21 de out. de 2012

O Fantástico Sr. Raposo

E o ganhador do 'Homossilábicas II' foi................................................

Foxx! Parabéns!!!

Mande seus dados pra mim gato via e-mail ou FB para enviar seu exemplar autografado.

Não ganhou? Fica assim não, depois tem mais...


19 de out. de 2012

fatos sem fotos




Quinta. Preguiça de cozinhar se sem vontade de comer lanche, resolvemos arriscar no panfleto da pizzaria nova que deixaram na portaria do prédio.

Bem feitinho, papel, bom, graficamente bem elaborado, dizendo que só trabalham com ingredientes de primeira. Saco o fone e disco.

Ela: pizzaria coisa e tal boa noite

Eu: Desculpa?

Ela: Pizzaria coisa e tal boa noite (empreste aqui um tom de má vontade extrema aliado a indisposição total de atender um telefone comercial)

Eu: Gostaria de pedir uma pizza

Ela: Primeira vez? (mesmo tom)

Eu: sim

Ela: telefone (pior um pouco)

Eu: 31

Ela: hã

Eu: 51

Ela: hã

Eu: Quer saber, deixa quieto, não quero mais não (desligo na cara dela)

Trabalham com ingredientes de primeira, pena que educação não é um deles....

é hoje!

É hoje!

Comenta  logo que amanhã divulgo o resultado, quer um desses aqui?





Comente nesse post e torça afinal, é de graça!

Prestigie esse pessoal que escreve bem pra caralho e além do mais literatura homoafetiva, coisa rara ainda mais bem escrita assim.

Muitos podem torcer o nariz até, literatura guei é isso, aquilo e coisa e tal mas, fim das contas, é literatura e ler sempre vale a pena!




18 de out. de 2012

Tangina diz..



Leiloar a virgindade é como chupar picolé, sempre acaba no pau...

Laica verjen




Quanto vale uma pessoa? Não digo a vida que é coisa ruim de valorizar, por em moedas mas, quanto vale esse quinhão de carne que somos? Todos têm efetivamente um preço (seja ele material ou não-material)?

De certo que cada um faz de si (e por tabela de sua vida) o que bem entende desde que tal não jogue lixo no meu quintal e de que se tenha (coisa rara) plena ciência das escolhas que se está a fazer e das conseqüências das mesmas sobre si e os demais; sim pois creio não que nossas escolhas afetem solamente a nós mesmos, respingam direta ou indiretamente nos demais.

Enfim, a moça que está a vender seu hímen, não me choca, não me desgosta (moralmente fique claro), não dá asco menos ainda desejos sermonais. Nada disso. Longe disso. Se ela crê mesmo que seu hímen vale um leilão e que haverão (claro!) machos/fêmeas dispostas a tê-lo, porque não lucrar com isso? Ainda que em pleno século vinte e tantos sei lá quantos, algo assim ainda atraia o desejo cego de tanto machos sedentos de poder bater no peito e clamar ‘Fui o primeiro!’.

Incrível como ainda estamos tão presos a jugos machistas e valores patriarcais ainda que, parece, grande parte das mulheres diz adeus a seus hímens ainda na pré-adolescência. Talvez seja esse o quitute raro, uma que não descabaçou ainda ‘adulta’ e que está com tenras carnes para serem desfrutadas por machos de poder aquisitivo alto e que depois de um iate, mansões, jatos e afins, vêem nela o (a)objeto sumo de consumo, poder comprar alguém oficialmente (extra oficialmente já se faz).

Imagino se as feministas não devem, em parte, estar torcendo as fuças por essa degradação sexual da fêmea, mercantilização da mulher enquanto outras, oxalá, devem bradar o oposto sob a efígie da liberdade de se dispor do corpo como bem entender, quem sabe?
Mas isso não me incomoda mais do que o coitado do rapaz russo que também pôs a leilão sua primeira vez e cujos lances, até o momento, mal arranham uma pequena porcentagem dos oferecidos à sua contraparte. Porque ele vale menos que ela? De consolo, a grande maioria dos lances para ele também provem de homens mas dispostos a pagar muito, mas muito menos para ‘deflorar’ o rapaz.

Obviamente que a virgindade feminina é algo herdado de tempos imemoriais e tão enraizado que talvez nunca deixemos de encarar como um premio ao invés de condição. A mulher que não guarda seu sexo para o homem de sua vida não é digna, pura ou socialmente aceita e ainda que se pregue por aí que hoje isso deixou de ser tabu, duvido que entre rodas mais íntimas não se julgue aquela que a perdeu como menos do que a que se guarda para a noite mais importante de sua vida.

A prerrogativa do macho, de ser o desbravador, demarcar território, mais fácil talvez mijar na vagina para mostrar que é dele, talvez? Já para o homem, como não se pode comprovar fisicamente que ele nunca fez sexo, como garantir que se é o primeiro? Há que adicionar a isso o fato de que não se espera realmente que um homem em idade ejaculativa seja ainda zero quilometro, espera-se que cumpra sua função de macho metendo tanto quanto lhe for possível. Mesmo que ele resolva dar o rabo, como ter certeza de que se é o primeiro a lhe arrancar algumas pregas?

Assim, o russo não passa de um michê enquanto a moça é um manjar raro a ser degustado e disputado lance a lance. Ver alguém leiloar a si não é lá coisa agradável e não digo isso contra o sacrossanto direito de cada um de fazer o que lhe der na telha com seu próprio corpo mas, não é deprimente e mesmo um retrocesso aos mercados de pessoas ver gente comprando gente? Tudo bem que uns podem dizer que isso se faz diariamente em diferentes níveis e formas que são plenamente aceitos pela sociedade mas, ao menos a mim me parece escabroso tratar o sexo como simples mercadoria, base de troca.

No fundo, desculpe mas ela não passa de mácula no nome das putas que trabalham tanto pelo e para o sexo só para vir uma dessas e oferecer inocência quando na verdade não a tem em absoluto para vender.

16 de out. de 2012

fome


De principio, luz, jogada sobre um diamante bruto, cuspindo do outro lado um caleidoscópio disléxico, cego, incerto, efeito especial dissonante, retro, vintage mas que a luz foi lapidando aos poucos, nos dois, no amor que foi arestando a gema grossa.

No frigir dos anos, o que era aresta perfeita, encaixe imperceptível, simetria tigresa na floresta cinza, foi além do bom gosto vigente em termos de formas preciosas, tornou-se preciosismo, rococó e de tão doce, perdeu gosto, resvalou no azedo, um pé no amargo, lembrou dos dias jovens de sol e ressentiu-se de não ser a não ser nuvens nos olhos feito buracos negros no céu.

Fogo cruzado, lado escuro da lua, caminho de Júpiter (sem monólito) e exposto na luz, na brisa metálica que arejava agora o antes cálido ambiente, foi destoando do que sobrava de inicio, das juras flecheiras, das promessas brejeiras, dos tanques cheios de perfume etéreo, das figuras de linguagem que se grudaram ao amor.

Tentando salvar, adicionaram vários condimentos apenas deixando o todo com gosto de partes, inconclusivo, indecifrável e por isso intragável em sua globalização demente. Erraram a mão feio, feio feito belo pelos olhos deles que já não viam beleza dentro, só fora.

Passaram assim nas fases com louvor, atingiram a silenciosa, as acusações, raivas, rancores e afins rastejando pelo chão lhes mordiscando os pés como filhotes famintos, iam levando assim, novela, novena, procissão em desgraça, via crucis sem cruz no final, eram dois lares em um e provaram mesmo aquela lei física que impede dois corpos de ocuparem o mesmo espaço ao mesmo tempo, quando aconteceu da ultima vez, era assunto de foto amarela do tempo.

Então, um simplesmente não suportou mais o fardo amargo, resolveu resolver a seu jeito se o outro não sabia como por de novo em cada letra da palavra morta o sentido original da coisa. Fez a toca/teia, velas, comida esmerada, bebida gelada, no outro surpresa e um deja-vu quase lhe roubou o momento crente que ficou de estar no lugar errado.

Comeram, beberam, falaram pouco, medo de espantar as quatro letras que começavam de novo a se dar as mãos, iam enfrentar os sentimentos rastejantes da casa, era um pressagio. Então, a visão dele turvou, parafina nos olhos, embaçados, onde? Como? Quem? Quando? O outro lhe amparava a cabeça, olhar de entendo, vai passar logo, descanse, não se apoquente.

Lagrima fina escorreu do olho esquerdo, não quatro mas cinco letras que navegavam nela o outro sentiu mas fez pouco pois ia acabar em momentos, que não se apegasse a sentimentos ruins na hora de ir, assim não era bom, que fosse em paz. E o outro foi, num espasmo, travou o pescoço e depois virou a cabeça num esgar amparado pelos lábios do amante em sua testa.

Fim do ato, ele gentilmente arrastou o peso até a cozinha, largou-o no meio do recinto e sentou-se um momento para descansar, recuperar o fôlego perdido. Olhou para o corpo no chão, uma sensação quente se apossou dele, um sentimento há muito saudoso, ergueu-se e começou e então a retalhar aquilo que um dia chamou de amor.

Já aos pedaços, separou a parte que lhe interessava e jogou os restos fora em sacos plásticos escuros, vários, um dentro de outro, para que os cães não lhe sentissem o cheiro e viessem profanar os pedaços de seu amor. Depois, limpou a sujeira feita com esmero, renovado, cirúrgico e preparou-se para cozinhar, apressado, ainda queria aproveitar o clima das velas na sala de jantar, celebrar o nazareno que ia nascer.

Pegou o cerne do amor do amante, o fatiou com carinho e cuidado, temperou com ervas finíssimas e temperos exóticos, sem excessos para que o gosto do outro não sumisse por todo afinal, era o principal sabor do prato, assou e flambou ao final e serviu acompanhado de legumes ao bafo e um molho agridoce preparado com suas lagrimas.

Depois e satisfeito, adormeceu sobre a mesa de jantar, jogando ao chão taças, pratos, talheres e um vaso com apena duas flores que adornava o centro da mesa. Teve pesadelos horríveis, talvez houvesse exagerado nos temperos? No vinho? No sal? Acordou empapado vários vezes noite afora nunca seguro de estar realmente ali ou no sonho dentro do sonho dentro do sonho, atado no eterno despertar feito maldição de Morfeu.

Um raiozinho de sol lhe tocou o olho direito leve, piscou incomodado e virou-se para o outro lado mas o sol, matreiro, pulou seu ombro, refletiu-se nos cristais guardados no armário ao lado da mesa de jantar e lhe bateram no olho esquerdo, vencido, acordou, mirou o teto, o chão onde reinava uma bagunça agradável e, quando se espreguiçava, sentiu a barriga cheia, desceu as mãos até o ventre e estava protuberante, alto mesmo, sentou-se de um pulo e apalpou a barriga, não quis olhar, apenas sentir.

Levantou-se e andou cambaleante até o quarto, sentia-se pesado, arcado, quando chegou lá, mirou-se no espelho da porta do guarda-roupa e viu a sua frente uma pança digna de gestação de meses, já lá adiante. Sorriu e desatou a chorar feito criança em festa de aniversário onde só servem doces.

No meio do choro, uma dor lancinante lhe fez cair de quatro no chão, urrou, se lhe partiam as entranhas, ia morrer, algo ia lhe arrebentar ao meio para sair, ria e berrava de dor ao mesmo tempo e então, foi lhe subindo garganta acima algo, ia se agarrando a seu esôfago com vontade, e a ânsia de vomito veio seca, forte, violenta e de quatro pariu pela boca uma gema bruta envolta em um plasma que era sangue e restos de comida.

Caiu pra trás, exausto, moído, desolado e ficou ali mirando a pedra preciosa recém-nascida, sua filha, seu rebento. Chorou de felicidade ainda que os soluços lhe tirassem sangue à boca, valera o esforço, era um coisa única e bela, singular para lhe dar plural. E então a gema passou a torcer-se, chiar alto como se um apito quisesse vir ao mundo de dentro dela e ele percebeu que foi se trincando liberando aos poucos pequenos feixes de luz que iam aumentando conforme a pedra se partia.

Quando ela não pode mais oferecer resistência alguma, rompeu-se num silvo triste e trincado enchendo o quarto de luz alva e cegante que lhe fez cobrir os olhos. Quando percebeu, através das pálpebras, que o quarto estava de volta à iluminação normal foi, aos poucos, abrindo os olhos. Não havia mais pedra, nem nada, nem espelho, nem sangue, nem choro, nem qualquer coisa mais, ao menos por um átimo de tempo.

E então, vislumbrou a sua frente a figura do amor morto renascido, renovado, fetal começando a se desdobrar, correu para ele, limpou-o com a língua removendo a placenta que lhe envolvia em luz e depois, acolheu-o entre os braços esperando que abrisse os olhos, respirasse, lhe inspirasse, lhe reconhecesse, lhe vivesse, lhe entendesse, lhe amasse, lhe fosse tudo aquilo que nada era.

Do nada, o recém-nascido abriu os olhos, fechou-os de novo ressentido da luz, respirou fundo e apertou forte a mão do outro que lhe segurava, voltou a abrir os olhos e depois de sondar seu arredor, como se certificando de onde estava, olhou para o pai-amante primeiro acuado mas depois, dado o olhar às lembranças trabalho e razão, abriu a boca e num sentimento puro, inocente, sincero e divino soltou:

‘Eu te amo’.

12 de out. de 2012

quo vadis



E=mc² ou os fatos são como são avessos à passagem do tempo, normas ortografopragmáticas, ortopédicas, modismos, midialismos ou telefonemas de Istambul à madrugada, entendam como quiserem.

Vim, vi e ainda estou vencendo, há que se lembrar que sempre disse aqui que o prazer domina, nunca o dever afinal, aqui não há PJ ou CLT, longe de mim esse cálice que já me vai na boca por vias forçosas do cotidiano que se não me é todo doce, amargo nem antes posto que lhe vejo sempre a face iluminada invés da imersa em brumas.

E para celebrar o rompimento desse cabaço de meses, porque não dar um presente aos queridos daqui que sinto sim saudades e até lia sem, no entanto, comentar pois fazer por fazer melhor a inação, não é?

Enfim, como sabem, aí em cima está o rebento escandaloso donde estão dois filhos meus. Assim, darei de presente o mimo acima bastando para isso comentar aqui, pessoas.

Tens uma semana para comentar à vontade, até Sexta 19/10 quando sortearei entre os comentaristas o livrinho querido.

Entonces, que acham? Que tal um libreto 'na faixa'? Gostaram? E esperem que volto voltando, assim, i'm dessas.....

ps-visitem o site da editora e curtam ela no FB!

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...