25 de fev. de 2010

baila comigo



Há tempos não me digno a sair de casa para ir à boites. As razões navegam entre baixa tolerância com aglomerações, mesmice dos bate-cabelos e a idade que faz ser menos tolerante com quase tudo, prerrogativa que me é cada vez mais cara e freqüente.
 
Obviamente, podem me taxar de velho, ranzinza a afins pois o novo sempre vem. Pois que fique com ele quem é novo ou assim se sente e ainda possui essa paciência divina que, sinto dizer, irá se esgotar por entre as primaveras que hão de vir adiante.
 
Então, quando resolvo sair de casa, o que já ocorre na razão exata das visitas de amigos, vamos ao ABC Bailão. Por quê? Porque lá ninguém quer nada novo, ninguém quer fazer moda, ninguém que conhecer nada, ninguém quer ser nada, ninguém quer nada.
 
Parece uma festa de amigos? Sim, isso é ruim? Depende do que você procura. Talvez você seja dos que preferem os dias novos, cada um com algo novo a deflorar e descobrir o que é ótimo e me faz certa inveja posto que para mim o novo já foi mesmo até exumado. Se assim é, o Bailão não é seu lugar mesmo.
 
Lá parece a casa do amigo, o baile de Sábado, a festa do conhecido, coisas assim. Pode soar deprimente e talvez até seja para quem o vê de fora mas para nos que lá vamos é uma festa simples e pura. Sim, temos lembranças vívidas para cada música antiga que toca e talvez sejamos realmente presos a elas de forma inseparável.
 
Assim, visto de fora, você deve achar que são um bando de mariconas presas ao seu passado glorioso e que nada mais podem fazer a não ser se reunirem e compartilharem sua eterna festa. Isso posto, sugiro voltarmos a discutir este assunto daqui uns 20 ou 30 anos.
 
Quem sabe......

Nenhum comentário:

Postar um comentário

one is the loniest number...

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...