4 de mai. de 2011

a vida num flash



Amava demais ao outro. Não suportaria perdê-lo fosse pelas vias naturais ou artificiais.

Certo disso, reservava o esperma de suas fodas vertendo o líquido santo do preservativo em um tipo de tubo improvisado, depois, se auto inseminava com o leite do amado seguro de que isso lhe traria rebentos.

Fez isso por muito tempo, inócuo. E seu amor se foi, pelas vias naturais mas acidentais; ele ingressou numa dor ímpar, quase prima mas, dias depois, dores violentas lhe enroscaram as tripas.

Correu ao banheiro, torceu-se no chão, urrava insano em feto, quase uma bolota. E então, com um peido a dor passou, relaxou o corpo e suando, olhou ao redor, ao seu lado, logo abaixo de seu rabo um choro leve, tímido.

Parira.

8 comentários:

  1. Uau! Curto, chocante e incrível! Queria ver a obra desse amor. Vc não tem guardado meu esperma esse tempo todo, né?

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  2. Chocantes, texto e imagem. Nem por isso, menos belos.
    Bjão

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  3. :O
    no mínimo, inesperado.
    me arrancou um cara de susto, depois uma risada.
    valeu!

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  4. Eita, será que é por isso que minha barriga tá crescendo???

    Adorei!! :-)

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  5. OMG! Nem assim eu consegui me engravidar! rs

    ps! Nada de cafuçus na obra querido ... são profissionais e eficientes ... mas só! Nunca se encontra a perfeição mesmo né? mas enfim ... tá valendo ... rs

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  6. que soberbo conto. em poucas linhas disseste tudo e tanto!

    beijoooooos

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  7. Arhgtttt ... quase vomitei ...
    Vc se supera...

    abraxxxx

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