O pior é a máscara humana que ante o esfacelamento do tecido social cai mais rápido do que as bolsas ao redor do mundo.
É simplesmente abjeto e beira o absurdo comentários como o de Roberto Justus, o supra sumo da elite branca, cis, HT, rica e tradicional cujo áudio remete ao pior momento da história humana, o nazismo.
Num discurso eugenista, elitista, nada empático e totalmente focado na seleção natural que deverá priorizar o mais fortes em detrimento dos mais fracos, Herr Justus deixa bem claro de que lado está sua solidariedade afinal, como irá ganhar seus milhões sem ter quem para ele trabalhe?
Alinhado com Bolsonaro e sua quadrilha de paspalhos neoliberais, Justus prevê uma recessão terrível e que trará grandes prejuízos a todos caso a 'histeria' e o 'pânico' não sejam controlados e a economia não siga funcionando normalmente e, para que isso ocorra, o sacrifício de alguns será preciso e não de forma simbólica mas literal.
O discurso de Justus está alinhado com o de Bolsonaro e sua tchurma que estão se cagando de medo da recessão que essa pandemia causará não pelo social mas pelo abalo político que causará justamente quando pretendiam se perpetuar no poder e implantar sua agenda conservadora e neoliberal no país.
Para eles, isso é uma gripe qualquer, um resfriado e se os velhos irão morrer, que morram, oras! Eles já estavam no fim da linha e muito provavelmente não foi essa epidemia mas outras doenças que irão matá-los. Da mesma forma, se os pobres morrerem também será um grande infortunio mas, como pensam eles, não se pode fazer um omelete sem quebrar alguns ovos.
O pensamento de Bolsonaro ao tratar essa crise como capital político é medonho e condizente com o caráter de um sociopata, Hitler bateria palmas se pudesse. Para Bolsonaro a economia vem antes de tudo porque é sua carta na mesa, seu capital de troca, sem ela ele está na corda bamba então, se for preciso matar parte da população, tudo bem!
A economia já está na merda, a crise já se instalou, a recessão já vem a galope e não apenas aqui mas no mundo e o momento é de zelar pela saúde pública e adotar medidas que ao menos amenizem a recessão que se acerca, tranquilizem a população e demonstrem que há efetivamente alguém no comando da nação e não um imbecil e seus filhos fazendo merda nas redes sociais e jogando queda de braço com governadores que, ainda que não sejam santos, estão tomando medidas efetivas para conter o contágio da população e um eventual colapso dos sistemas de saúde.
A galera que apoia o messias segue cega feito o gado que sempre foram, mugindo e espalhando que é tudo uma conspiração comunista, do PT e que a China é a grande responsável por tudo destilando ódio, xenofobia e preconceito alimentados pelo discurso inflamado do messias e seus filhos dementes. Preferem enfiar a cabeça no buraco olavista e bolsonarista ao invés de entender que o buraco onde estamos engoliu a todos sem exceção e só vamos sair dele com muita luta e resiliência.
Discursos como o Justus são reais, muito reais e ecoam tais teorias conspiratórias e pensamento eugenista que as elites bolsonaristas elegeram e seguem defendendo, se for para sobreviver alguém, que seja a melhor parte da sociedade, esse é o pensamento bolsonarista.
A epidemia vai passar, tenho certeza disso mas me pergunto quando iremos nos curar do vírus Bolsonaro que está nos matando a cada dia que passa e, seguindo nesse ritmo, ao final dos quatro anos, restará apenas ele para contar a história para os escombros do que um dia foi um país.
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