14 de jul. de 2020

Rabiscos

fiz um rabisco na página limpa.

que virou letra que virou palavra que virou frase que virou parágrafo que virou página que virou livro.


a gente não sabe bem porque precisa escrever, tem gente que não escreve e é bem feliz até se bem que medir a felicidade é algo difícil já que a felicidade para um pode ser a tristeza para outro e, como disse aquele russo, os felizes são todos iguais e os infelizes são infelizes cada um a sua maneira.

a gente escreve porque se não escrever fica doido, a gente que escreve tem aqui dentro uma panela de pressão no fogo eterno, quando ela ameaça explodir a gente escreve e ela se acalma até a próxima ameaça. a gente escreve porque a vida é pouca e as frases muitas e a gente precisa emprestar delas um extra pra poder seguir vivendo mas acima de tudo, a gente escrever porque ama.

mas não se trata de infelicidade mas de celebrar porque esse livro levou tempo para sair, trilhou um longo caminho e nasceu graças a ajuda de muita gente. na primeira semana de lançamento ele vendeu bem e eu espero (e trabalho) pra que ele siga vendendo. hoje, não apenas aqui mas no mundo (vá lá, aqui é pior), livro não se vende sozinho salvo você faça parte do panteão dos grandes autores cujo nome se encarrega de vender por si.

então você tem de batalhar e fazer teu livro ser visto, lido, notado e isso dá um tesão foda porque meus amores, se você não der atenção ao seu livro, quem vai dar? se você não tiver tesão no seu livro, quem vai ter? milagres literários são raros e se você ficar sentado esperando um vai morrer esperando.

eu estou mais do que feliz com meu livro, com meu editoramigo, com as vendas, com o apoio, atenção e interessa que está rolando e espero agora ansioso pelas resenhas e opiniões. sei que vou ouvir coisas boas e não tão boas mas escrever um livro é dar a cara a tapa então eu estou preparado e seja lá o que venha nada vai tirar o prazer e orgulho de ver meu livro vivo, sendo lido, circulando e quem sabe, emocionando pessoas.

Eu ia falar um pouco dele mas vou deixar um trecho do texto de orelha que minha guru Cris Judar gentilmente escreveu para ele:

"A (r)existência queer dos personagens, fortaleza temática, anímica e estrutural deste volume de contos, é representada via riso, lágrima, fetiche, gozo e crueldade – apenas para citar alguns dos vieses característicos da literatura de Willer, desde a publicação de seu primeiro livro e ao longo dos últimos anos.
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O autor desliza do drama à comédia, do ceticismo à credulidade, do carnal à ternura, com a agilidade de quem está longe de se subjugar aos estigmas, padrões ou lugares-comuns, embora, quando é preciso, ele saiba usá-los, com prazer, para levar-nos para onde ele quiser.
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As imagens que essas dezesseis histórias nos trazem podem ser vertiginosas na intensidade das cores e na crueza dos traços, e, no instante seguinte, mostrarem-se como a tela de uma paisagem – mesmo que na representação de uma selva urbana e de seus habitantes – composta por pinceladas e tonalidades suaves, concluídas sem a menor pressa".

e quem quiser um exemplar pode comprar diretamente comigo por $39,90 com frete grátis para todo país mas CORRE porque são os últimos exemplares!

o livro também já está à venda no site da Folhas de Relva Edições.

viu só? tá fácil, só comprar e ler e deixar o autor feliz!

Um comentário:

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