14 de dez. de 2009

laranjamaçã

haóitoanoseuquenãosabiadenadapasseiaamar
eachandoquesabiatudoacheiquenadasabiapoisaprendique
oamordeverdadenãotemregrasnemleismasimalgoalémdesimesmo
quefazdooutrovocêevocêdooutro
equandovocêachaquesacoutudoexistealgomaisaliquelhemostarcomotudopode
sermaisaindaapesardotempocorrido
assiméwansparamimeassimescrevotudojuntopoisnãohácomoseparareledemim

surrender...

em algum lugar do oitenta...quando eu sonhava musica e pensava amor.
essas coisas que hoje chamo wans...
certo saudosismo, gosto antigo, desejo de voltar mas ficando algo daqui ainda.
a sensação de deslocamento que nunca deixei de sentir, não encaixar, ser a peça faltante, o buraco no quebra-cabeça.
quebro a cabeça então pois prefiro não ser parte do todo.
longe, sempre, melhor assim do que na fila com os demais.

41

there are 41 ways to go
41 needs to show
41 ways to blow
but you're my truth in disguise..
there are 41 songs i learnt
41 things i forgot
41 years to know
41 ashes burn..
much could not be done
but you're my truth in disguise...
that's the number i know
that's the combination i have
but again you are the truth in disguise...
that's the end of it and the share of it
that's the best of it and the shit of it
depends on what we design for fate
and we need to separate what it means to the eye
there are 41 fears to know
41 shapes to throw
but then again you're my truth, not i


10 de dez. de 2009

apenas crescei...




Ainda no mesmo almoço, ao chegar no local, eu, que me encontrava no banco traseiro, não pude sair do carro pois este era ‘child proof’. Assim, tive que aguardar que a ‘amiga’ sentada no banco da frente se dignasse a me abrir a porta.


Que a função dos heteros é povoar o mundo para mim é ponto pacifico. Deixem a nós preocupar-se com as coisas belas e viver em si abraçando abertamente o hedonismo que vocês escolheram não aceitar quando resolveram procriar.


O mundo passa a girar em torno de alguém que nem mesmo faz parte dele, tudo para essa coisa que nem mesmo ainda é passa a ser prioritário, tudo gira em torno disso e espera-se que nós também.


Não recrimino quem fez a escolha reprodutiva mas espero um mínimo de respeito por aqueles que escolheram outra via sejam gays ou mesmo heteros. Não sei o que é pior: nós gays que somos taxados de pecadores e pervertidos, anti-naturais ou os heteros que resolvem cuspir na cara da mãe natureza.


Acho que os dedos apontam para nós, seja de qual caminho sexual formos, que escolhemos não procriar carregados de culpa e não de recriminação pois representamos a escolha que poderia ter sido feita, o que poderia ter sido.


Dedos ignorantes e cheios de remorsos, angústias, afinal, nunca lhes disseram que tudo na vida (ou quase tudo) são escolhas mesmo o multiplicai-vos.

indigesto

Indo almoçar com duas 'amigas' do trabalho, no carro:


Ela1: ‘Você é casado?’
Eu: ‘Sou’ sem dizer que era com outro homem
Ela1: ‘Quanto tempo?’
Eu: ‘Oito anos, praticamente’
Ela1: ‘Tem filhos?’
Eu: ‘Não, nós não queremos’
Ela1: ‘Nossa! Mas por quê?’
Ela2: ‘Sim, vocês já até passaram da idade, não acha?’
Eu: ‘Nós ainda queremos fazer muitas coisas...’
Ela1: ‘Ah mas um casal sem filhos...’
Ela2: ‘Completa a relação’
Eu: ‘Não gosto de crianças...’
Fim da conversa e do almoço.

dogs & cats




Tudo parado. Há anos é a mesma coisa. Jamais mudará.


Isso para mim é certo pois além de autoridades tão competentes quanto uma planária, temos a educação de bárbaros. Fato.


Não adianta limpar, arrumar, canalizar, afundar se ainda jogamos de papel a geladeira no rio. Aqui, ainda somos colônia, não evoluímos muito desde aquela época.


Melhorar as coisas é jogar pérolas aos porcos. Primeiro nos educamos e depois nossos governantes nos terão medo, não o contrário. Daí, as coisas começarão a entrar nos eixos.

fame me








Pior do que não ter fama, é tê-la e perdê-la. Essa máquina idolatrada por todos, mastiga impiedosamente até triturar os ossos e cospe o bagaço no prato do esquecimento.

Poucos conseguem deixar seu gosto prolongado na boca da fera, deixando-a com sede por mais. A grande maioria tem seus minutos e passa o resto da vida tentando fazer o caminho de volta à boca da besta entrando em moto perpétuo.

Fica a sensação de que Leila fez seu último esforço para voltar aos dentes do bicho. Já que foder e lidar com o erótico não surtiu o efeito desejado, sua última chance era sair desta pra melhor em ‘grande estilo’.

Alie-se a isso suas frustrações e desgostos e ela conseguiu ser assunto mais uma vez. Cômico e quase trágico. Num mundo onde ser eliminado de um show de realidade é motivo para choro convulsivo como se lhe tivessem roubado a razão de viver, que esperar mais?

Certa estava Garbo.

febeapá II



já passei adiante..

febeapá I



puxe os olhos....japanese style.

working girl...



Reunião de amigos. Final de ano. Festa. Confraternização.
No bar, no meio deles todos, sente a garganta seca não importa que já seja o sexto chope. Entalado, o segredo quer sair, se misturar aos seios, bundas, vaginas e imagens putas soltas pelos outros.
 
Porém, suas imagens putas são do contrário, mais alguns chopes e os amigos ali presentes passariam a fazer parte delas. Soltá-las seria pedir o fim da festa. Melhor continuar tentando forçá-las goela abaixo.
 
Mais petiscos, mais álcool, mais tédio, mais futebol, mais gostosas, mais conversa de machos. E o tédio crescendo, ele ainda se esforça para participar e comentar um ou outro assunto mas se avança dois passos dentro daquele território estranho é muito. Quando isso ocorre, o próximo passo causa um isolamento como se ele descobrisse falar uma língua totalmente diferente dos habitantes daquele local.
 
Mais álcool, é o remédio. Então, a certa altura, alguém lhe faz uma pergunta, não entende bem mas sente o cheiro do sexo permeando a inquisição. Todos olham para ele, culpado, dez anos de trabalhos forçados. Pensa em responder qualquer coisa mas a verdade sai limpa e crua:
 
‘Porque sou gay’
 
Há um segundo, ou minuto, ou hora de silêncio. Solene. Palpável. Olhares se cruzam na mesa, o desconforto é material. Então um deles agarra o machado irônico e solta:
 
‘Ah! Mas a gente já sabia, tava esperando só você contar..’ seguido de outro encorajado pela quebra do protocolo:
 
‘Claro! Além do mais, isso não importa pra gente, você é nosso amigo’. Seguem-se mais demonstrações solidárias, chistes, ironias e afins. Ele vai aos poucos encontrando conforto e sentindo que as rédeas que segurava até deixar roxos os dedos vão aos poucos se afrouxando e quando dá por si, seus cavalos estão novamente selvagens.
 
De posse de um assunto novo, todos se animam em analisar, contestar, questionar. As perguntas chovem nele e entre os outros. Respostas descabidas, idéias arcaicas, pré-concebidas, pré-conceitos, estereótipos e ele tentando, da melhor forma possível, esclarecer a todos. Difícil esclarecer coisas sobre um grupo ainda que seja parte dele, as opiniões que emite, deixa claro, são suas, subjetivas e não devem ser tomadas como uma verdade gay.
 
Fatalmente a conversa descamba para o sexo. A curiosidade é enorme pois foge do papai/mamãe que lhes é familiar e, sendo machos, qualquer chance de fornicação é válida ainda que neguem isso sob tortura. E lá vai ele se desdobrando sobre ativos, passivos, oral, anal e afins.
 
Na mesa, os olhares são de espanto, algum nojo (disfarce do desejo) e muito sarcasmo. A cada revelação daquele mundo ele vê os outros querendo mais, ansiosos por algo que lhes tire o tabu da cabeça liberando-os da culpa ancestral. Então, um deles dá um golpe final:
 
‘De nós aqui, quem você faria?’. Coro de desaprovação, mais risos, mais piadas mas a curiosidade sobre o que ele acharia atraente é maior. Como um macho enxerga outro, ser o alvo do desejo de outro macho, essa ambigüidade, esse veneno, essa coisa é maior que os pudores e eles se postam a espera de respostas.
 
Ele chega a se negar mas a vaia vem espessa, em bloco e o álcool não ajuda a lhe fazer barreira.
 
‘Bom’ diz ele ‘dos que aqui estão, só não faria o Paulo e o Luis’. Gargalham até o choro entre ironias e piadas baixas, humilham os rejeitados incitando-os a ingressar no seminário pois nem mesmo os machos os cobiçam. Estes dão graças por não serem alvo do amor masculino, da afeição sem nome.
 
Ofensa para ele afinal, ser gay não significava ficar com restos, com o que as fêmeas enjeitaram porém a guarda para si não querendo fazer palanques ali. O álcool se faz presente em sua bexiga, precisa esvaziá-la.
 
Levanta-se e via em direção do banheiro. Entra e dá de cara com o espelho, uma caricatura? Um novo eu, liberto? Sorri de esgar e vai para o mictório quando vê que outra pessoa entra no recinto das águas.
 
‘E aí, Paulo?’ diz ele para o amigo que ia compartilhar com ele o alivio. O outro nada responde enquanto ele começa a verter sua água. Percebe que o outro não faz nada, está apenas ao seu lado com olhar contrariado.
‘Porque?’ diz o outro.
 
‘Porque o que?’ responde ele.
 
‘Porque você não me faria?’ diz o outro. Pego de surpresa, ele nem sabe como responder e nem consegue pensar e urinar ao mesmo tempo por já estar bem alto. Olha para o outro com ar perdido, a boca numa abertura estranha esperando que lhe saiam palavras.
 
‘Porque?’ repete o outro.
 
‘Não sei’ diz ele ‘Acho que nunca pensei direito...ah...acho que você não faz meu tipo, sei lá e...nunca nos falamos direito e você nunca...sei lá..’ o álcool lhe inibe as sílibas tornado-o pouco mais que um símio.
 
‘Como você sabe que não sou seu tipo?’ diz o outro chegando mais perto dele ‘Sou tão feio assim?
 
Ele já acabara de urinar mas ainda segurava o pau flácido e úmido.
 
‘Não, não é isso’ diz ele acuado ‘É que eu nunca...deixa pra lá..vamos sair daqui..’
 
Ele tenta fazer caminho para sair mas o outro barra sua passagem e de súbito, aproveitando os reflexos mais lentos do alcoolizado, prende-o num beijo longo, brusco, áspero, sôfrego e determinado.
 
Uma eternidade depois, desgrudam-se. Um satisfeito por ter sido determinado, o outro desnorteado por não saber mais o que fazer. Trocam um olhar furtivo, rápido, cúmplice, feromônico.
 
‘Agora você vai saber se eu sou seu tipo ou não’ diz o outro e sai do banheiro.

3 de dez. de 2009

amém



Ora, ora, não é que uma de nós conseguiu?
 
Agora o padre diz que não sabia que não era uma mulher. Bom, sei que o senhor não deve ter experiência com as rachas mas, com as gays, isso deve ter, é certo. Então, nada de dizer que não sabia que era uma trava.
 
Mesmo que anulado, a amiga já realizou o sonho de tantas outras. Sonho esse que não deseja desmontar a sociedade mas integrar-nos a ela e a seus ritos religiosos que nos foram impostos desde pequenos.
 
Primeiro nos dizem que Ele ama a todos sem distinção mas, se você der o cu ou chupar uma rola a coisa não é bem assim. Se Ele me fez assim, porque não haveria de me amar também e me deixar gozar de todas as suas bênçãos?
 
É esse medo primitivo de que ao sancionar a união dos iguais se abrirá a porta do inferno e sabe-se lá que mais virá depois. Estamos no século futuro com as meias de três séculos atrás. Mas essa batalha é lenta, tem de ser ganha pelas bordas, talvez eu não veja a causa ganha mas sei que ela o será.

8ivy




Só damos valor ao que perdemos. Fato.
 
Viver com 8ivy é viver com granada na mão, sem o pino, ouvir o tic-tac da bomba dia e noite e aprender a ouvi-lo como se fosse o canto dos pássaros. É cruzar a rua sem saber se há outro lado. Aperfeiçoar o pior e piorar o melhor. Un-dead.
 
Poderia escrever um texto longo, incendiário, panfletário e afins mas, nada disso mudaria o fato de que ‘people are still having sex’ e de que ‘the safe thing is not working’ e de que a vida com 8ivy é a mesma que a dos outros só o fio que nos liga a tomada é mais curto, movimentos bruscos podem nos desconectar.
 
A principio o gosto não muda muito mas, os dias passam e o gosto vem de vez em quando pois você pode não ver a próxima estréia, o próximo disco, o próximo livro, o próximo dia. O gosto vem e vai, tic-tac, tic-tac, e você faz o melhor que pode com aquilo que tem sendo que já fazia isso antes mas não se dava conta.
 
O mundo não muda, a vida não muda, as coisas não mudam, você muda um pouco e as pessoas muito pois o 8ivy lhes mostram sua verdadeira cor, esse arco-íris que começa a perder as cores, lentamente.
 
Tic-tac, tic-tac. O tempo passa e as coisas que você não fez não importam mais, só as que você faz agora pois o imediato é tudo que se tem, tudo que se pode. O prazo longo comprime-se no curto pois é tudo que se tem para aproveitar.
 
Assim se (sobre)vive com 8ivy.

pré



No estúdio de tatuagem, enquanto aguardava para ser atendido. Do lado de fora, em frente a vitrine onde se exibem diversos penduricalhos, três proto-humanas param, encantadas pelo brilho dos balagandãs.
 
Uma: ‘Alá o baguio que você queria..’
Outra: ‘Que nada mano, nem é, vamuembora’
Mais uma: ‘É, mano, vamuembora que a gente precisa ir’
 
E saem s três arrastando as mãos pelo chão.

Vida de tatuado III



Outro ponto importante é a escolha do desenho. Pense com cuidado, escolha bem. É pra sempre.
 
Claro, você pode escolher algo novo, que ninguém tem como tribais, índias, peixes, dragões, nome de noiva, pai, mãe, mulher, filhos, cachorro ou o pior, a face do homenageado. Tenha certeza de que qualquer uma dessas irá colocá-lo no panteão da mesmice ao lado de outros zilhares já lá acomodados.
 
Escolha algo que lhe diga alguma coisa, que represente alguma coisa para você e não algo que vá ficar bonito. Para isso existem bijuterias e badulaques de montão. E tente, na medida do possível, ser original.
 
E tenha certeza de que quer mesmo fazer a tatuagem, como disse, é para sempre.

Vida de tatuado II




Como disse em outro post, tem gente que precisa mesmo de tratamento antes de resolver se marcar. Existem aqueles que preferem uma garrafa de qualquer coisa com álcool para enfrentar o processo mas isso é péssimo.
 
Em minha opinião, isso atrapalha todo o trabalho. A dor é parte integral da tatuagem, é o preço que se paga para embelezar o corpo assim como um lifting. Anestesiar tira parte da beleza, da arte em si, da dor da criação.
 
Além disso, o tatuador é um profissional e não seu padrinho do AA. Outro ponto é que sóbrio você pode dar opiniões sobre o trabalho em andamento, ébrio, você pode acabar com a Aracy de Almeida ao invés daquele tribal que tanto desejava.

Vida de tatuado I



Fazer uma tatuagem é coisa séria. Creio mesmo que os menos seguros sobre o assunto deveriam até procurar ajuda especializada antes de marcar a pela em definitivo. Fazer por impulso é certeza de arrependimento posterior e cobrir o erro pode ter resultado ainda pior. Removê-lo é tarefa árdua e pode sair mais caro do que foi para fazê-lo.
 
Dói? Sim, na alma. Existem, certamente, dores piores mas o prazer posterior é tão imenso que o sacrifício mostra-se válido. Isso sem dizer o status que as tatuagens lhe outorgam. Por mais que vivamos numa sociedade moderna, esse ainda é um tabu.
 
Vejo nos olhares que cruzam as minhas três tipos de ares:
 
Reprovadores: aqueles que vêem a tatuagem como uma mácula, um símbolo de cafajestagem ou de vadiagem, de irresponsabilidade, de desafio à ordem estabelecida.
 
Desejosos: aqueles que vêem, gostam e pensam ‘Se eu tivesse coragem....’. Esses olham com cobiça e desejo pois o outro foi capaz de ir além do que puderam, ousaram, passam a imagem de não ter medo de nada (afinal dói), de serem sexy, seguros de si.
 
Irmãos: outros tatuados que olham as suas buscando referências, idéias, ideais.
 
Viramos, às vezes, o centro das atenções pois uma tatuagem já é alvo de admiração mas, duas ou mais e você vira referência. E lá se vão as mesmas perguntas:
 
‘Dói muito?’, ‘Que desenho é esse?’, ‘Onde você faz?’, ‘Quanto saiu (preço)?’
 
Respondo a todas da mesma forma, com certo orgulho é verdade. Afinal, meu corpo é uma obra de arte.

Vida de tatuador II



No mesmo dia, outro momento. Duas adolescentes entram:
 
Ela: Quanto ‘sai’ pra fazer uma tattoo?
Outra: ‘Depende do desenho, do tamanho, de onde você quer fazer...’
Ela: ‘O desenho já tenho’ suponho que o tenha mostrado pois não podia ver nada estando no estúdio em si
Outra: ‘Aonde você quer fazer?’
Ela: ‘No braço, acho’
Outra: ‘Bem, deve sair uns cem reais mas precisa falar com o tatuador para ter certeza’
Ela: ‘No dia vou vir bêbada, pra não sentir a dor’
Outra: ‘Não é legal, você pode passar mal...’
Ela: ‘Ah, mas é só um pouco, só pra não sentir a dor mesmo...’

Vida de tatuador I



No estúdio de tatuagem, enquanto adornava minha pele, do lado de fora, entra uma mulher. Dirige-se à mulher do dono do estúdio que atua como recepcionista e colocadora de piercings:
 
Ela: Quanto ‘sai’ pra fazer uma tattoo?
Outra: ‘Depende do desenho, do tamanho, de onde você quer fazer...’
Ela: ‘Queria uma Nossa Sra Aparecida nas costas, bem grande...’
 
Pois é.

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...