético quanto à qualquer possibilidade de melhoria vide o aumento desproporcional de bestas-feras entre nós.

Quem ficar por último, apague a luz.

O retorno

voltei, pra vocês:

6 comentários:

  1. Assim vc mata a Tia ... além de me presentear com a volta tão ansiosamente aguardada ainda me coloca esta pérola ... Ronda na voz de Márcia é por demais para um coração apaixonado pelo submundo mundano ...

    O Ale tem q fazer o Bracciola chorar toda vez ... ah! neimmmmm

    bjux

    ;-)

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  2. e mais ... não haverá de ser eu a apagar a luz ...

    ;-)

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  3. Também não quero apagar luz não. Só se não estiver sozinho ainda. E eles realmente pensaram que juntar seus condomínios com shoppings no mesmo terreno daria resultado... bom, talvez se fecharem o shopping a qualquer estranho. Mas a tecnologia vem a passos largos, logo a realidade virtual permitirá ir-sem-ir ao shopping, numa espécie de second life imersivo. E assim será o sexo e as relações humanas... Eu? Fico entre as bestas-feras, pelo menos pra sentir o sol na pele.

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  4. Engraçado que é ligar a televisão e ver que esse tipo de acontecimento enche a televisão diariamente. Hoje, não dá para dizer o que é mais bizarro em matéria de desgraça.

    bj, beibe

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  5. eu me pergunto o q falta acontecer...e tenho até medo da resposta.

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  6. Não apago a luz não. Quero estar com as luzes bem acesas para ver o show de horrores até o fim. Quero ver morte. Quero ver sangue. Quero ver sofrimento. Quero ver até onde vamos.

    Mesmo que eu seja o próximo.

    Beijos Melo

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