31 de jan. de 2011
escrevo, logo...
Essa semana estarei um pouco afastado daqui. Explico.
Depois de muito tempo, resolvi finalmente organizar todos meus contos com temática gls e tentar publicar seguindo os conselhos dos amigos e de meu marido que sempre achou que eu deveria ter feito isso há muito já.
Enfim, vou aparecer às vezes mesmo porque estou com duas idéias prontas para sair além da revisão do material já existente. Quem sabe muito em breve não convido todos para uma sessão de autógrafos?
Um mimo nesse meio tempo:
Depois de muito tempo, resolvi finalmente organizar todos meus contos com temática gls e tentar publicar seguindo os conselhos dos amigos e de meu marido que sempre achou que eu deveria ter feito isso há muito já.
Enfim, vou aparecer às vezes mesmo porque estou com duas idéias prontas para sair além da revisão do material já existente. Quem sabe muito em breve não convido todos para uma sessão de autógrafos?
Um mimo nesse meio tempo:
28 de jan. de 2011
27 de jan. de 2011
26 de jan. de 2011
flo fox
Flo Fox nasceu cega do olho direito, ficou orfã aos 14 anos e acabou sendo criada nos subúrbios de Nova Iorque por um parente que abusava sexualmente dela. Sua válvula de escape era costurar para si e para os amigos.
Acabou costurando na Broadway e chegou a ganhar uma quantidade razoável de dinheiro. Em 1974, foi dignosticada com esclerose múltipla e teve de abandonar a costura indo então para a fotografia. Porém, a doença ceifou parte da visão de seu olho esquerdo mas, ainda assim, continuou fotografando e ainda achou tempo para ensinar fotografia aos cegos ou com graves limitações visuais.
A EM acabou por lhe tolher todos os movimentos e hoje ela só se locomove em uma cadeira de rodas elétrica e tem dificuldades de fala além de movimentos. Mesmo assim conta com a ajuda de outros para fazer o que sempre fez: fotografar. Desde 2005 ela combate um câncer pulmonar e ainda trabalha.
Quando não está fotografando, luta pelos direitos dos deficientes a mais acessibilidade e cidadania.
Enquanto isso você aí....
errado sou eu
Creio que na semana passada quase todos tenham visto o caso do cadeirante agredido por um delegado. De certo que todos, creio eu, ficaram pasmos com essa demosntração de barbárie mas, no fundo, até entendemos o delegado.
Explico antes que me atirem pedras. Não fomos e não somos educados para respeitar as diferenças sejam elas quais forem. Pare um momento e pense se em toda a sua vida você não ficou puto por que um idoso ou deficiente passou na sua frente seja no banco, ônibus, padaria ou sejá lá o que for?
Sim? Claro, não precisa se recriminar. Como disse, não fomos educados para isso e encaramos os idosos e deficientes como um fardo na sociedade, pessoas que não tem mais utilidade alguma e que ainda assim ficam no caminho dos outros, não é?
Não é nossa culpa que você esteja confinado a uma cadeira de rodas. Assim, porque você insiste em ter prioridade? Você não mama nas tetas do governo? Não tem mimos e cuidados especiais? Pra que sai de casa? Pra esfregar na minha cara que você não pode andar e ter a atenção dos outros quando eu a merecia?
No caso dos velhos, é culpa nossa que vocês estejam assim? É culpa nossa você não conseguir andar direito e ser lento? É culpa nossa você esquecer as coisas? Porque precisa pegar ônibus? Porque não fica em casa vendo tv e esperando a morte chegar?
Esses entre outros pensamentos devem sim ter passado na cabeça de quase todos nós aqui e quem diz que nunca os teve merece ser ovacionado em pé. A diferença está em que podemos ter esses pensamentos ocasionalmente pois, como disse e repito, não fomos educados para lidar com essas situações mas, podemos nos educar para lidar com elas.
Achamos que os deficientes estão aí de favor, porque precisamos ser gentis quando não tem nada a ver conosco? Mas tem sim, tem pois poderia ser eu ou você e além disso são pessoas com os mesmos direitos que nós e até um pouco mais pois para eles existe uma dificuldade de acesso tremenda pois a cidade foi feita para nós, os normais equanto eles, que também são normais, não podemo usufruir de tudo que a cidade oferece pois as barreiras, muitas vezes, são intransponíveis sejam elas concretas ou sociais.
O delegado agiu com violência pois tinha o cargo a lhe respaldar, ranço ditatorial que ainda levamos nas polícias mas, qualquer pessoa poderia sim ter reagido da mesmo forma vide a carga de estresse que um vivente de cidades como São Paulo leva consigo diariamente e que pode explodir por coisas tão banais quanto um bom dia.
Achamos ruim os privilégios dos deficientes e idosos e afins. Achamos que eles não merecem pois não são mais pessoas, não fazem mais parte da sociedade que conhecemos onde todos são sarados (ou tentam), bonitos (ou quase), BBBs, celebridades seja de qual escalão for. Eles são o refugo e a lembrança de que as coisas acabam e podem dar errado e não queremos ver isso pois a verdade só vale quando inserida num 'reality show'.
Não temos respeito mas pena sim, isso podemos dar, coitado, pobre, infeliz mas lhes ceder vagas, dar preferência, entender que ele não goza dos mesmos privilégios naturais que nós e precisa sim de preferência no tratamento, isso não e se fazemos é de má vontade.
O caso da semana passada ganhou notoriedade porque o cadeirante reclamou um direito que é seu e foi agredido por isso. Agredido por reclamar um direito!! Pode? Quantos outros deficientes não sofrem calados no dia a dia?
Acho mesmo que o futuro pode reservar uma sociedade mais justa e onde esse tipo de crime não exista mais ainda que, lá no fundo, tema que acabemos numa selva geral.
Explico antes que me atirem pedras. Não fomos e não somos educados para respeitar as diferenças sejam elas quais forem. Pare um momento e pense se em toda a sua vida você não ficou puto por que um idoso ou deficiente passou na sua frente seja no banco, ônibus, padaria ou sejá lá o que for?
Sim? Claro, não precisa se recriminar. Como disse, não fomos educados para isso e encaramos os idosos e deficientes como um fardo na sociedade, pessoas que não tem mais utilidade alguma e que ainda assim ficam no caminho dos outros, não é?
Não é nossa culpa que você esteja confinado a uma cadeira de rodas. Assim, porque você insiste em ter prioridade? Você não mama nas tetas do governo? Não tem mimos e cuidados especiais? Pra que sai de casa? Pra esfregar na minha cara que você não pode andar e ter a atenção dos outros quando eu a merecia?
No caso dos velhos, é culpa nossa que vocês estejam assim? É culpa nossa você não conseguir andar direito e ser lento? É culpa nossa você esquecer as coisas? Porque precisa pegar ônibus? Porque não fica em casa vendo tv e esperando a morte chegar?
Esses entre outros pensamentos devem sim ter passado na cabeça de quase todos nós aqui e quem diz que nunca os teve merece ser ovacionado em pé. A diferença está em que podemos ter esses pensamentos ocasionalmente pois, como disse e repito, não fomos educados para lidar com essas situações mas, podemos nos educar para lidar com elas.
Achamos que os deficientes estão aí de favor, porque precisamos ser gentis quando não tem nada a ver conosco? Mas tem sim, tem pois poderia ser eu ou você e além disso são pessoas com os mesmos direitos que nós e até um pouco mais pois para eles existe uma dificuldade de acesso tremenda pois a cidade foi feita para nós, os normais equanto eles, que também são normais, não podemo usufruir de tudo que a cidade oferece pois as barreiras, muitas vezes, são intransponíveis sejam elas concretas ou sociais.
O delegado agiu com violência pois tinha o cargo a lhe respaldar, ranço ditatorial que ainda levamos nas polícias mas, qualquer pessoa poderia sim ter reagido da mesmo forma vide a carga de estresse que um vivente de cidades como São Paulo leva consigo diariamente e que pode explodir por coisas tão banais quanto um bom dia.
Achamos ruim os privilégios dos deficientes e idosos e afins. Achamos que eles não merecem pois não são mais pessoas, não fazem mais parte da sociedade que conhecemos onde todos são sarados (ou tentam), bonitos (ou quase), BBBs, celebridades seja de qual escalão for. Eles são o refugo e a lembrança de que as coisas acabam e podem dar errado e não queremos ver isso pois a verdade só vale quando inserida num 'reality show'.
Não temos respeito mas pena sim, isso podemos dar, coitado, pobre, infeliz mas lhes ceder vagas, dar preferência, entender que ele não goza dos mesmos privilégios naturais que nós e precisa sim de preferência no tratamento, isso não e se fazemos é de má vontade.
O caso da semana passada ganhou notoriedade porque o cadeirante reclamou um direito que é seu e foi agredido por isso. Agredido por reclamar um direito!! Pode? Quantos outros deficientes não sofrem calados no dia a dia?
Acho mesmo que o futuro pode reservar uma sociedade mais justa e onde esse tipo de crime não exista mais ainda que, lá no fundo, tema que acabemos numa selva geral.
25 de jan. de 2011
4 5 7
para lembrar essa cidade que eu amo/odeio. tempos em que se podia sair a noite para curtir coisas como essa aqui:
parabéns.
parabéns.
24 de jan. de 2011
22 de jan. de 2011
coming up
Meu ouvido andava por demais cansado e tudo que era novo eu rejeitava simplesmente por preguiça de me dar ao trabalho de ouvir. O antenado musicalmente aqui em casa sempre foi Wans, há em casa um' biblioteca' vasta sobre o assunto, compilada por ele. Se vocês querem conhecer bandas ou artistas novos perguntem a ele pois o conhecimento do menino vai muito, mas muito longe e acho mesmo que ele deveria escrever mais sobre música em seu BW.
Mas, como já disseram por aqui, realmente sair do emprego me fez um bem enorme e, um dos benefícios que se mostrou, além de eu escrever mais, foi ter voltado a escutar coisas novas. Enfim, não é sobre isso que falo hoje mas ainda é sobre música.
Por mais que esteja ouvindo coisas novas (e que são maravilhosas), ainda ouço minhas bandas 'velhas' e, delas, a favorita é esta aqui:
Pessoalmente, acho que é uma banda subestimada no contexto geral do chamado 'britpop' pois acabaram engolidos pelo Blur e Oasis que são excelentes mas não possuiam a sutileza e o aspecto 'cru' do Suede em muitas canções.
Alguns fatos interessantes:
- No começa da carreira, participaram da banda Justine Frischmann e Mike Joyce. A primeira saiu para formar o Elastica
e o segundo foi nada além de baterista do The Smiths (pausa para reverência solene)
- Ricky Gervais foi empresário da banda bem no começo
- A capa do primeiro disco:
Foi censurada nos EUA pois era considerada ambigua e obscena.
- O vídeo acima de 'The drowners' precisou ser refeito para a o mercado americano pois foi considerado forte demais para a família estadunidense
Porque falo disso? Explico. A partir de Maio/2011, o Sude vai se reunir novamente e tocar, em três dias consecutivos, um disco por dia a saber:
19/05 - 'Suede'
20/05 - 'Dogmanstar'
21/05 - 'Coming up'
Nunca me arrependi, até hoje, de ter deixado meu emprego. Vou fazer empréstimos, vender o corpo, fazer boquete, vender quentinha mas eu preciso ir ao menos em um desses shows senão morro.
Aceito doações, faço faxina, lavo, passo, cozinho, costuro, durmo no/com o emprego, vou vender um rim, pelo amor de Deus!!! Alguém me ajude!!!
Mas, como já disseram por aqui, realmente sair do emprego me fez um bem enorme e, um dos benefícios que se mostrou, além de eu escrever mais, foi ter voltado a escutar coisas novas. Enfim, não é sobre isso que falo hoje mas ainda é sobre música.
Por mais que esteja ouvindo coisas novas (e que são maravilhosas), ainda ouço minhas bandas 'velhas' e, delas, a favorita é esta aqui:
Pessoalmente, acho que é uma banda subestimada no contexto geral do chamado 'britpop' pois acabaram engolidos pelo Blur e Oasis que são excelentes mas não possuiam a sutileza e o aspecto 'cru' do Suede em muitas canções.
Alguns fatos interessantes:
- No começa da carreira, participaram da banda Justine Frischmann e Mike Joyce. A primeira saiu para formar o Elastica
e o segundo foi nada além de baterista do The Smiths (pausa para reverência solene)
- Ricky Gervais foi empresário da banda bem no começo
- A capa do primeiro disco:
Foi censurada nos EUA pois era considerada ambigua e obscena.
- O vídeo acima de 'The drowners' precisou ser refeito para a o mercado americano pois foi considerado forte demais para a família estadunidense
Porque falo disso? Explico. A partir de Maio/2011, o Sude vai se reunir novamente e tocar, em três dias consecutivos, um disco por dia a saber:
19/05 - 'Suede'
20/05 - 'Dogmanstar'
21/05 - 'Coming up'
Nunca me arrependi, até hoje, de ter deixado meu emprego. Vou fazer empréstimos, vender o corpo, fazer boquete, vender quentinha mas eu preciso ir ao menos em um desses shows senão morro.
Aceito doações, faço faxina, lavo, passo, cozinho, costuro, durmo no/com o emprego, vou vender um rim, pelo amor de Deus!!! Alguém me ajude!!!
polaróides urbanas
de volta para o futuro
cobiça (mais ou menos) diária I
cobiça diária II
cobiça diária III
cobiça diaria IV
(nem aí pra aliança, quero ser a outra na boa)
cobiça diária V
20 de jan. de 2011
pagando pra ver
Vocês podem ver aqui do lado que o 'Volúpia' fez um post sobre um michê chamado Félix.
Quando resolvemos colocar uma terceira pessoa na relação (estória já contada aqui, aqui e aqui pelo Wans), o assunto foi motivo de muito diálogo, análises, pensamentos e coisas afins pois íamos enveredar por um caminho que não teria volta.
Enfim, depois de muito colóquio resolvemos passar à ação pois deixar o assunto no ar apenas faria com que se tornasse um elefante no meio da sala; o negócio 'deu' certo e até hoje ainda vez ou outra temos um puto em casa pra dar aquela agitada na relação afinal, são já nove anos e manter isso em pé (em todos os sentidos) é tarefa que demanda atenção, trabalho e carinho.
Mas, o que esse Félix tem a ver com tudo isso? Explico, chegamos a ligar para ele para fechar um programa pois ele é sim gostoso (vimos ele ao vivo uma vez no Bristol), tem uma bunda que parece uma abóbora e faz tanto ativo como passivo condição essencial para foder conosco.
Ligamos para ele e reproduzo abaixo o diálogo que seguiu:
'Oi, Félix, boa tarde, pode falar?' disse eu.
'Ahn, ahn' disse o puto ríspido.
'Então' disse eu 'vimos seu anúncio no site e queria saber quanto você cobra pra atender duas pessoas, eu e meu companheiro..'
'Ahn, ahn' retrucou seco, como se estivesse fazendo outra coisa, trabalhando ou não quisesse falar naquele momento.
'Olha' disse eu 'é pra fazer ativo e passivo ok?'
'Tá, tá' cuspiu ele.
'Mas você beija né? Goza, completo?' perguntei.
Ele grunhiu algo que não consegui compreender.
'E você cobra quanto?' perguntei.
'Trezentos reais' disse o michê de uma forma que me fez parecer que eu estava pedindo muito dinheiro emprestado pra ele.
'Ok, obrigado' disse e desliguei.
Foi o único michê grosso com que tratamos. O puto é ator pornô e pode ser visto em uma caralhada de videos na net dando, chupando, comendo, tomando porra e o diabo a quatro. Talvez por isso seu cachê seja inflado e sua performance, como está no 'Volúpia' um erro salvo, penso eu, você o cubra de grana, muita grana e o trate como o príncipe que ele julga ser.
Respeito muito quem vende o corpo por grana e jamais entro no mérito da questão se quem o faz é por necessidade ou safadeza. Cada um sabe da própria vida e deve arcar com as consequências de seus atos e escolhas.
Aqui temos dois lados da moeda pois quem vende encara o fato de ter que gozar por obrigação e, assim como pode pegar filé mignon num dia, pode pegar carne de pescoço no outro e ter de fazer de conta que é o primeiro com um sorriso no rosto e ainda lamber os beiços.
Do outro lado estou eu, cliente que não quero saber das mazelas do boy ou se ele já gozou hoje. Quero pau duro, gozar e ficar satisfeito, paguei por isso e quando acaba basta abrir a porta e mandar o puto embora com seu cachê.
Pessoalmente acho que quem sai pior ness troca nem é o cliente mas o michê que deve olhar para o primeiro e pensar que este não vê nele nada além de um naco de carne. Nós aqui ainda tratamos eles com certa delicadeza, os quer vieram aqui papearam antes de fuder, beberam algo pra relaxar e entrar no clima mas, serviço feito, porta da rua. Imagino que sejamos as exceções e sabe-se lá a que esses caras tem de se sujeitar (novamente não defendo nem condeno, só constato fatos).
Porém, caras como esse Félix depõe contra os putos e são, pela nossa experiência, a exceção. Encare como marketing, se você trata mal o cliente, ele volta? Ele vai te recomendar a alguém? Parece que esse puto acha que os filmes que fez são obras-primas e que por ser esse suposto pornstar ele pode se dar ao luxo de fazer o que bem entende.
Pode até ser, não sei mas, fica a impressão de um falso profissional do sexo, mais interessado em promoção pessoal, ser famoso, ter sucesso e não ficaria surpreso se, de repente, ele entrasse em um dos BBBs.
Pena pois tem muito boy decente por aí e que realmente trabalha duro para satisfazer o cliente e fazer um nome para si.
nota: viram meu Black Swan? Luxo...
19 de jan. de 2011
blade runner
O filme é de 1982 e tem a direção de Ridley Scott.
Na época, Scott acabara de dirigir 'Alien' (1979 e eu vi no cinema, tá?) e saíra frustrado da tentativa de adaptação de 'Duna' (que depois seria levado às telas 1981 por David Lynch). Como ainda estava (depois de ver 'Star Wars') enamorado de filmes com efeitos especiais em grande escala, aceitou dirigir a adaptação do livro de Philip K. Dick 'Do androids dream of electric sheep?' que é a origem do filme, obviamente.
Philip K. Dick por sua vez, já negara outros pedidos de Hollywood para adaptar seus livros inclusive este que fora roteirizado anteriormente mas em versões que desgostaram PKD nutrindo ainda mais seu desalento para com a indústria do cinema. Segundo PKD, até mesmo Scorsese teve interesse em filmá-lo mas, por razões desconhecidas, nunca avançou com o projeto.
Quando Scott assumiu o comando, o orçamento para o filme aumentou e o roteiro for reescrito e desta vez, PKD aprovou, pouco antes de morrer, o novo roteiro assim como os testes dos efeitos especiais que lhe foram enviados em video sendo que confessou a Scott que ele havia capturado a essência de seu universo e como ele o havia imaginado.
A seleção de elenco foi árdua e nomes pesados como Jack Nicholon e Paul Newman eram cotados para o papel principal mas Harrison Ford levou o papel devido à sua participação em 'Star Wars' e recomendação de Spielberg que acabara de fazer com ele 'Caçadores da Arca Perdida'.
Reza a lenda que, meses antes da estréia, o estúdio não estava satisfeito com a versão do filme e que a versão que foi usada no fim é renegada por Scott pois foi montada pelo estúdio (contra sua vontade) temeroso de que o tom mais autoral não agradasse as platéias. Somente em 2007 Scott, no 25º aniversário do filme, soltou a versão final do diretor acompanhada pelas outras seis versões do filme incluindo a da estréia com a narração em 'off' e final idílico rejeitados pelo diretor. Segundo Scott, esse é a versão definitiva do filme.
Blade Runner já é considerado um clássico moderno e um cult movie. Sua ambientação futurista-retrô, seu tom de filme noir além das questões sobre manipulação genética, criação, religião, meio ambiente, futuro apocalíptico, garantem ao filme um status de obra-prima ainda que seja bem diferente do romance que lhe deu origem em um dos poucos casos onde o filme é muito melhor que o livro, em minha opinião.
Um filme é bom quando você o assiste vezes seguidas, ano após ano e ele continua sendo atual e lhe dando novas possibilidade de interpretação ou nova luz sobre assuntos vigentes. Blade Runner faz isso sempre.
Na trama, a terra está um caco e quem pode, muda-se para as colônias distantes. Nesses lugares, para o trabalho duro ou perigoso, existem andróides (Nexus 6) que são a exata semelhança de humanos adultos. Criados pela 'Tyrell Corp', é praticamente impossível distinguí-los dos humanos, os andróides são chamados de 'replicantes'.
Na Terra, os 'replicantes' são proibidos e quando quatro deles voltam para a casa, Deckard, um policial 'aposentado' é forçado a caçá-los. Os replicantes por sua vez voltam para tentar descobrir, junto ao criador (o homem, mais especificamente o dono da 'Tyrell Corp'), porque este os fez com data de validade pois os replicantes duram apenas quatro anos, um mecanismo de segurança implantado nos 'replicantes' fins de evitar que desenvolvam emoções e se rebelem.
Durante a caçada, Deckard descobre Rachel (Sean Young diva!) um novo tipo de replicante e chega mesmo a ter dúvidas se ele mesmo não é um deles. Os replicantes, numa evidente alegoria criador/criatura, demandam de seu criador mais tempo e porque foram feitos assim revoltando-se quando o criador não pode fazer nada a não ser aconselhar que vivam bem i tempo que tem.
Não vou contar o fina pois é uma das cenas mais belas da história do cinema. O filme toca questões como o que faz de um ser humano, um ser humano? O que é vida? E vida inteligente, o que é? Além de questões como morte e qual o propósito de tudo isso se no final tudo se perderá como lágrimas na chuva.
Assista hoje, agora, sempre.
nota 1: esse filme merece ser visto ORIGINAL e, se possível, numa dessas tvs HD e Bluray.
nota 2: a trilha sonora foi composta por Vangelis e é um primor! Só o tema romântico você já deve ter ouvido uma centena de vezes nos motéis ou nesses programas de rádio da alta madrugada e com locutores de voz aveludada (se é que isso ainda existe).
Esqueça isso por um momento e deleite-se na música que é simplesmente divina:
nota 1: esse filme merece ser visto ORIGINAL e, se possível, numa dessas tvs HD e Bluray.
nota 2: a trilha sonora foi composta por Vangelis e é um primor! Só o tema romântico você já deve ter ouvido uma centena de vezes nos motéis ou nesses programas de rádio da alta madrugada e com locutores de voz aveludada (se é que isso ainda existe).
Esqueça isso por um momento e deleite-se na música que é simplesmente divina:
aceito
Não vou soltar rojões antes do tempo mas, esta notícia aqui está correta, mês que vem estamos na porta do cartório.
Prefiro deixar para comemorar quando a lei for realmente aprovada e não couber mais nenhum recurso e, pessoalmente, ainda acho que tudo isso parece intriga da oposição ou notícia vazada no estilo telefone sem fio.
Pode parecer de má fé mas, não achava realmente que nosso país teria culhão para isso quando mal se consegue aprovar uma lei que criminalize a homofobia mas, de repente, um voto de confiança é preciso e pode ser mesmo que ares novos estejam soprando em Brasília, como ter certeza? Não sei, acho que é uma questão de pagar para ver.
Sinto ser pessimista (ou realista) mas será que nos acréscimos não teremos os conservadores de plantão engavetando nem que seja na marra esse negócio? A matéria diz que o STF: 'não cede à pressão de nenhuma corrente pública _nem de evangélicos, nem de católicos, nem de grupos gays. As decisões da Corte são técnicas e constitucionais.' mas, como ter certeza de que, como disse, no finalzinho, o Estado não laico vai deixar os xiitas ditarem o que deve ser feito?
Vamos torcer muito, muito mesmo para que isso realmente aconteça e, se preciso for, vou até Brasília afinal, tempo tenho de sobra. Se realmente virar uma realidade vamos ser uns dos primeiros no cartórios e vai ter lista de casamento, festa e tudo mais que sempre tivemos direito.
Todos estão convidados.
18 de jan. de 2011
polaróides urbanas
cobiça diária I
24 hour party people
cobiça diária II (esse eu casava e tinha filho)
as cores
cobiça diária III
ribalta
conexão
cobiça diária IV
17 de jan. de 2011
o povo na tv
Não, eu não acompanho o BBB e não é por um rigor intelectual ou esnobismo. Simplesmente o formato não me desce e acho um porre toda aquela encenação e sede de fama e ainda penso que tudo é ensaiado e as cartas estão mais marcadas do que o jogo de adivinhar onde está a bolinha que os mascastes fazem aqui no centro.
Acho que uma pessoa que realmente deseja participar de um programa desse deve lutar por isso mas antes, deve passar por uma avaliação médica. Entretanto, como onze em cada dez devem querer isso, secreta ou publicamente, fico resignada à minha insignificância pensando cá com meus botões que pior que um BBB é um ex-BBB pois a fama é fera faminta e esses que ela cospe passam o resto da vida tentando voltar para sua boca sendo que quase nenhum deles consegue e imagino que precisem voltar à sua vidinha de antes tendo de encarar, com o passar dos anos, que só os mais chegados vão lembrar que ele/ela participou do programa (se não fez pornô para vexames posteriores).
Enfim, temos viados no BBB; coisa corriqueira pois a Globo não é besta e sabe que viado dá audiência, está na moda. Esse ano então puseram uma trans e é um avanço sem igual ainda que pelos motivos errados mas um avanço, fato. Agora já puseram a moça na berlinda e porque? Bom, vou opinar mesmo sem ter assistido o programa (vá lá, assisti com Wans a estréia e hoje discutíamos a saída dela).
Primeiro: o pessoal da casa sabe que viado é forte candidato a ganhar pois é viado e rola aquele peso do preconceito seja ele ou não a razão de querer eliminar o outro, que dirá uma trans? Ou é coincidência madarem dois viados de cara assim (generalizo a condição da trans puxando a sardinha para nosso lado ainda que seu caso certamente possua nuance muito mais complexo do que gay/hetero)? Não entendo como homofobia mas simples eliminação dos mais fortes.
Segundo: a trans não é o estereótipo que o povo espera e, para o povo, trans e travesti é a mesma coisa, leia-se bicha barraqueira, causadora. Como a trans é mais na dela, ensimesmada e, pelo que sei, só fez falar de suas dificuldades e não de rola, macho ou afins, o povo torceu o nariz além, claro, do absurdo que é para a família brasileira ter uma trans no horário nobre, viado tudo bem, já concedemos muito mas uma travesti/trans? É demais!
Aliás, porque ela deveria dizer que é trans? Ela é mulher, operou, comprou sua buceta,para que fazer alarde de algo quie não diz respeito aos outros? Ou diz pois os gostosões machos (?) da casa iam lavar com água sanitária suas rolas e bocas se ficassem com ela? Essa é uma causa mais grave para a saída dela pois o machos aceitam os viados 'normais' pois sabem identifica-los como tal mas uma trans, vai que um mais colocado esquece que ela pode ou não ser uma trans e fica com ela! E depois? Melhor tirar ela logo antes que o fato se consume, não é?
Deixemos agora o BBB. A novela das oito tem um 'núcleo gay'? É isso mesmo? E o que é um núcleo gay? Viados com o padrão Globo? Vá lá, é um avanço termos um 'núcleo gay' numa novela global, fato mas, quando teremos personagens gays em horarios nobres como Keith e David de Six Feet Under? Gente normal, com neuroses, dúvidas, problemas comuns além de sua sexualidade exposta de forma tão natural que você até esquence que eles são viados!
Calma, certo? Uma coisa por vez, eu sei. O dia vai chegar mas até lá vamos ter de aturar muita merda como o BBB e enredos de novela (que formam a opinião sim da grande população) onde os viados são retratados talvez não como há dez ou quinze anos mas muito aquém de uma série da HBO.
14 de jan. de 2011
sem título
Amor cru que cozinha dentro de mim, sexo podre que quer a todo custo sair daqui, ganhar o mundo, ganhar o mudo para lhe por estribos, arreios, freios, fins. Não posso, não quero e não vou lutar contra a carne pois ela está grudada nos ossos e estes em mim e então eu sou o sexo, eu sou sujo, eu cheiro a porra, eu quero esse leite, eu quero essa foda, eu quero esse pau, eu quero esse cu.
Mesmo na pressão da panela que eu sou esse desejo não esmorece e não acha seu fim. Mesmo na pressão do meu outro ser essa puta não quer ser salva, não quer redenção e não quer achar a luz no fim do tunel de seu cu.
Entre as coisas que eu sei certas estão as coisas que eu finjo serem certas e eu mesmo não sei mais dizer uma da outra pois quando acho que uma é outra acabo descobrindo que a outra é uma e daí já não sei mais o que é cada uma delas e para descobrir preciso de mais sexo, mais sexo, mais sexo até que o gosto da porra fique doce, doce de leite, creme de leite, creme de macho, leite de homem, semente em mim para gerar um novo eu que talvez possa ser imune a sede que nunca seca.
Mar, mar, mar. Salgado feito porra, extenso feito um mar de rolas onde perco essa coisa que eu mesmo já não tenho mais e que não sei mais onde encontrar. Antes sabia, quando era moço, quando era buço, quando era noviço, roliço e sem compromisso.
Tudo se perdeu quando desatei o nó dentro de outro que eu achava ser reto mas era um nó ainda mais completo e complexo.
Só me resta gozar....
13 de jan. de 2011
as travestis
Leio no momento isto aqui:
O livro foi escrito por Don Kulick, antropólogo sueco gay que fez um estudo sobre as travestis de Salvador por volta de 1996 e a linguagem é simples e direta, acessível para quem, como eu, está fora do meio acadêmico. Por incrível que pareça, a obra foi publicada no exterior há mais de dez anos e somente em 2008/09 ganhou uma tradução para o Português.
Ainda que todo esse tempo tenha ido desde então, o tema ainda é atual e guardadas as proporções de quando foi escrito, me parece traçar um retrato bem interessante dessas que são as párias das párias pois estão fora da sociedade e fora de nosso grupo.
Pessoalmente, vou pensar duas vezes antes de fazer piada sobre travestis (ok, nem tanto pois não quero ser um dos 'corretos' de plantão. Quando perdermos a liberdade e capacidade de fazermos troça de nós mesmos, estaremos fadados ao fim). Acho que todos nós, homossexuais masculinos, temos praticamente a mesma concepção sobre as travestis e deve ser a de que são gente suja, perigosa, escória e que não se deve manter como amizade.
Ainda que falemos o contrário aqui ou pessoalmente para dar ares de liberais, no fundo, entre paredes, não desejamos mesmo ter contato com essas que não são mulheres ou homens mas algo no meio do caminho. Qual de vocês tem amigos travestis? Digo amigo mesmo, de ir em casa, ouvir lamentos, estar presente, não de dizer oi quando vê na rua fazendo ponto, se tanto. Nós aqui não temos.
Esse livro, ainda que represente um visão única, me deu outra dimensão da realidade das travestis além de me deixar com gosto de quero mais (só não quero sair com elas...) e vou procurar mais literatura sobre o assunto (dicas são bem vindas). Mostrou como sua sexualidade e comportamento são complexos e como eu tinha sim um pré-conceito do que eram elas e que na verdade mal arranhava a superfície do que elas realmente são e representam.
Quem puder, leia.
O livro foi escrito por Don Kulick, antropólogo sueco gay que fez um estudo sobre as travestis de Salvador por volta de 1996 e a linguagem é simples e direta, acessível para quem, como eu, está fora do meio acadêmico. Por incrível que pareça, a obra foi publicada no exterior há mais de dez anos e somente em 2008/09 ganhou uma tradução para o Português.
Ainda que todo esse tempo tenha ido desde então, o tema ainda é atual e guardadas as proporções de quando foi escrito, me parece traçar um retrato bem interessante dessas que são as párias das párias pois estão fora da sociedade e fora de nosso grupo.
Pessoalmente, vou pensar duas vezes antes de fazer piada sobre travestis (ok, nem tanto pois não quero ser um dos 'corretos' de plantão. Quando perdermos a liberdade e capacidade de fazermos troça de nós mesmos, estaremos fadados ao fim). Acho que todos nós, homossexuais masculinos, temos praticamente a mesma concepção sobre as travestis e deve ser a de que são gente suja, perigosa, escória e que não se deve manter como amizade.
Ainda que falemos o contrário aqui ou pessoalmente para dar ares de liberais, no fundo, entre paredes, não desejamos mesmo ter contato com essas que não são mulheres ou homens mas algo no meio do caminho. Qual de vocês tem amigos travestis? Digo amigo mesmo, de ir em casa, ouvir lamentos, estar presente, não de dizer oi quando vê na rua fazendo ponto, se tanto. Nós aqui não temos.
Esse livro, ainda que represente um visão única, me deu outra dimensão da realidade das travestis além de me deixar com gosto de quero mais (só não quero sair com elas...) e vou procurar mais literatura sobre o assunto (dicas são bem vindas). Mostrou como sua sexualidade e comportamento são complexos e como eu tinha sim um pré-conceito do que eram elas e que na verdade mal arranhava a superfície do que elas realmente são e representam.
Quem puder, leia.
12 de jan. de 2011
fofão
Quando comecei a sair na noite guei de São Paulo com meu namorado à época (falei sobre ele aqui), a presença da 'Fofão' já era frequente. Lembro muito bem da primeira vez que a vi na noite e, como não se podia esperar diferente, ficamos eu e ele olhando para ela sem olhar.
Novos que éramos tanto em idade como no mundo guei, ver alguém daquele jeito era ao mesmo tempo intrigante e aterrorizante pois quem poderia saber se não acabaríamos daquele jeito? Mal havíamos entendido nossa homossexualidade, que dirá entender de modificações físicas envolvendo sexualidade e gênero.
Enfim, víamos ele com frequência na noite guei paulistana e mais frequentemente ainda nos carnavais para onde meu amor então me arrastava (sob protestos) pois ele gostava da festa e eu até hoje acho um porre total. Uma lembrança vívida dele (ou dela?) que tenho é de um baile de carnaval na já mais do que extinta Gents (Braccies vai lembrar dessa) que ficava na região do Ibirapuera. Fofão estava com uma micro tanga vermelha brilhosa, o corpo alvo feito neve e magro como modelo solto no salão e apenas uma pluma presa a um cordão de strass subindo a partir de sua testa.
Essa é, como disse, a lembrança mais clara que tenho dela e que vou manter. Não a da pessoa calçando sacos plásticos de mercado e com outro destes a lhe cobrir da chuva a cabeça que vi por esses dias sentada na calçada ao lado do prédio onde moramos. Ela (ele?) comia algo que parecia um mamitex e só reconheci que era a Fofão pelos sinais que lhe são característicos.
Ao sair de casa, lá estava ela/ele e ainda dei uma ou duas olhadas para trás fins de certificar-me de que era ela mesmo, não houve dúvidas. Podemos considerar a Fofão como uma 'lenda urbana' do centro da cidade: todos sabem que existe mas poucos já viram. Na verdade, já a havia visto em outras ocasiões perambulando pelo centro ou pela região da Paulista, às vezes vestido com roupas que mais pareciam trapos, às vezes vestida como se fosse um de nós indo à feira.
Já a tinha visto vendendo balas ou afins em semáforos e acho que até mesmo pedindo uma ajuda aos carros que paravam mas, nunca a tinha visto numa situação tão degradante como desta última vez. Acho que mais transtornado fico pelo fato de saber-lhe uma pessoa que, mesmo indiretamente, passou pela minha vida em uma fase que foi preciosa e se eu pude tirar proveito de tudo que me aconteceu de lá pra cá e hoje estar onde estou, o que se passou com ele que desandou a esse ponto?
De certa forma, independente da orientação sexual, a cidade borbulha de pessoas nas mesmas condições mas para o homossexual o acúmulo parece ser maior não desmerecendo a dor e desgraças alheias. Desejava sentar ali e perguntar-lhe o que houve, que caminhos ele fez para acabar ali onde estava e, talvez numa tentativa egoísta de limpar erros passados e diminuir minha lista de pecados, estender-lhe a mão amiga e tentar jogar alguma luz naquilo que se tornou sua vida.
Mas o receio e a avareza pessoal e social me preveniram disso, se entre nós mesmos as travestis já são jogadas quase para fora do 'gueto', que dirá uma que além de travesti é moradora de rua? No fundo, o que eu poderia fazer por ela? Conversar? Talvez isso já bastasse e talvez, ao fim da conversa, eu descobrisse a noção de que ela e não eu é feliz, como saber?
Imagino que o desejo seja mesmo o de saber quem ela é, o que fez na vida, por onde andou, qual sua estória? Já ouvi boatos aqui e ali e que pude apurar como quase verídico é que ele é do interior e veio para a capital para virar travesti mesmo. Dizem ser exímio maquiador e que chegou a trabalhar para estrelas do quilate de Hebe e afins mas depois vieram as drogas e o silicone que deu errado e tudo se perdeu deixando-o um pouco desequilibrado. Dizem também que seu nome é Ricardo.
Me dói fundo saber que, assim como ela, a rua é pródiga em personagens assim e só me dói mais saber que meu pai, quando se for, vai levar um outro tanto de estórias de vida com ele e eu acho que nem ouvi metade do que ele tem para contar e, confesso, faço esforço mediano para extrair dele esses dados posto que nós consideramos o que é velho como digno de pena e de estar enconstado em algum lugar sem atrapalhar os outros, descarte total.
Vendo a Fofão na rua, penso se ainda não é tempo de fazer alguns acertos antes que deixem cair o pano.
11 de jan. de 2011
o negócio que arma
Uma das campanhas mais bonitas que já vi e acho mesmo que a propaganda, em momentos como esse, rouba a cena e torna-se arte.
9 de jan. de 2011
precioso
não são artistas, políticos, personalidades ou coisa que o valha.
são apenas amigos e não precisam ser mais nada. fato.
nota: Mau tirou a foto e faz parte desse grupo seleto que temos a honra de ter escolhido.
7 de jan. de 2011
a vida num flash
Cansada de de se cansar, cortou os pulsos.
Mas ao invés de sangue, cores, uma paleta completa, aos borbotões, incontrolável. Tudo ficou colorido, como em uma pintura a óleo.
E ela não se cansou mais.
Mas ao invés de sangue, cores, uma paleta completa, aos borbotões, incontrolável. Tudo ficou colorido, como em uma pintura a óleo.
E ela não se cansou mais.
polaróides urbanas
cobiça diária I
cobiça diária II
cobiça diária III
isolamento
nota 1: exceto a primeira foto, as demais são de Wans
nota 2: para ver ampliado, clique na foto
vóier
Polaróides Urbanas cobiça, como faz? Não existe técnica mas, coisas que ajudam:
1. Um celular com câmera boa, decente. Se for ruim nem se dê ao trabalho.
2. Fingir que fala ao telefone e apontar a câmera para o boy/cafuçu sempre empunhando o aparelho às vezes como se falasse no fone para a pessoa (não existente do outro lado, claro) que não está ouvindo.
3. Fazer que está tirando foto de outra coisa e que ele está por acaso no contexto da foto. Arriscado pois ele pode achar que a foto é dele (e é, oras) e querer tirar satisfação com você. É preciso ser muito dissimulado e fazer a sonsa mesmo, apenas as mais safas devem usar desse artifício ou as que correm muito pra fugir da curra.
4. Estar com amigos e fazer que vai tirar foto deles quando na verdade é do boy/cafuçu. Essa é normal pois o boy/cafuçu, ainda que fique na dúvida, não vai querer tirar satisfação e passar carão na frente dos outros.
É isso amigas, saiam por aí caçando boys/cafuçus e comecem as suas PU, prometo visitar seus blogs e dar minha opinião (ou visitá-las no hospital se for o caso)
1. Um celular com câmera boa, decente. Se for ruim nem se dê ao trabalho.
2. Fingir que fala ao telefone e apontar a câmera para o boy/cafuçu sempre empunhando o aparelho às vezes como se falasse no fone para a pessoa (não existente do outro lado, claro) que não está ouvindo.
3. Fazer que está tirando foto de outra coisa e que ele está por acaso no contexto da foto. Arriscado pois ele pode achar que a foto é dele (e é, oras) e querer tirar satisfação com você. É preciso ser muito dissimulado e fazer a sonsa mesmo, apenas as mais safas devem usar desse artifício ou as que correm muito pra fugir da curra.
4. Estar com amigos e fazer que vai tirar foto deles quando na verdade é do boy/cafuçu. Essa é normal pois o boy/cafuçu, ainda que fique na dúvida, não vai querer tirar satisfação e passar carão na frente dos outros.
É isso amigas, saiam por aí caçando boys/cafuçus e comecem as suas PU, prometo visitar seus blogs e dar minha opinião (ou visitá-las no hospital se for o caso)
6 de jan. de 2011
buy buy brazil
Quanto mais escuros os tempos, maior a necessidade de luz, muita luz. Ainda que eu tenha abandonado por pura misantropia a sétima arte, nada contra estúdios famintos por grana ou escrúpulos da arte e afins, me dói fundo ver que uma sala tão marcante quanto o Belas Artes vai sumir do mapa paulistano correndo o risco de virar uma loja de departamentos na melhor hipótese e mais um stand center da vida na pior.
Não precisamos de mais lojas, de mais consumo, de tabletes, aifones, emepêtrês, quatro eo caralho, não precisamos de mais porcaria eletrônica que já nos causa estresse, desgostos e depressão pois não sabemos dosar seu uso e entramos em parafuso. Não precisamos de nada mais, não precisamos precisar.
Por um momento, ponho de lado minha misantropia e pergunto: niguém se importa com a morte de Belas Artes? Hoje baixamos tudo pela rede antes de sair nas salas, de músicas a filmes e longe de enveredar pela questão de direitos autorais estamos cortando aos poucos os laços da vida social, de fuçar lojas de discos buscando coisas novas, de ir ao cinema juntos, passar pela catarse grupal que a sala promove, de ter contato com outros que não seja pela rede social, eu sei da sua vida por elas e vice-versa. Precisamos fazer o movimento inverso, desligar, desacelerar, diminuir, despressurizar.
As coisas que deveriam facilitar nossas vidas estão nos matando ou só eu vejo isso? Ok, eu tenho um blog, estou aqui mas ele é meu escravo e não inverso e meus eletrônicos me servem e não eu a eles. Não quero ficar deprimido porque meu e-mail está vazio ou meu celular não tocou ou ninguém me tuitou hoje. Menos é mais.
E assim, o Belas Artes vai embora porque ninguém precisa de uma sala de cinema de verdade quando temos multiporraplex com zilhões de salas com som ultrafuckingsurround3Dtwilightzone. Quem precisa de uma sala antiga, decadente e que só passa filmes que ninguém quer ver?
Nós precisamos, e muito. Nunca precisamos tanto. Foi lá que assisiti a muitos bons filmes, quando o cinema ainda era habitável, as pessoas tinham noção do que fazer lá então. Não se trata de dar espaço ao pregresso, isso não é progresso, matar um sala de cinema para por no lugar um comércio é lamentável e triste é que o dono do imóvel ou autoridades e empresários não vejam que precisamos sim de mais incentivo a cultura e não podar-lhe os membros.
Espero mesmo que isso acabe por se tornar mentira e que salvem, ainda que aos 45 do segundo tempo, a sala e me proponho a jejuar de minha misantropia para ir até lá fazer preotesto e ver um filme até. No meio tempo, vou mesmo tentar assistir à retrospectiva que parece que farão lá.
É o mínimo que posso fazer.
Não precisamos de mais lojas, de mais consumo, de tabletes, aifones, emepêtrês, quatro eo caralho, não precisamos de mais porcaria eletrônica que já nos causa estresse, desgostos e depressão pois não sabemos dosar seu uso e entramos em parafuso. Não precisamos de nada mais, não precisamos precisar.
Por um momento, ponho de lado minha misantropia e pergunto: niguém se importa com a morte de Belas Artes? Hoje baixamos tudo pela rede antes de sair nas salas, de músicas a filmes e longe de enveredar pela questão de direitos autorais estamos cortando aos poucos os laços da vida social, de fuçar lojas de discos buscando coisas novas, de ir ao cinema juntos, passar pela catarse grupal que a sala promove, de ter contato com outros que não seja pela rede social, eu sei da sua vida por elas e vice-versa. Precisamos fazer o movimento inverso, desligar, desacelerar, diminuir, despressurizar.
As coisas que deveriam facilitar nossas vidas estão nos matando ou só eu vejo isso? Ok, eu tenho um blog, estou aqui mas ele é meu escravo e não inverso e meus eletrônicos me servem e não eu a eles. Não quero ficar deprimido porque meu e-mail está vazio ou meu celular não tocou ou ninguém me tuitou hoje. Menos é mais.
E assim, o Belas Artes vai embora porque ninguém precisa de uma sala de cinema de verdade quando temos multiporraplex com zilhões de salas com som ultrafuckingsurround3Dtwilightzone. Quem precisa de uma sala antiga, decadente e que só passa filmes que ninguém quer ver?
Nós precisamos, e muito. Nunca precisamos tanto. Foi lá que assisiti a muitos bons filmes, quando o cinema ainda era habitável, as pessoas tinham noção do que fazer lá então. Não se trata de dar espaço ao pregresso, isso não é progresso, matar um sala de cinema para por no lugar um comércio é lamentável e triste é que o dono do imóvel ou autoridades e empresários não vejam que precisamos sim de mais incentivo a cultura e não podar-lhe os membros.
Espero mesmo que isso acabe por se tornar mentira e que salvem, ainda que aos 45 do segundo tempo, a sala e me proponho a jejuar de minha misantropia para ir até lá fazer preotesto e ver um filme até. No meio tempo, vou mesmo tentar assistir à retrospectiva que parece que farão lá.
É o mínimo que posso fazer.
5 de jan. de 2011
polaróides urbanas
cobiça diária I
cobiça diária II
cobiça diária III
undead
sem rumo
ondas urbanas
dissonante
nota: para ver ampliado, clique nas fotos.
a vida num flash
Dia trinta e um, cearam silêncio.
Viram a tv anunciar seus suspiros ao ano moribundo, olharam os fogos pálidos pela janela, estouraram um espumante de segunda automáticos.
4 de jan. de 2011
doismileonze
minha meta para doismileonze é não ter meta alguma.
recesso acaba em breve.
sejam felizes, fodam bastante, como se suas vidas dependessem da foda. gozar é o que nos resta, sempre.
recesso acaba em breve.
sejam felizes, fodam bastante, como se suas vidas dependessem da foda. gozar é o que nos resta, sempre.
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lembranças aleatórias não relacionadas com a infância
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