31 de dez. de 2011

bye bye

último trem, último carro, último beijo, último sexo, último prato, último dia, última noite, último parto, última morte, último disco, último abraço, última música, último sono, último átomo, último século, último ano, último abraço, último drink, último adeus, última aposta, última compra, último desejo, último sim, último não, último jogo, último filme, último livro, último conto, último capítulo, última parte, último.


nem, amanhã, começamos tudo de novo e com vocês aqui e ali, sempre a quem amamos e quem dedicamos isso aqui (se não te achares aqui, não significa que ocupes um lugar menor em nossos corações)


feliz ano novo.



28 de dez. de 2011

more than this...




Enquanto as lesmas do ano se arrastam para sua beirada, sôfregas e sem vontade de olhar mesmo para trás, mirar com um certo esgar abobalhado o que se foi o que nem mesmo chegou a ser, vai sendo, assim de gerúndio, divertido saber nada sobre o dia1, 2 ou 3 e quiçá menos ainda sobre o próximo mês ou o seguinte ou o que virá depois (e virão).


Não quero essa clarividência caolha com data de validade expirando na última badalada de 31/12 mesmo porque, naquele átimo de milésimo de bilionésimo de segundo, entre a zona borrasca do ano morto e do que ainda força as paredes uterinas, essas visões dos 365 futuros possíveis se perdem ainda claras quando o relógio atesta que 11 virou doze e não dá mais para  voltar atrás.


Esquecemos todo esse futuro já pretérito e nos recheamos perus de promessas e votos castos e caros de tudo bom e tudo melhor ainda que tudo bom e tudo melhor sejam assim meio como Noel e suas renas, lindos nos filmes e praças de shoppings.


Vem bossa nova, avalon, passárgada dos trouxas mais uma vez cegar tudo e fazer crer que se desenrola um manto de sobriedade, sapiência, doce, amor, sexo, amizade e todas a virtudes saudáveis e sadias que na verdade são menos e menos sadias e saudáveis, mais saudades, saudadificantes, longes, índias seus cabelos cheios de pestes dos colonizadores ditos cultos e santos na fé.


Vire a página, vire a mesa, vire a vida mas acima de tudo a sua vida, não há mais que se viver no escuro sem saber os nomes, esquece eles e sai pro frio/calor do momento, assim que se faz, traz a verdade á vida e o suor à testa pois é assim que cada dia do novo vai ser erguido, erigido, ereto, em riste, fazendo gozo farto nas nossas caras que estarão sempre com os amigos daqui, de lá e de acolá.


Daqui, onde eu bato na punheta das teclas, vai um eu amo vocês demasiado demais, etílico, crack, heroína santa, nas veias e nos meios dos dias que virão para que vocês tenham o mesmo tesão sempre, mesmo quando os brochas de plantão quiserem te brochar, de escrever, dizer, gritar, expressar e passar o mínimo de tempo possível sozinhos.


Vamos juntos, só vou gozar quando vocês gozarem.....

27 de dez. de 2011

tudo acaba (mas começa de novo)




Friamente, quando o relógio anunciar que 2011 é morto e, de sua mortalha gasta nascer 2012, nada terá mudado. Todos (salvo os que passarem desta para melhor em data tão auspiciosa) acordaremos os mesmos, fazendo basicamente as mesmas coisas, como nossos pais.

Esse voto de confiança cega que se empresta ao novo ano é papo para bovino pegar no sono, serve mais como auto-indulgência, um tapa em costas próprias nos parabenizando pelo que realizamos (geralmente pouco diante do sonhado/planejado) e incentivando a nós mesmos a ter novos planos para os 365 dias vindouros assim como acumular, no mesmo período, seja lá o for que não realizamos nos 365 que acabaram de perecer, gratos de não ter mais que olhar na nossa cara de pau.

Vamos empurrar com a pança desde o primeiro do ano e fazer como Souza de ‘Não verás país nenhum’ afinal, não é assim que somos mesmo? Essa catarse do último dia do ano, essa lavagem intestinal e interna que promovemos, na verdade, é de faxada, não vinga mesmo nas raízes e faz apenas tirar a capa de verniz do ano velho trocando-a pelo do ano novo, mais brilhante, mais bonita, nova, promissora.

Mas seria isso mesmo? Esse amargo é o tom certo para essa época? Alguns dizem que sim, balela de fim de ano, hipocrisia sazonal, abestalhamento espiritual, simplificação de coisas complexas ante o fim de um ciclo e inicio de um outro novo mas que, via de regra, não faz mudar nada salvo os dias no calendário.

Por outro lado, somos essencialmente criaturas cíclicas, direta ou indiretamente, propositadamente ou sem propósito algum mas não menos cíclicas. Temos a vida regida por fases, ciclos e ritos de passagem e acho que estes são em si essenciais ao bom desenvolvimento do que somos ou podemos vir a ser e como lidamos com cada fase dessas determina e muito o quê e quem somos.

Assim, esse rito de matar um ano e deixar para trás tudo que se passou, dar essa esperança, mesmo que inocente e quase imbecil a um futuro que não sabemos o que tem reservado ou, pior, sabedores de que não trará talvez efetivamente nada de realmente novo, creio ser essencial para manter a sanidade. Traçar as mesmas metas e, imbuído de uma certeza férrea, determinar-se a executá-las no ano recém nascido ainda que seja apenas para ao final dele renovar os votos para o seguinte, ajuda a manter a cabeça no lugar, o espírito em ordem e nos torna mais humanos.

Esperar o melhor, ter certeza do pior e para ele preparar-se, pode soar coisa de auto-ajuda mas acho que funciona mais do que o inverso. Não se trata de um clichê festivo mas de uma constatção básica de que ser humano é enterrar ciclos para trazer ao mundo novos, dar essa chance a nós mesmos e aos que nos rodeiam para que tudo possa ser realmente melhor ou o mais próximo disso quanto possível.

Por isso mesmo, eu apoio integralmente esse expurgo de fim de ano, esse exorcismo coletivo, esse prugatório universal e vou mesmo na passagem do óbito deste para o nascimento do outro desejar ardentemente que tudo que eu quero não só para mim como para todos nós se concretize da melhor forma possível o que já muito bom pois todos nós sempre estamos insatisfeitos com a forma com que nossos planos acabam sendo executados sem saber que, na grande maioria daz vezes, este e o executado podem diferir enormemente sem que o resultado final seja alterado.

Usando um clichê, pedi laranjas mas vieram limões, então, o que você faz?

20 de dez. de 2011

tá boa, santa(claus)?

Na via oposta da grande demanda boiada dessa época do ano (ou o que agoniza dele, rindo nas fuças do seguinte que, pelos Maias - ou menos - será mais curto de forma definitiva), eu gosto mesmo do Natal mais que do fim de ano.


Não sei dizer assim bem a razão disso, algo da infância quando eu realmente achava que essa entidade escarlate idosa trazia mimos aos bons garotos e eu lá a achar que o presente que intuía, já engayzando, não seria o entregue pelo velho mas estaria de bom tamanho pois, mesmo sem nunca ter firmado uma caneta ou lápis que fosse numa missiva ao dono das renas, o presente que mais desejava, ainda infante, sempre chegava no dia vinte e cinco milagrosamente.


E olha que eu cheguei ao ponto roteiriano de fazer plantão sob a árvore de natal na esperança de flagrar o idoso em suas entregas. Nada, nem um cheiro de barba branca ou roupa vermelha. Isso durou até um ano, me foge a idade exata mas, juntei 2+2 e saiu cinco quando abri o guarda roupa e os presentes do ano me olharam de volta. Acabou ali e não me lembro também de como meus pais resolveram esse enrosco de ter os filhos a desacreditar desse folclore milenar mas, posto que em casa as coisas assim ligadas à religião, fossem homilias, crenças ou mesmo essas coisas com datas santas, nunca vingaram, penso ter sido pouco traumático explicar que o bom velhinho era, na verdade, a bolsa da mamãe e a carteira de papai.


Isso consumado, me apeguei à data, por fim, menos pelo materialismo e mais pelo fato de ter mais junto de si do que nas demais épocas do ano não apenas famílias mas pessoas que amamos de verdade. Fique aqui registrado que há sempre aquela falsidade sazonal, onde os que nunca sequer telefonamos durante 364 dias, nos dispomos a fazê-lo no dia de Natal como para apaziguar nossos pecados e renovar o crédito santo para o ano vindouro.


Longe daqui atestar a sacrossantilidade da família, instituição que só tem seu fim definido e válido enquanto se faz valer pelo ano todo e não imbuída de um espírito vago e de curta duração além de, claro, serem esses feudos únicos e cada um de nós sabe como deve lidar com eles (ou não lidar) seja nessa época ou no resto do ano, cuida da minha e cada um que cuide da sua, não é?


Enfim, gosto muito dessa época, ao invés da tristeza sorumbática que rodeia a todos, sinto mesmo uma paz maior e uma alegria em poder olhar para trás e ver que o ano foi bom e foi ruim e que se pode ainda fazer algo de bom com os últimos dias do calendário mesmo que seja para compensar as faltas acumuladas nos meses anteriores o que, como dito acima, não salva os caras de pau plantonistas e gente sem caráter ou culhão para manter sua posição até as doze badaladas finais de 2011. Há uma diferença entre fazer um balanço do ano que morre e fazer isso apenas para manter uma aparência que convém a muitos.


Entendo, porém, que alguns de nós detestem essa época seja pela aproximação forçada e pouco natural de entes queridos, amigos e afins ou mesmo por trazer a data á lembrança viva coisas, fatos e pessoas que não estão mais aqui ou estão mas é como se não estivessem.


Por outro lado ainda, sei que eu + Wans somos, ao nosso jeito, um núcleo familiar e me seria grato, expressei, que passássemos essa data que é para mim especial, juntos, apenas nós, essa família disfuncional não por nós mesmos mas pelas mãos da sociedade vigente. Ideía boa que nos sorriu mas, depois, veio aquele peso de que meu irmão conta anualmente com minha presença nessa data e que meu pai, por demais idoso, pode não ver mais natal algum e não quero levar comigo nos resto de meus dias que falhei com ele em um data quando já lhe nego tantas datas anteriores mais por preguiça que por desgosto.


E esse ano tenho muito para celebrar pois meu maior presente foi o livro que saiu há poucos dias, nada mais justo que comemorar quase junto aos que amo e que me amam, digo quase pois Wans estará com os seus e eu, com os meus o que não é lá uma perfeição mas, como Bratz prega, é o que tem pra hoje!


Curta seu Natal ou não curta se não quer mas saiba que de minha parte espero sinceramente que seja feliz e que tenha um bom Natal.


18 de dez. de 2011

now it's official!

Um mega obrigado a todos que foram ontem no Telstar Hostels para o lançamento do livro (fotos do evento aqui), foi legal, babado e confusão! Quem foi, viu.


Agradeço também aos que não puderam ir mas, em coração e pensamento, estiveram por lá. Quem desejar adquirir o seu exemplar direto de minhas mãos, ainda é possível e, de quebra, vai  o autógrafo mas corram por que são pouquíssimas cópias e no preço de lançamento, os interessados me contatem por aqui, FB ou e-mail.


Depois, apenas no Clube de Autores.


xoxo


M.



15 de dez. de 2011

Compra ae!

Agora tem 'banner' aí do lado pra comprar o livro direto lá no site do Clube de Autores.

Quem quiser, pode adicionar no seu blog, este escriba aqui vos agradece!


12 de dez. de 2011

Dia 17





De novo faço um 'mea culpa' pela ausência daqui e dos blogs amigos mas tanto o trabalho, digamos, ordinário, como o relativo aos preparativos finais para o lançamento do livro consomem tempo em demasia.


Chato mesmo, ante tamanha ausência, pedir aos amigos que, em suas casas, divulguem a data assim como a venda do meu 'rebento' aqui. Mas, sem isso, não tem como fazer acontecer e, além disso, faço questão de que, indo ou não ao evento, sejam todos agraciados com um mega obrigado pelas palavras de apoio, força, elogios, carinho e encorajamento que li aqui e continuo lendo pelo FB e afins.


Agradeço demais a todos vocês sem exceção por tudo isso e só posso dizer que este será o primeiro de outros que virão. Há, porém, que se levar a César o que lhe é de direito e, sem menosprezar ou desfazer dos doces comentários de vocês, gravados em minha bomba arterial emocionada, preciso dizer um grato especial a quem, de forma direta, ajudou meu sonho a vir ao mundo:


Fred - pela capa, arte e dicas de como fazer o evento
Dois Perdidos - pela revisão e compilação dos textos além de organizá-los
Fabiano - pela editoração e diagramação e dicas de divulgação
Fabíola - pelo texto da capa
Casaca - por ceder o local para o lançamento
Wans - por me incentivar, apoiar e amar


Amo demais todos vocês:






4 de dez. de 2011

'Maré Vazante e outras estórias'

Lançamento de meu primeiro livro:



Faço gosto que todos estejam lá para apoiar e prestigiar além de levar o seu pra casa devidamente autografado!

Divulguem, passem adiante que o negócio agora e fazer acontecer!

Obrigado a todos que, direta ou indiretamente, ajudaram na realização desse sonho.

'Maré Vazante e outras estórias' no Espaço Cultural do Telstar Hostels.

17/12/2011 - 17:30 às 22:00

O bar do hostel permanecerá aberto após as 22:00 para os mais dispostos ou para aqueles que desejarem degustar o livro acompanhados de 'bons drink' e petiscos.

O livro poderá ser adquirido no local pelo valor de R$ 40,00 e aceitaremos cartões de débito, crédito e dinheiro. Cada exemplar será devidamente autografado.

Por ser um 'filho' independente, comes & bebes estarão disponíveis no hostel mediante consumação individual.

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...