22 de nov. de 2009

riscado e rabiscado

Lendo hoje o estado online vi isto.

A matéria em si não me disse muito, mais um desses 'flash mobs', coisa de gente conectada com seu tempo e que possui a velociade suficiente para acompanhá-lo.

Muito provavelmente, eu não consegueria estar na hora e local certo se é que tal coisa ainda é possível nessa cidade. O que me chamou a atenção foi este comentário para esta foto:



'Olhando essas fotos, percebemos que já não podemos contar com amplos segmentos da juventude, que ainda não perceberam o quanto que suas vidas e de seus futuros filhos está em risco. Aliás, por falar em riscos, por que o Estadão (nem nenhum outro jornal, que eu saiba) se debruça sobre esse fenômeno cada vez mais gritante nas ruas, de jovens (e nem tão jovens) todos riscados, rabiscados, pixados, como se vê nas fotos? Será que não tem nenhum jornalista capaz de pesquisar e nos explicar o que leva tantas pessoas a se esconderem atrás desses desenhos espalhafatosos, na busca de sensacionalismos que até poucas décadas atrás seriam considerados como pura cafagestagem?'

O ato de 'rabiscar ou 'riscar' a pela é quase tão antigo quanto a própria humanidade. O contexto de tal ato muda conforme a época em que este se encaixa. Houve tempos em que era marca certa de cafajestes e fascínoras, piratas, escória, putas e afins. Vale lembrar que estes são estigmas criados por nós ocidentais para estes 'rabiscos' pois em outras culturas soa considerados arte ou mesmo status.

Nossa visão é deturpada pois os rabiscos profanam o corpo, sagrado em sua forma e ofende os sentidos pois mostra a possibilidade e a necessidade (abençoada) de uns serem ou desejarem o diferente.


Tirar a parte pelo todo considerando-os todos como alienados é deixar sua visão deles como párias tomar a frente. É seu o sacrossanto direito de não aprovar mas não de julgar.

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