18 de fev. de 2011

PUT(a) - polaróides urbanas em texto

Meu ensaio de aposentado continua. Achei que depois de vencida a barreira da primeira tríade mensal eu entraria em parafuso mas eis que o parafuso rosqueou tão bem que não solta mais nem com ky.

Claro, não sei fabricar grana e muito menos promessas para todos os santos da  Sé (vou logo na catedral que se o assunto é sério, melhor não economizar no templo) fazem chover, apenas aqui em casa, notas de Real, Euro ou Dólar. Assim, começo a alimentar com pequenas porções, metade de uma porção infantil diria eu, a volta ao batente mas com uma diferença: como eu quero e não como eles querem, vamos ver no que dá.

Nesse meio tempo, como todos sabem, vou batalhando a publicação dos contos mas seguir o caminho das editoras é um plano de médio (mais) longo prazo. Existem opções mas, esse prazer de ter esse formato de livro, publicado, não há e-book que pague ainda que a rede seja sim uma alternativa viável pelo que já pesquisei.

Enfim, levo aqui meus dias suaves escrevendo, pesquisando editoras, possibilidades e cuidando da casa e do meu marido, uma vida simples e que pode até parecer simplista mas que tem sim um valor ímpar ao menos para nós que estamos nela vide o prazer que retornou às nossas rotinas (sim, elas podem ser agradáveis quando realmente estamos afim de vivê-las e não quando nos são impostas seja pessoal ou profissionalmente) e o gosto que me dá preparar todos os dias o jantar para meu marido. Certas decisões na vida não se pode pagar, tome a sua antes que ela tome de você a vida.

Voltando, minha vida segue e dia sim, dia não, preciso claro sair de casa tanto para comprar mantimentos como também para arejar a mente, ver a cidade e ter idéias. E foi assim que hoje (Quinta) sai de casa para ir à farmácia e ao mercado. Já trocado, sai e fui para os elevadores e quando chego neles percebo que o vizinho do apartamentp que fica logo ao lado destes está com a porta aberta como costuma ficar mesmo nesses dias mais quentes.

Seu apartamento fica no 'meio' do prédio e a sala não tem janelas, o nosso que é de canto tem janela na sala e no quarto e assim entendo que ele deixe a porta aberta para refrescar o cômodo e dar calor na gente que passa. Ele é um mulato alto, deve ter mais de 1.90, aparenta ter quarenta, pouco mais ou menos. Suas coxas são grossas, se juntar as duas minhas não dá uma da dele, ele malha pode-se ver pois os braços são fortes mas sem exageros.

O que mais atrai nele é a cara de marginal que ele tem, sempre com uma barba por fazer e às vezes com ela cheia, se morássemos na favela, juraria que ele era dono da boca. Na verdade, nem é bem de bandido mas se eu tivesse de apontar o elo perdido na cadeia evolutiva, apontaria para ele na hora! Creio que não faz muito tempo que ele aprendeu a andar ereto! Ele é educado, sempre que encontra a mim ou wans ou os dois nos cumprimenta e tem o hábito de estar de shorts e regata. Já peguei elevador com ele fiquei mirando seu pé que mais parecia uma ripa de madeira para escorar alguma coisa, se o pé é assim que dizer do resto?

Hoje, ele estava largado no sofá e me disse bom dia quando me viu esperando o elevador. A sala estava meio na penumbra, a única luz natural vinha do quarto e era pouca, o resto vinha da televisão ligada que, em flashes, mostrava para mim aquele macho sem camisa e de pernas abertas. Meu desejo era entrar ali, fechar a porta e dizer que não se mechesse, pagava a boquete ali mesmo com ele deitado no sofá.

Novamente fotos não foram possiveis e eu tentei mas a pouca luz só deixou registrado o breu no celular. O elevador demorou e eu olhava para ele de relance, impossível tirar os olhos daquele macho rústico, animal ali posando para mim. Acho que ele já percebeu que o devoro de garfo e faca com os olhos mas como é macho nem rola intimidade e aqui em casa nós poderíamos fazer ele muito feliz.

O elevador chegou, eu entrei mas minha cabeça ficou ali no sexto andar.

8 comentários:

  1. Sou tarado pela testa careca do vizinho do térreo que vejo na janelinha basculante do seu banheiro toda manhã. Não sei quem ele é nem dá pra ver o rosto. Mas a insinuação é mais poderosa que a pornografia, né?

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  2. Mais uma vez onde estava Wans? Trabalhando, meus amigos. Trabalhando...

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  3. Seu desejo foi descrito com perfeição, mas um tipo desse, eu nem olharia. Definitivamente não faz o meu tipo.
    Bjão

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  4. Maridão diz que eu tenho gosto podre pra homem... é mentira, é claro, ele é o maior exemplo disso. Mas é que não gosto de cara com aquela beleza certinha de modelo. Gosto de homem com cara de homem, jeito de homem, corpo de homem...

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  5. Homem bom é Homem tipo rústico ... sem qualquer dúvida ... entendo perfeitamente o Melo ... com nossa convivência já percebi q nos identificamos totalmente em gosto e estilo de vida ...

    Querido tem coisas q nem Mastercard paga ... com certeza ...

    #Enquanto isto! onde estava Wans? Trabalhando, meus amigos. Trabalhando... rs

    bjux

    ;-)

    ps: a dica para q eu assistisse Ander partiu do Wans ... faz tempo ... thanks

    ;-)

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  6. Nossa... Q descrição fiel. Eu pude ver o bofe na minha frente só com as suas palavras
    Esse lance de beleza máscula realmente é uma coisa que meche com os nossos sentidos. Eu sou bem ecl[ético com relação a isso, me sinto atraido desde o másculo (bem representado pelo seu vizinho, aliás) até o fofinho com cara de bebê... hauahuahaaahuaahah[

    Um abraço, melo... até o próximo

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  7. É.
    Tu é bem "dessas".
    Humpft.
    Hahahahahahahaha!!!!
    Vamos fazer uma festinha no sexto andar? Hahahaha!
    Bjz, querido!

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  8. Rústico? Uma palavra: Adooroo! rs

    E livro nem se compara com web! Dá pra gente cheirar, apalpar, comer.

    Bj e sorte aí

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