9 de mai. de 2022

o bobo

 


Triste ver como, enquanto nação, caímos num esquecimento, párias mundiais ao lado de tantos outros regimes de extrema direita vistos com maus olhos pela comunidade internacional devido aos seguidos desmandos e barbaridades sem fim.

A reputação nossa de nação mediadora e de peso no cenário internacional mesmo não pertencendo ao seleto clube dos podres de ricos foi ralo abaixo sob a batuta de pátria, família e deus e vai levar um tempo para voltarmos a recuperar isso mesmo que tenhamos outro sentado lá no planalto.

O estrago feito em quatro anos foi terrível e imenso, instaurada a ditadura fálica o país vive sob a égide do estupro social, da família de bem e do atira primeiro e pergunta depois. No Brazil atual o que importa não é igualdade mas mérito, não é você que pobre, é você que não se esforça, não é você que é bixa, é você que precisa ser bixa mas dentro de casa, não é você que fuma crack, é você que é vagabundo, deus ajuda quem cedo madruga e quem sai pra bater em travesti e matar viado.

O isolamento não é apenas mundial mas territorial, estamos isolados de todos, incapazes de quebrar a barreira de mentiras e narrativa disforme que impregnou a todos e concluir que não é matando a bixa que o pai de família vai por comida na mesa, não é matando o ladrão que o cidadão de bem vai ter mais segurança, não é armando a pessoa que ela vai aprender a se defender, não é cortando o acesso que as pessoas vão parar de acessar.

O véu conservador desceu pesado e não serão todos que serão capazes de tirá-lo em Outubro porque ele adere na pele feito cola, tem gente que vai preferir morrer do que ter algum tipo de justiça social novamente, tem gente que vai preferir matar do que ter um presidente que promova um pouco mais de igualdade, tem gente que vai acreditar piamente nas mentiras porque elas foram ditas por tanto tempo que agora são verdades.

Tem gente que prefere assim...

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