1 de jun. de 2010

três fases..



Sábado pela manhã e eu a cumprir funções de filho o que fazia com gosto posto que é o mínimo que posso fazer por quem me pôs no mundo e é responsável, em partes, por tudo que sou hoje e ainda possa vir a ser um dia.

Voltávamos de um laboratório de análises clínicas, eu à frente ao lado do taxista e meu pai no banco de trás, distraído com a cidade que há muito não é a que ele conheceu um dia. Paramos em um farol e, atravessando a rua, um cara certamente gostoso acompanhado, de certo, por uma racha. Foi inevitável seguí-lo com os olhos.

E quando eu estava para dizer adeus àquela beleza, meus olhos, que corriam da esquerda para a direita, deram com o carro ao lado e notaram que o movimento que eu fazia era clonado pelo motorista do mesmo. Ainda olhei mais uma vez para ter certeza de que não olhava a racha mas era certo, olhava, como eu, o macho.

Iniciei a busca por indícios de irmandade: o carro tinha um adesivo na parte de trás 'D&G', do interior vinha uma música que as travas aqui da esquina costumam ouvir, olhei para o motorista, cachecol enrolado no pescoço, boina meio de lado e não tive dúvidas sobre a irmã.

O farol abriu e cada um seguiu seu rumo.

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