28 de out. de 2011

barbarism begins at home...




Tudo acaba, fato. E tudo tem um limite, mais fato sobre o fato já fatídico.

Assim, essa barbárie do Gaddafi não soa como surpresa posto que o povo queria mesmo era comer o fígado do homem com uma saladinha e um vinhozinho de quebra. Mas, onde isso coloca quem o queria longe do poder? Em que patamar? Clichê, não é? Mas é isso mesmo, certo seria ele ter sido posto a ferros, julgado e humilhado se bem que, isso feito, no final ele se asilaria em algum país que lhe fosse simpático e passaria o resto de seus dias gastando o tutu que afanou do povo.

Isso não justifica as cenas de horror que vimos, não mesmo, achei forte e extremamente questionável mas, depois de tanto tempo sob esse jugo de ferro (será mesmo que o povo queria mudar ou é apenas um afã passageiro? Não sei) acho que seria meio impossível não acontecer como aconteceu, cada país deve ter sua Bastilha, imagino salvo aqui que tudo a gente resolve com samba, suor e nádegas.

No entanto, fica impressão de que se passou a coisa a limpo mas, ao invés de começar certo, já foi é torto de cara pois macaco viu, macaco fez ainda que, repito, não sei medir qual a gana desse povo vivendo onde vivia e sob os ‘cuidados’ de quem estava.

Pior mesmo nem é isso, é ver que já existe uma fila de corporações internacionais e multinacionais extremamente disposta em ‘reconstruir’ o país. Sabe lá se não foram elas mesmas que inflaram o povo a partir pra ignorância prometendo leite UHT e Mel artificial e agora se vestem das melhores intenções para ajudar o povo oprimido com seus comprimidos de felicidade instantânea.

A mim parece que nada vai mesmo mudar, ficarão uns ditos moderados que na verdade são moderados para nós ocidentais pois vão ser mais coniventes e receptivos a receber a ajuda dos Grandes Irmãos e Irmãs para reerguer o país sob uma promessa de tempos mais livres e melhores enquanto, com a terceira mão escusa, vão é descendo o sarrafo no povo que, nas fotos, vai sorrir amarelo e dizer que tudo está bem.

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