30 de out. de 2020

brincando de presidente

 


Eu nasci gay graças a todas a forças do universo e, se existe algum tipo de reencarnação, voltarei ainda mais gay porque voltar hétero e escroto como o nosso 'presidente' é praga que nenhuma alma merece, melhor ir logo arder nos fogos eternos do inferno seja ele qual for.

Não temos um presidente, temos um comediante medíocre que segue um repertório datado e que surte efeito apenas para seus convertidos, uma plateia de mortos-vivos que se apegam a um modelo de sociedade cambaleante e moribundo com unhas postiças e dentes moles de forma histriônica e violenta pois sabem que seu mundo está com os dias contados e esse tipo de governo é um suspiro, um vento adicional para seus pulmões caquéticos e cheios de poeira histórica.

Bolsonaro é um palhaço cansado, maquiagem borrada pelo tempo num picadeiro roído pelas traças da história, só consegue arrancar risos de seu público quando reforça as mesmas piadas que passam de geração a geração nas mesas de festas de fim de ano familiares, festas de firma quando as gravatas foram parar nas testas e os sapatos nas mãos, churrascos que reúnem parentes que se veem em ocasiões especiais apenas para perguntar sobre as namoradinhas, namoradinhos, dizer que a sobrinha está ficando um mulherão, o sobrinho está ficando meio boiola, é pavê ou pra cumê, mulher minha não faz isso, vira homem porra enquanto as carnes vão assando além do ponto na grelha junto com as aspirações de uma sociedade que perdeu seu caminho e, desesperada, voltou-se para um mascate piadista de quinta categoria.

Bolsonaro não virou boiola por causa do guaraná, ele não pode virar gay porque não aguentaria um dia sequer como gay, trans, bi, queer ou qualquer um de nós, não duraria cinco minutos como um de nós porque ser LGBTQ no Brasil é sobreviver todo santo dia, não é matar um leão mas fazer de tudo para não ser morto por ele a cada minuto. Bolsonaro não saberia ser gay nem se quisesse, ele não tem capacidade para entender qualquer vivência fora de seu picadeiro de piadas exauridas, se passasse um dia, minutos que fosse, pediria arrego, choraria feito uma criança e pediria colo, desculpas, sumiria para qualquer buraco fundo e nunca mais daria as caras no mundo. Não poderia jamais 'virar boiola' porque não sobreviveria a uma vida gay, para ele ser gay é isso, virar algo que não é normal, um interruptor que podemos ligar e desligar ao nosso prazer, faz troça da gente porque em seu mundo binário, rígido e severo, não pode haver nada que não seja macho alfa forte dominante e zeloso de sua masculinidade, padrões de rosa e azul sem meios termos.

Bolsonaro faz piada com a gente porque essa é a única maneira de lidar com seu pavor de que sejamos humanos, gente, cidadãos e que tenha de nos tratar como tal. Para ele, 'virar boiola', 'jogar água fora da bacia' e todo repertório de piadas infantis e imbecilóides faz sentido enquanto patrono dos tiozões país afora de chinelo Raider, short de tactel, óculos na ponta do nariz e celular na mão, camiseta de time para completar o clichê. Como não pode fuzilar todos nós ou colocar num campo, faz piada porque fazer piada é humilhar o outro, diminuir, fazer dele uma não-pessoa, com seu discurso burlesco grotesco, incita que o assédio e humilhação sigam em frente porque, se o chefe pode, eu também posso e assim, dá-lhe mais e mais crianças, adolescente e adultos tendo se passar por humilhações diárias pelo simples fato de serem e existirem.

Para Bolsonaro, a presidência não é um cargo, uma responsabilidade mas o recreio da escola, a turma do fundão, governar o país por quatro anos é, para ele, um eterno churrasco de família onde ele pode, sem medo de represálias, falar suas asneiras e atrocidades enquanto a nossa carne vai assando lentamente sob o fogo de seu fascismo ardente.

8 de out. de 2020

a arte de dizer adeus

 


Desde que saímos do útero somos ensinados senão adestrados sobre e para um zilhão de coisas desde as mais simples até as mais complexas, das mais cordiais e corretas até as menos edificantes e vexatórias. Pode-se discutir sem fim se o resultado disso é genético herdado de gerações antes de nós ou se, aliado a esse mesmo fator, o ambiente e como somos adestrados afeta o final da equação.


Uso o termo adestrado pois criado me parece meio falso já que criar ao menos a mim implica realmente gerar algo onde antes nada havia ou se havia era uma cacofonia disforme incapaz de um rumo ou sentido. Assim, entendo que adestrados soa mais adequado já que, apesar de alguma parte de nós ser nossa mesmo independente do meio ou outras circunstâncias, recebemos o que nossos pais entendem ser o melhor treinamento possível para enfrentar depois as mazelas da vida e, nessa receita não há ingredientes certos ainda que existam cartilhas aos borbotões tentando ensinar como fazer isso do modo mais correto quanto possível a aí, entram os modismos e conceitos novos que mudam como as dietas das celebridades.

Em certos momentos divago sobre o que resultou do experimento que meus pais fizeram e constato que apesar das falhas, sejam elas de fábrica ou adquiridas no percurso por mim mesmo ou como resultado de um adestramento equivocado, o resultado acabou sendo bem satisfatório o que é mais do que se pode dizer de muitas pessoas por aí.

Enfim, voltando ao que motivou esse texto, somos adestrados sobre muitas coisas mas vejo uma falha incomensurável em todo esse treinamento, não somos em absoluto treinados para as despedidas sejam elas de qualquer tipo. Nunca nos prepararam para dizer adeus ou simples até logo, não fomos programados para esse ato de desapegar o que entendo ser uma falha irremediável e irreparável.

Não desejo intuir que a despedida deve ser encarada levianamente ou de forma fria e corriqueira mas, se fôssemos desde tenros anos treinados para lidar com ela, creio que teríamos muito menos problemas quando dela nos acercamos pois quando isso chega o sentimento em geral é de vácuo, perdidos no espaço entre os espaços tateando por sobre escombros afiados que vão aos poucos lascando pedaços de vida que levamos tanto tempo para erguer restando, no final do processo, uma porcelana trincada e de valor duvidoso.

Sempre adiamos o despedir ou o antecipamos quando descontentes com algo ou alguém loucos para livrar-nos daquele inconveniente e inocentes de que o inconveniente é a despedida em si e não sermos mais tolerantes entre nós. A despedida é essa pequena morte que nos afasta dia a dia e come pedaços inteiros de nossas vidas sem que nos demos conta até que chega a despedida derradeira e geralmente já não há lá muito tempo sobrando para recuperar as despedidas que deixamos para trás.

Não somos definitivamente criaturas do adeus, nem de pausas breves e não sei como nos enganamos tão bem a ponto de crer que o somos, imbecis puros isso sim! Somos seres do afeto, do acalanto, do expressar a quem merece esse merecimento e de entender e acatar quem dele não faz conta afinal, não somos nós o circuito defeituoso mas quem não o vê assim. Ao agir como todos extirpamos de nós essa essência pura que ameniza as despedidas desde as diárias até as mais doídas e indesejadas sendo nessas últimas quando nos sentimos real efetivamente mais humanos, mais gente, mais nós e menos coisas.

Gostaria que fosse verdade para mim mas não o é, quiçá para as próximas gerações mais evoluídas e menos medrosas de lidar com seus sentimentos. Para mim, a despedida é ainda um gosto ruim na boca, aquele murro que você não esperava nunca, a palavra que nunca mais será dita, o erro que jamais será reparado e o amor que nunca mais será compartilhado ou demonstrado.

Resta então apenas deixar essas palavras aqui na esperança de que você que partiu, está prestes a partir ou pensa em fazê-lo veja de onde quer que venha a estar que as minhas falhas como pessoa jamais representaram seus defeitos como adestrador e se algum dia mordi a mão que me alimentou, não foi intencionalmente mas é do adestrado quase um dever programado nos genes retribuir assim a quem sempre lhe proveu o que, em absoluto, diminui ou ofusca o amor que lhe dediquei.

Se é preciso nos despedir, o farei da melhor forma possível se é hora para isso e com o passar do tempo quem sabe n'algum lugar menos víscera como este em que vivemos não possamos então dizer 'olá' ao invés de adeus...



7 de out. de 2020

ler é o melhor remédio

 


Esse vídeo é bem interessante e traz dados referentes aos hábitos de leitura brasileiros de 2019, recomendo que vejam ainda que possa parecer  meio arrastado com as apresentações de gráficos e números, vale a pena!

Esperava ver resultados bem mais alarmantes mas, ainda não sentimos todo o impacto do governo fascista, isso só veremos daqui um bom tempo então, os dados apresentados pela pesquisa são até reconfortantes ainda que alguns deles sejam realmente preocupantes.

Entre esses, eu destacaria a leitura da Bíblia como campeã de leitura o que denota claramente a guinada conservadora e teocrática que tomamos e seria interessante ver qual o resultado obtido ano que vem ou no outro ainda para confirmar se realmente estamos na merda ou não. Outro dado preocupante é o percentual de pessoas que não leem supostamente por não terem tempo ou por dedicaram seu tempo a outras coisas como internet, YouTube e, pasmem, Whatsapp.

Se o hábito da leitura já não era algo forte, com o advento da internet e de outros meios de comunicação como o Whats, a leitura acabou perdendo terreno e sendo substituída ainda que, segundo a pesquisa, siga como um hábito para boa parte dos brasileiros e, diferente do que Paulo Guedes atesta, quem mais consome livros não são as classes altas e endinheiradas mas as classes mais baixas e média então, aquele ideia imbecil de taxar os livros porque eles são artigos de luxo vai por água abaixo.

Voltando ao tema da concorrência, ler é algo que demanda atenção, concentração e principalmente tempo. Então, não é de se admirar que a pesquisa indique como razão para não ler a falta dele ou a opção por distrações digitais, vivemos a cultura do imediatismo, do já, do agora e o livro não tem isso, ainda que possamos trocar impressões durante a leitura, geralmente só vamos debater ou conversar sobre ele depois de terminar e isso pode levar tempo dependendo do livro o que vai totalmente contra a necessidade de atenção imediata que as redes sociais pregam e exigem.

Se continuarmos assim, não teremos mais leitores mas sim repassadores, pessoas que só lerão textos curtos no whats ou Twitter e talvez presenciemos um movimento literário que surja para alimentar essa demanda e nova mídia, tudo é possível mas, perderem os também o poder de imersão que um livro nos proporciona e de interpretação já que estaremos optando por coisas fáceis e rápidas de consumir. Obviamente que posso estar equivocado, pode ser que qualquer coisa que surja para suprir essa necessidade tenha sim qualidade e capacidade de promover algum tipo de discussão mas, considerando o já citado imediatismo digital, acho pouco provável.

Leitores não se formam do nada, leva tempo para isso e ao vermos os dados da pesquisa fica evidente que é exatamente isso que as pessoas não querem dispor, não querem abrir mão e isso é muito perigoso pois um leitor formado tem capacidade para discernir fato e ficção não apenas na literatura mas nas notícias que se espalham feito rastilho de pólvora pelos meios digitais, um leito não formado facilmente acreditará em qualquer boato ou meme ou vídeo, exatamente o que aconteceu em 2018 e que favoreceu a eleição do atual presidente que segue forte nas mídias digitais e fazendo de tudo para remover o acesso à cultura e informação porque sabe o poder que isso tem.

Se por um lado alguns números da pesquisa são até animadores, penso que precisamos ter cuidado ao interpretar porque, ainda que as pessoas estejam lendo é preciso levar em conta o que elas estão lendo. Não estou dizendo que todos precisam ler os grandes clássicos ou livros difíceis mas, se estamos criando leitores que estão lendo apenas livros de autoajuda, coaching, motivacionais e livros 'fáceis', não estamos criando leitores de verdade mas apenas pessoas que gostam de ler e novamente massa que pode ser facilmente manipulada e enganada.

Acima de tudo, a leitura precisa ser incentivada não apenas pelo poder público mas pelas famílias, sei que em tempos como o que vivemos há outras prioridades e é totalmente compreensível mas, se não houver um esforço para promover e criar o hábito da leitura e formação de leitores estaremos apenas perpetuando pessoas incapazes de um pensamento crítico e que terão graves dificuldades de expressão oral e escrita como já vem acontecendo.

Ler é o melhor caminho mas precisa ser trilhado com carinho e atenção ou não adianta nada.

6 de out. de 2020

está incluso

 


Dia desses, a Cristina Judar fez uma postagem sobre como sempre é questionada, quando participando de mesas ou eventos, por escritores cisgêneros HT sobre a necessidade de personagens não normativos ou, como ela diz, gays ou homossexuais porque para eles é tudo a mesma coisa.

Bem, primeiro que é de bom tom explicar ou tentar esclarecer que a sexualidade humana é algo tão complexo e diverso que estamos começando a entender como ela funciona e as diversas expressões que possui e que vão muito, mas muito além dos binarismos e normatividades que são impostas pela sociedade.

Com isso em mente, qual a necessidade então de termos personagens e uma literatura que inclua essas manifestações? Se considerarmos que a grande maioria da literatura é produzida por e fala de personagens heteronormativos, termos literatura e personagens que falem para as mais diversas expressões da sexualidade é sim muito necessário para que essas pessoas sintam-se representadas e tenham voz, ninguém nunca questionou qual a necessidade da literatura retratar personagens normativos porque é justamente o que predomina e se espera dela então, a questão que nos é feita reflete o estranhamento e a falta de compreensão que habita no universo normativo como se nós que escrevemos estivéssemos fazendo algo completamente novo e incompreensível.

De certa forma estamos afinal, estamos dando voz a personagens que não são da realidade absoluta vigente e criando novas formas de contar histórias e criar personagens e isso confunde a mente hetero-centrada. Quando passamos a questionar os moldes e criar nossos próprios caminhos somos confrontados com esse estranhamento dele pois estamos a subverter cânones que muitos julgam intocáveis e não entendem porque não os podemos seguir para fazer parte do clube.

Muitos deles interpretam isso como raiva, ódio ou até um certo belicismo nosso o que pode até ser verdade já que nós não conseguimos deles nada se não for no tapa mas, não é apenas isso, estamos mostrando que é preciso abrir espaço para outras vozes porque o espaço em que essa elite habita é gigantesco e eles não querem abria mão dele nem por um centímetro.

Por outro lado, também não desejamos que nos vejam apenas como vozes que pregam para nossa grupo, obviamente que sermos reconhecidos e valorizados pelos nosso é muito bom e importante afinal, somos parte desse grupo e temos sim uma certa responsabilidade para com ele mas, limitar a nossa arte a isso é apenas reforçar o preconceito e o status quo e fazer com que a pergunta que abre esse texto seja feita e refeita por anos a fio.

Como disse Cris, quem prega para o seus está numa posição confortável e isso geralmente e algo não muito bom para a arte, eu também não desejo pregar para 'convertidos' ainda que me reserve o direito de fazer isso quando achar que deva, encaixar minha literatura num nicho ou expressão pode ser fácil para seu entendimento mas jamais deve servir para limitar seu alcance e veracidade, isso é um instrumento usado pelas estruturas normativas para manter as coisas em caixas e com fácil entendimento e identificação.

Não sou de por em caixa, sou de tirar as caixas e deixar apenas vazios em seu lugar.

5 de out. de 2020

vendo a banda passar

 



Já gostei muito de Ryan Murphy, as primeiras temporadas de AHS e ACS forma bem interessantes e confesso que FEUD me ganhou porque eu sou devoto das grandes divas do cinema mas depois, parece que ele ficou ganancioso e passou a produzir em quantidade e não em qualidade meio como a Netflix faz, solta uma baciada de séries e se ao menos duas delas emplacarem já vale e o resto cancelam.

Não há dúvida de que ele tem um papel essencial na representação e visibilidade de pessoas LGBTQIA+ pois suas produções tratam essas pessoas com dignidade e sem pudores da indústria mas, parece que no anseio de produzir o máximo possível ele acaba se esquecendo de outras coisas e, sua marca registrada, brindando o espectador com uma profusão de cores como se toda a escala Pantone tivesse explodido na tela.

Nesse caso, a homenagem feita a esse filme incrível dirigido por William Friedkin  em 1968 e baseado na peça homônima de Mart Crowley é uma excelente oportunidade para gerações mais novas conhecerem esse texto que pode até ter envelhecido mas não ficou datado mas tenho algumas reservas quanto ao novo filme mesmo Mart tendo participado do processo de confecção do roteiro antes de falecer em Março deste ano.

Primeiro que este é um texto teatral, forte, pesado, cheio de acidez e mordacidade, indiretas e ofensas verbais num jogo psicológico que lembra 'Quem tem medo de Virginia Woolf?', começa num ritmo leve e até descontraído mas aos poucos vira uma montanha russa de ressentimento, culpa, frustrações e jogos mentais tóxicos.

Se na primeira versão isso foi preservado e maximizado pela mão de Friedkin (que é um ótimo diretor de atores) além do jogo de iluminação que, no ápice do jogo mental deixa os personagens imersos numa semiescuridão opressiva e que só aumenta o desconforto e, por um elenco oriundo do teatro, nessa versão o texto foi diluído, ficou mais leve e a mão de Murphy se faz sentir na explosão de cores e opção por manter tudo claro e gritante numa clara alusão de que a homossexualidade não precisa ser escondida mas vista e vivida mas, isso acaba emprestando ao filme uma sensação de festa que saiu do controle ao invés de embate de sentimentos e culpas.

A inclusão de flash backs para ilustrar as memórias de cada personagem durante o jogo do telefone ajuda a diluir esse peso da versão anterior muito mais claustrofóbica e tensa e a opção por adicionar cenas finais que ilustram o possível desfecho de cada personagem acabam dando uma sensação de esperança que o texto original não tinha em absoluto. Optar por manter a trama nos anos 60 ao invés de trazê-la para a atualidade também foi acertada pois isso certamente seria um desastre, pode parecer que os assuntos tratados no filme sejam datados mas não são, estamos falando de um texto de um período em que ser gay era algo perigoso e fatal até e isso segue sendo verdade hoje em dia mesmo tanto tempo depois.

Quanto aos dramas de cada personagem, também seguem mais do que atuais desde o casal que enfrenta uma crise passando pelos gays frustrados e amargos que só conseguem algum tipo de satisfação destruindo quem conhecem, pelo gay afeminado que só é visto como piada, o gay negro que é forçado a lidar com mais de um preconceito, o gay que apenas é gay e um hetero que não sabe o que está fazendo ali ou até saiba mas se arrepende de estar.

Infelizmente, parece que no intuito de deixar o texto mais palatável talvez para as gerações mais novas, as atuações acabaram ficando perdidas e sempre com uma sensação de quase lá, se comparadas com as atuações do filme original chegam a ser sofríveis até vide a cena em que Michael se dá conta da merda que fez onde Jim Parsons falha miseravelmente em passar a emoção necessária para a cena.

Esse era um texto que merecia uma direção mais robusta, que espremesse os atores até sair sangue, não era para ser um filme colorido mas um filme denso que fizesse com que todos saíssem dele moídos como fez o primeiro. Infelizmente nada disso aconteceu e temos apenas uma homenagem singela e colorida que serve como caricatura de um texto magistral.

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...