16 de abr. de 2010

louis cypher

Hoje, vindo para o trabalho, ao meu lado estava um cara super catável.

Estávamos cada um imersos na própria música e ao passarmos em frente à Igreja da Consolação ele persignou-se. Nada contra, cada um com sua crença. Na altura da Igreja da Saúde, ele persignou-se novamente mas, nesse momento, eu ouvia isto aqui



e não pude deixar de pensar que estou mais para o profano do que para o sagrado.

Ainda que a música fale sobre manter o dito cujo longe, Waits tem um ar de quem fez pacto com ele e a um custo muito alto vem renegociando o prazo. Sempre fui mais afeito a esse lado mais sujo ainda que jamais pensa em fazer trato com o cramulhão. Me desagradam persignações e outras manifestações religiosas, as respeito mas não as quero por perto de mim.

Estou longe do ateísmo, acho a carne por demais fraca para sustentar o senso de término absoluto e um desperdício que tudo vivido aqui vire simplesmente pó mas, atrelar tudo isso à rezas e outros afins religiosos não é pra mim. Prefiro a voz rouca de Waits fugindo do demo, tentando deixá-lo fundo no buraco.

Um comentário:

  1. Também odeio qualquer forma de doutrinação. Se vc acredita em algo,que fique para vc. Não me venha ensinar como encontrar minha salvação que ela tá muito bem salva.

    E Tom Waits é sim, figura que parece ter pacto com ele.

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