10 de jan. de 2012

o chamado




Teclado ruim, tecladeespaçonãofunciona. Ligo no helpdesk, abro chamado, peço a troca do equipamento ou ficoescrevendoassimadeternum. Chamado aberto, resta aguardar.

À tarde, eu trabalhando (ou fingindo muito bem), materializa ao meu lado uma sombra e chama: 'Alexandre?'. Sou eu, olho para o lado e dou de cara com o crachá, Joel. Subo o olhar e vejo ele, carregando meu teclado novo, magro mas não demais, forte mas não demais, cabelo tipo 'escovinha', olhos negros, rosto de cafuçu tratado, não desses da CPTM e afins. Pele morena clara, pelos nos braços, poucos mas suficientes para cair no meu agrado, gosto de macho com pelo no braço, dá impressão de homem mesmo, nada de gente imberbe.

Nos olhamos, houve certa cumplicidade ou sou eu desejando o técnico, vazando minha libido sempre faminta em qualquer macho que me olhe mais do que cinco segundos? Formalidades trocadas, ele começa a trocar o teclado, meus olhos correm para suas mãos, análise:

Direita: anel no polegar, pode parecer brega e de mau gosto mas me excita, me faz pensar no macho me segurando por trás e cravando o anel no meu quadril. Numa anologia mais singular, remete a um cock ring e fantasio o dedão sendo o membro envolto no anel, em riste. Mais um anel no anular, não parece noivado ou coisa que o valha, enfeite meramente, acho.

Esquerda: anular envolto em ouro, grossa, desgastada e assim não deve ser coisa recente, vai um tempo já mas não muito pois ele é novo, não deve estar casado há decadas, aposto. Isso posto, afaga saber que talvez o pouco cuidado com o símbolo deva-se a uma insatisfação com o cotidiano que eu me proponho a resolver caso ele queira. Veja, não quero ser seu cotidiano mas apenas distraí-lo das pressões do mesmo.

Ele se inclina à minha frente, espetando o cabo do teclado na CPU, camisa social pra fora da calça, mangas curtas e ao inclinar-se ali na minha frente, a camisa vai pra frente e entrevejo o abdomem não deifinido mas nem tão urso, na medida certa de meu paladar e coberto por uma camada de pelos escuros, fico ali admirando aquele passeio.

Ele termina, olha pra mim, notara? Acho que não, separa o teclado velho e me pede para assinar a ordem de serviço o que faço como se assinasse a certidão de casamento. Ele pousa o teclado inútil e me olha: 'Posso deixar aqui? Preciso ir ao banheiro', digo que sim e procuro no olhar dele algo que indique que vale a pena arriscar uma ida ao banheiro da empresa só para ver se Joel é tudo isso que imagino ou ainda mais.

Não vou, sai apenas um claro assim sem sal ou tempero, incapaz de emprestar segundas intenções à palavra, estou é ficando mole mesmo! Ele volta, saca o teclado de minha mesa, me estende a mão, agradeço e aperto com a minha a sua mão estendida, nos olhamos, poderia jurar que há algo, clima ou seja lá o que for ou então ele me conhece de algum outro lugar e esperava que eu o reconhecesse o que não fiz.

Aperto de mão durou eras, nada, alguns segundos e ele, Joel, se foi, com o teclado velho e meu tesão embutido. Vou quebrar um periférico por dia só para ver Joel aqui de novo.

6 comentários:

  1. É... cada um tem o ferramenteiro que merece!
    rs

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  2. hauahuahauhaua
    o comentário do serginho foi o melhor.

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  3. Jesus amado ... o meu Joel aqui atende pelo nome de Valter ... tb de qdo em vez quebro um periférico para receber uma visita técnica ... vc me entende né? rs

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  4. Adoro! Hahahaha! Voltei darling! E li todo Maré... adorei! Chorei, ri, excitei e fiquei querendo mais. Sou dessas... insaciáveis... hehehe! Bjz!

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  5. eita joel, to com problema na minha conexao, vem ca da um jeito na minha banda larga...

    haha adoro suas historias.

    bjo

    [j]

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