27 de abr. de 2010
tell it like it really is..
porque muitas vezes outros falam e fazem coisas de nós que não são.
incontroláveis que são as línguas alheias e os dedos em riste que apontam sem saber o quê.
não deixe que esse redemoinho o afaste do que realmente é importante. aponte o dedo de volta não para as caras tortas mas para os corações mortos e mentes apagadas.
há demora mas um dia tudo acaba fatalmente por se acertar.
ps-ai, esse vocalista é um gostoso do caralho...
26 de abr. de 2010
get over it
Sempre fui avesso a qualquer movimento xiita. Creio que nossos direitos precisam ser conquistado nem que seja a força (não bruta pois então perde-se todo o sentido da luta; assumimos o papel do opositor) mas sem oprimir quem se opõe a nós.
Esmagar as idéias contrárias é matar nossos princípios e por ao chão nosso direito a luta. Idéias que incitem ou promovam sobre qualquer forma a violência, a discriminação ou preconceito não devem ser banidas mesmo porque nunca isso será possível bastando que um simpatizante esteja vivo para dar-lhes vida.
É utópico achar que um dia não precisaremos mais nos preocupar com isso posto que o preço de nossos direitos será a eterna vigilância. Esses tipos de crimeidéia, que levam a ultraviolência precisam ser controlados com 'mão de ferro' pelo Estado e demais entidades vigilantes dos direitos e postos 'a ferros' sob o menor escorregão.
Ainda assim eles devem existir assim como os que nos fazem oposição pacífica pois não quero viver num mundo onde somos todos eloi. Quero ver resguardado meu direito e o de quem não me gosta de poder dizer que não me gosta mas me respeita.
Acho que a luta precisa ser e estar focada para manter os morlock de plantão em suas baias, temerosos do fogo de nosso direito adquirido e ungido pelo Estado 'se deus quiser' laico.
Um Estado que não pregue nossa morte como solução de todas as mazelas sociais como o faz Uganda purgando o gueis de sua terra ou um Estado ausente que permite a 'nata' de sua fututa sociedade numa das melhores (?) universidades do país promover premiação a quem humilhe um guei. Aqui cabe atuação exemplar, imediata e cirúrgica do Estado pondo os pingos nos 'is' e punindo sem dó aos que fomentam tal coisa.
Mas é preciso estar atento e forte para não nos tornarmos algozes de algo maior o que é fácil se perdermos o foco do que queremos e onde desejamos chegar. Pode ser uma visão, minha, também idílica, uma xanadu mas acho que já se perdeu muito em nosso mundo pelo banimento do pensar diferente.
Esmagar as idéias contrárias é matar nossos princípios e por ao chão nosso direito a luta. Idéias que incitem ou promovam sobre qualquer forma a violência, a discriminação ou preconceito não devem ser banidas mesmo porque nunca isso será possível bastando que um simpatizante esteja vivo para dar-lhes vida.
É utópico achar que um dia não precisaremos mais nos preocupar com isso posto que o preço de nossos direitos será a eterna vigilância. Esses tipos de crimeidéia, que levam a ultraviolência precisam ser controlados com 'mão de ferro' pelo Estado e demais entidades vigilantes dos direitos e postos 'a ferros' sob o menor escorregão.
Ainda assim eles devem existir assim como os que nos fazem oposição pacífica pois não quero viver num mundo onde somos todos eloi. Quero ver resguardado meu direito e o de quem não me gosta de poder dizer que não me gosta mas me respeita.
Acho que a luta precisa ser e estar focada para manter os morlock de plantão em suas baias, temerosos do fogo de nosso direito adquirido e ungido pelo Estado 'se deus quiser' laico.
Um Estado que não pregue nossa morte como solução de todas as mazelas sociais como o faz Uganda purgando o gueis de sua terra ou um Estado ausente que permite a 'nata' de sua fututa sociedade numa das melhores (?) universidades do país promover premiação a quem humilhe um guei. Aqui cabe atuação exemplar, imediata e cirúrgica do Estado pondo os pingos nos 'is' e punindo sem dó aos que fomentam tal coisa.
Mas é preciso estar atento e forte para não nos tornarmos algozes de algo maior o que é fácil se perdermos o foco do que queremos e onde desejamos chegar. Pode ser uma visão, minha, também idílica, uma xanadu mas acho que já se perdeu muito em nosso mundo pelo banimento do pensar diferente.
25 de abr. de 2010
no children, please...
Sexta, almoço. Mesa cheia de colegas do trabalho, fomos ao Mac. Por azar, escolheram mesa próxima da área reservada às crianças. Um fuzuê dos infernos escapava daquele lugar. Então:
Ele: ‘Putz, sentamos perto do lugar que o Ale adora!’
Eu fiz um muxoxo.
Ele: ‘Imagina essa galerinha no seu apê!’
Eu: ‘Fácil, saía, trancava tudo e tacava fogo....’
Mudança rápida para outro assunto.
nojento...
Poucas coisas me impressionam. Porém, esta aqui confesso ter me deixado incomodado ao extremo e até mesmo com certo receio em assistir:
Sempre tive medo dessas coisas de medicina usada para fins nefastos. Vejam o trailer e imaginem a situação, dizem que nas exibições de teste já feitas, algumas pessoas saíram da sala em certos momentos. Pode ser apenas marketing mas, se for verdade, dou plena razão a quem o fez.
Medo.
Sempre tive medo dessas coisas de medicina usada para fins nefastos. Vejam o trailer e imaginem a situação, dizem que nas exibições de teste já feitas, algumas pessoas saíram da sala em certos momentos. Pode ser apenas marketing mas, se for verdade, dou plena razão a quem o fez.
Medo.
22 de abr. de 2010
life...anywhere...
porque muitas vezes, nada mais resta a não ser coisas velhas...
muito do que já passei está aqui, essa canção me dá um sentido de saudosismo vestido com esperança de que, um dia, o novo vai mesmo se fazer acontecer...
para quem gosta ou deseja gostar...
muito do que já passei está aqui, essa canção me dá um sentido de saudosismo vestido com esperança de que, um dia, o novo vai mesmo se fazer acontecer...
para quem gosta ou deseja gostar...
19 de abr. de 2010
dois (ou mais) dedos de prosa
Engraçado esse lance de dar caras às idéias das pessoas.
Algo que antes da net só acontecia ao vermos a foto de alguém que já morreu ou conhecer algum escritor, desses que dizem ser de verdade. Mas, a rede possibilita que todos sejamos escritores, cada um a seu jeito e se uns são melhores que outros é assunto a ser discutido por outros que perdem seu tempo tentando identificar quem são melhores que outros quando o que basta é que seja o melhor para que te lê e nada mais.
Assim fomos Domingo tomar café e conversa com Paulo, Edu/Mau que vocês, obviamente, já conhecem de tempos. Grata supresa, me tirou um pouco do fel dominical gerado pela antevisão da Segunda já espreitando pelos cantos do dia, louca para me roubar o sossego.
São pessoas mesmo e batem com o que escrevem aqui. Não são personas, carne, ossos e brains too. Adorei e fica aqui este tributo aos três e que muitos outros encontros venham o mais breve possível.
(nota mental - onde está essa vaca? porque não estava lá? vaca, assim, corres o risco de me perder para o vegetarianos.....eles tem pepinos...)
os dentes no lugar...
Como sabem, Sábado formos a um casamento de um ex-colega de trabalho meu.
De inicio, relutava em comparecer pelos motivos que já expliquei aqui mesmo mas, a pressão dos demais colegas foi maior e não posso negar que um certo senso de reciprocidade me acometeu afinal, amanhã ou depois posso precisar desse ex-colega e não quero que o fato de não ter ido a seu casório seja fator determinante para sua decisão em me estender ou não a mão amiga. De certo que é uma posição interesseira mas, nesse mundo onde nada (ou quase) é de graça há que se pesar os atos pensando em suas conseqüências futuras.
Enfim, lá fomos. Acabamos por nos atrasar para o religioso e nos dirigimos direto à festa tomando o cuidado de não sermos os primeiros a chegar posto que assim dificilmente se pudesse dizer que não fôramos à igreja. Do trabalho mesmo foram poucos e dentre estes, dois que já sabiam de mim e até conhecem wans sobrando assim apenas mais dois o noivo incluso nesses. Meu outting então já se mostrara um fiasco devido ao quorum baixo mas ainda havia uma chance remota para que a noite não se mostrasse totalmente perdida.
O primeiro (não o noivo) é daquele tipo que lhe cumprimenta no trabalho principalmente se você estiver acompanhado de alguém de peso. Na festa, ele viu a mim e os outros dois amigos logo na recepção da festa mas fez que não viu o que apenas seria possível se sofresse de catarata em fase terminal opinião compartilhada pelos meus dois amigos o que me livra de qualquer preconceito quanto ao individuo em questão. Depois de aberto o salão de festas e de termos nos sentado, ele milagrosamente veio nos cumprimentar; obviamente por não ter sido possível nos ignorar uma vez que parece ter dado de cara com nossa mesa.
Cumprimentou-nos de forma tão rápida, como que para livrar-se daquilo o quanto antes, que nem tive tempo de apresentar wans como meu companheiro ainda que ache que ele tenha notado. Ok, uma derrota, mas ainda havia o trunfo do noivo que, ainda que me soubesse guei nunca conheceu meu marido e pouco fazia questão de saber-me detalhes da vida como a levo. Finalmente, chegam ele e a noiva à nossa mesa e quando ia apresentar wans como meu companheiro ele simplesmente cumprimentou-o rapidamente e já saiu dando atenção aos outros deixando claro que não tinha interesse real em saber nada sobre mim ou meu companheiro.
Poucas vezes me senti tão mal em minha vida e muito mais por meu marido que não merecia esse desrespeito ao qual lhe submeti. Prometi ali a mim mesmo que nunca mais vou a nenhum evento de qualquer espécie onde eu e meu wans não sejamos aceitos pelo que somos e respeitados como tal, aprendi minha lição. Se alguém não sabe me dar isso então não é merecedor de nada que venha de mim nem mesmo um ato simples de consideração como ir a seu casamento. Respeito envolve, entre outros, ser educado mas, ser educado não quer dizer ter respeito.
Só posso aqui pedir desculpas ao meu amor por ter falhado em lhe dar o respeito que ele merece e dizer que meu amor por ele é incondicional e irrestrito além da promessa já feita de apenas respeitar quem nos respeita. A vida é por demais curta para não se fazer valer essas coisas e prefiro sair dela ciente de que dei e exigi respeito.
No mais, a festa foi sim boa, comemos e bebemos muito mas cabe dizer aqui que preferimos festas mais simples, mais do povo mesmo e não coisas rococó. Como diria Carmen: ‘(...) eu sou do camarão ensopadinho com chuchu’.
16 de abr. de 2010
way out
É amanhã.
Meu outting corporativo. Aquele casório que não sabia se iria ou não e que acabei resolvendo ir depois dos amigos do trabalho insistirem muito.
Na verdade, estava mais do que na hora, já não tinha mais saco para desconversar quando o assunto era mulher, filhos e afins. Com a idade, sua paciência para muita coisa vai afinando e eu posso me dar ao luxo de mandar o emprego às favas e sair à cata de outro se me apetecer o que só reforça minha decisão.
Deveria ter feito isso, digo, me assumido no trabalho, há mais tempo mas confesso uma covardia que me impediu de fazê-lo e que hoje está agonizando e será decapitada amanhã sem chance de adiamento ou perdão de última hora.
Na verdade, o mais difícil de tudo isso foi colocar wans em terno, social completo, foi quase necessário um par de ‘the power of christ compels you’ para que acontecesse mas, por fim, ele cedeu. Acho que ele vai ficar charmoso mas ele vai contar o segundos para largar a mortalha.
Depois conto aqui como foi tudo.
louis cypher
Hoje, vindo para o trabalho, ao meu lado estava um cara super catável.
Estávamos cada um imersos na própria música e ao passarmos em frente à Igreja da Consolação ele persignou-se. Nada contra, cada um com sua crença. Na altura da Igreja da Saúde, ele persignou-se novamente mas, nesse momento, eu ouvia isto aqui
e não pude deixar de pensar que estou mais para o profano do que para o sagrado.
Ainda que a música fale sobre manter o dito cujo longe, Waits tem um ar de quem fez pacto com ele e a um custo muito alto vem renegociando o prazo. Sempre fui mais afeito a esse lado mais sujo ainda que jamais pensa em fazer trato com o cramulhão. Me desagradam persignações e outras manifestações religiosas, as respeito mas não as quero por perto de mim.
Estou longe do ateísmo, acho a carne por demais fraca para sustentar o senso de término absoluto e um desperdício que tudo vivido aqui vire simplesmente pó mas, atrelar tudo isso à rezas e outros afins religiosos não é pra mim. Prefiro a voz rouca de Waits fugindo do demo, tentando deixá-lo fundo no buraco.
Estávamos cada um imersos na própria música e ao passarmos em frente à Igreja da Consolação ele persignou-se. Nada contra, cada um com sua crença. Na altura da Igreja da Saúde, ele persignou-se novamente mas, nesse momento, eu ouvia isto aqui
e não pude deixar de pensar que estou mais para o profano do que para o sagrado.
Ainda que a música fale sobre manter o dito cujo longe, Waits tem um ar de quem fez pacto com ele e a um custo muito alto vem renegociando o prazo. Sempre fui mais afeito a esse lado mais sujo ainda que jamais pensa em fazer trato com o cramulhão. Me desagradam persignações e outras manifestações religiosas, as respeito mas não as quero por perto de mim.
Estou longe do ateísmo, acho a carne por demais fraca para sustentar o senso de término absoluto e um desperdício que tudo vivido aqui vire simplesmente pó mas, atrelar tudo isso à rezas e outros afins religiosos não é pra mim. Prefiro a voz rouca de Waits fugindo do demo, tentando deixá-lo fundo no buraco.
15 de abr. de 2010
and so it goes...
Depois da Páscoa ficou claro que um dos maiores medos que tenho é o da não continuidade. Deixo claro, entretanto, que não se trata de um medo pela decisão de não ter filhos, de não ter parte de mim eternizada, clonada, perpetuada; essa coisa não é para mim, sou incompatível com os pequenos e nem mesmo recém-nascidos me comovem. Não consigo achar essa beleza pueril e ficar embasbacado com sua existência ainda que não lhes deseje mal de qualquer espécie, apenas distância segura.
Porém, meu pai já acumula pouco mais de oitenta primaveras e sei que sua vida foi cheia de altos e baixos, realizações e coisas que ficaram por fazer e que me são dadas de relance quando ele começa a discorrer sobre o passado e tudo que este lhe proporcionou. Isso amparado por um rico acervo fotográfico mostra coisas de um tempo antes de mim e sempre fui mais fascinado pelo passado do que pelo presente ou futuro talvez porque é de lá que tudo veio. Enfim, penso onde tudo aquilo que ele viveu irá para quando ele cessar de existir.
Ainda que as fotos digam muito e que seus relatos estejam guardados em minha memória, creio que muito há de se perder fatalmente. Talvez eu devesse gravar tudo quanto fosse possível e deixar como legado aos netos dele, filhos de meu irmão diga-se aqui. Mais provável que eles nem mesmo se dignem a ouvir coisas de décadas passadas posto que as novas gerações possuem uma sede incontrolável pelo amanhã e pouca digestão para o ontem ou antes disso. Preocupa-me fato de que tudo isso vai se perder nas brumas do tempo e que apenas eu e pouco meu irmão teremos conhecimento de tudo que nos trouxe até aqui.
Nesse ponto, procriar pouco mais é do que assegurar a sobrevivência da espécie sem ao menos assegurar a sobrevivência de quem somos realmente.
tangina diz...
2012 é o caralho! Já está acabando...
Vão para a luz!
Tangina recomenda o Motel Bates para o fim dos tempos, tradição de família...
8 de abr. de 2010
fácil/difícil
Existem apenas dois tipos de solução para um 'problema': a fácil e a difícil.
No caso das ditas pulseiras do sexo adota-se a fácil: proibir, banir, admoestar. Como se amanhã elas não fossem substituídas pelas ‘meias do tesão’ ou ‘anéis do prazer’ etc e tal
Mais difícil dialogar, instruir, conversar, explicar e educar.
Fato.
sexo mentiras e literatura barata
Hoje, vindo para o trabalho, logo a minha frente estava em pé uma mulher jovem.
Em suas mãos, um livro de bolso. De onde estava, não conseguia lhe ver a capa e deduzi o título pelo cabeçalho de uma página que vi de relance: ‘Escola Perdida’. Titulo interessante para um livreto, seria algo referente a adolescentes rebeldes? Um estudo sobre escolaridade nas periferias? Ou alguma ficção sobre uma escola que se perdera no tempo ou dimensões paralelas e fora redescoberta?
Enfim, nos movimentos do coletivo, ela acabou por aproximar-se e pude então ver a contracapa do livreto onde se lia: ‘Sofisticação e sensualidade em cenários internacionais’. Bom, não poderia mais ser um estudo sobre adolescentes rebeldes ou escolas na periferia posto que ambos encaixavam-se nesse enunciado tanto quanto a bola na forma do quadrado naqueles testes psicotécnicos. Sugeria mais algo exótico, sedutor, aquele tipo de literatura destinado a mulheres sonhadoras, que ainda planejam encontrar seu amor duradouro e que as levará para uma vida distante de sua mediocridade onde o luxo é uma constante e o amor vem em cascatas, eterno e doce entre o jet set internacional. Ou, destinado às mulheres mais velhas, já vividas e que descobriram a realidade por trás de tais sonhos e que encontram nesse tipo de livro consolo sexual e afetivo.
Finalmente, consegui ver o título do livreto: ‘Escolha Perfeita’, errei por pouco. Tentei ler a sinopse na contra capa mas não consegui ver muito, só o nome do protagonista que era sui generis: Xandro Caramanis. Oras, com um nome desses não foi difícil chegar a isto aqui
Um mundo inteiro de literatura barata em todos os sentidos que me fez recordar minha mãe a qual, ao mesmo tempo em que consumia coisas como Raymond Chandler, Agatha Christie, Julio Verne, Henry Miller e Jorge Amado, tinha um apetite voraz para Sabrinas, Julias e Biancas, as equivalentes da época as quais nem mesmo sei se ainda são publicadas. Imagino que sejam as precursoras dos sonhos vendidos a preços extremamente acessíveis nas bancas de jornal. Lembro claramente dela e de minha tia a trocar impressões sobre os machos alfa de tais romances, dos cenários paradisíacos onde as estórias se passavam mas tudo com aquele ar de ciência de que era apenas um sonho e que liam tudo aquilo como uma espécie de diversão em contraponto a seriedade moderada de outras cousas que liam ao passo que as garotas como a do ônibus podem e devem muitas vezes confundir as bolas vide explicação acima.
De qualquer forma, ela estava a ler algo e antes esses livrinhos do que qualquer outro de auto-ajuda ou sucesso pessoal/empresarial, essas coisas que servem apenas para quem as escreve pois você mesmo não terá nenhum beneficio direto com elas. Os livrinhos pelo menos entregam exatamente o que prometem.
5 de abr. de 2010
fácil/difícil
Na Quinta, véspera de feriado, resolvi ir aqui. Não haveria nenhum evento especial além do fato de que a pessoa que era meu chefe na empresa onde trabalhei antes de estar onde estou iria fazer algo como um acústico.
Sim, ele tem pretensões artísticas e, ainda que tenha certo talento, as ditas pretensões mal passaram disso um dia ainda que ele tenha gozado de certa visibilidade (não notoriedade) durante certa época de sua vida pelo que me foi dito. Enfim, fui mais para estar com outros amigos que lá estavam do que realmente ver o ‘show’ em si e no mesmo humor encontravam-se os referidos amigos, havia também a possibilidade de rever amigos de meu antigo emprego o que me deu ânimo extra.
Chegando lá, o bar estava bem vazio e além de nós havia apenas mais uma mesa ocupada; véspera de feriado. Notei que da empresa mesmo só havia meu ex-chefe já ao violão e cantando acompanhado por outro que desconhecia e eu, ex-funcionário sendo que na outra mesa estavam, pelo que soube, amigos dele e familiares. Mais uma vez, véspera de feriado. O som dele em si não era ruim, uma coletânea de roque clássico raspando o blues mas tudo com aquele ranço do amador que diz nunca ter se profissionalizado porque não queria ser mainstream e que na verdade nunca o fez por pura preguiça ou capricho passageiro que era o que acabou se tornando um hobby não profissão.
Ele me viu e eu a ele, nos acenamos e ele começou com alguma brincadeiras no estilo animador que funcionavam tanto quanto uma injeção de morfina. A conversa ia solta na mesa e nem mesmo dávamos atenção ao som coisa que nada tinha a ver com o fato dele estar a tocar mas que é pertinente aos bares onde mesmo pérolas não descobertas da música servem apenas para amortecer as conversas desencontradas; então, ele fez uma pausa e veio a nossa mesa. Cumprimentamos-nos de forma educada mas algo nele exalava um certo sarcasmo, uma ironia velada pois perguntou mais de uma vez se eu ainda estava no mesmo emprego e disse aos da mesa que me encontrava com freqüência o que passa mui longa da verdade pois ainda que trabalhemos na mesma área, desde que saí de sua empresa em 2007 o vi apenas uma única vez e mesmo assim acidentalmente pois fazíamos coisas diferentes num mesmo lugar. Tudo permeado por um sorriso amarelo, de força, de falso.
Depois ele se foi e começamos a comentar a mesa a cena surreal. Explico, trabalhei na empresa dele por pouco mais de seis meses quando outra pessoa que já fora meu chefe no passado chamou-me para estar onde estou hoje. Como era pessoa de minha estima, resolvi aceitar mesmo porque era uma oportunidade única. Assim, por mais que gostasse de trabalhar onde estava, na empresa dele, pedi as contas pacificamente explicando meus motivos, deixando claro que nada pessoal motivara minha decisão e que fora algo totalmente aleatório, não planejado.
Informei quando precisaria sair e ele me disse que não havia problema, que me liberaria de pronto mas, senti que o clima azedara. Ao sair de sua sala, comentei com os amigos que já sabiam de minha ida e estes me advertiram de que ele não gostava de quem lhe ‘dava às costas’ independente de como era feito o negócio. Relevei pois ainda tinha um dia de trabalho pela frente mas, ao sentar em minha mesa, descobri que todos meus acessos haviam sido revogados e que deveria entregar meu crachá imediatamente. Ainda era de manhã.
Pasmei. Como podia ser parte desse teatro infantilóide? Resolvi porém que não ia dar mole para ele. Se ele desejava que eu me rebelasse ou fizesse cena, quebrou-se pois nada fiz. Fiquei por lá o dia todo, até o último minuto porém, sem fazer nada. A situação beirou o patético quando eu, conversando com os amigos que conseguiam trabalhar, fui interrompido por ele que me perguntou se havia algo errado ou se eu precisava de alguma coisa ao que respondi de forma seca que não. A réplica foi que se eu precisasse de algo que o procurasse ao que aquiesci.
Não passei meu trabalho para ninguém pois não conseguia acessar meu documentos e, como disse, fiquei lá de bobeira e fui embora na hora determinada. Despedi-me de todos inclusive dele e fui-me. Praticamente três anos depois parece que para ele ainda é esse dia tolo e sua pergunta se ainda estava onde estou emanava, agora sei, cheiro de ‘ainda não fizeste com eles o que fez comigo, traidor!’ e sei que ele só veio me cumprimentar por obrigatoriedade e não cortesia e, com a vã esperança de me avexar perante meus amigos tarefa que já era fadada ao fracasso desde sua mentalização; quem posou de ridículo foi ele e não eu.
Tenho pena, sujeito infeliz que vive de glórias erguidas sobre restos de outros e não próprias. Não o digo sem valor mas suas atitudes depõe contra si vide outros casos semelhantes ao meu que soube depois. Comportamento infantil do tipo não quer brincar mais? Estou de mal! Jardim da infância é pouco.
Triste pois ele ainda está lá e eu, aqui, muito, muito melhor.
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