3 de dez. de 2009

8ivy




Só damos valor ao que perdemos. Fato.
 
Viver com 8ivy é viver com granada na mão, sem o pino, ouvir o tic-tac da bomba dia e noite e aprender a ouvi-lo como se fosse o canto dos pássaros. É cruzar a rua sem saber se há outro lado. Aperfeiçoar o pior e piorar o melhor. Un-dead.
 
Poderia escrever um texto longo, incendiário, panfletário e afins mas, nada disso mudaria o fato de que ‘people are still having sex’ e de que ‘the safe thing is not working’ e de que a vida com 8ivy é a mesma que a dos outros só o fio que nos liga a tomada é mais curto, movimentos bruscos podem nos desconectar.
 
A principio o gosto não muda muito mas, os dias passam e o gosto vem de vez em quando pois você pode não ver a próxima estréia, o próximo disco, o próximo livro, o próximo dia. O gosto vem e vai, tic-tac, tic-tac, e você faz o melhor que pode com aquilo que tem sendo que já fazia isso antes mas não se dava conta.
 
O mundo não muda, a vida não muda, as coisas não mudam, você muda um pouco e as pessoas muito pois o 8ivy lhes mostram sua verdadeira cor, esse arco-íris que começa a perder as cores, lentamente.
 
Tic-tac, tic-tac. O tempo passa e as coisas que você não fez não importam mais, só as que você faz agora pois o imediato é tudo que se tem, tudo que se pode. O prazo longo comprime-se no curto pois é tudo que se tem para aproveitar.
 
Assim se (sobre)vive com 8ivy.

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