25 de mai. de 2011

estômago

Estar em casa é um primor mas, cansa, já começo a me movimentar atrás de emprego pois não se pode viver da escrita (ainda) e o metal não chove dos céus feito maná divino sobre nossas cabeças.



Exsite sim uma enorme diferença entre ficar em casa e ficar em casa com grana, não adianta dourar a pílula com coisas a fazer e que se são gratuitas e afins, essas podem até ser na faixa mas a locomoção até elas e coisas que se deseja fazer depois dependem, intrinsicamente, dele, o Real, a moeda, essa peste que assola a humanidade desde que o escambo morreu.

Enfim, não me prendo na medida do possível, acho prazeres simples e gratuitos por aqui mesmo e até dentro de casa e, um dos maiores, é cozinhar para mim e para meu amor. Todos os dias, penso no cardápio que vou servir quando ele, que agora é o provedor, chegar em casa, carregado do dia que se foi e louco para aliviar seu fardo e saborear uma refeição feita com todo amor e carinho, na hora, fresquinha. Aliás, para cozinhar não se precisa cursos de chef, produtos importados e estudos cientificos apurados, óbvio que um certo jeito e noção de 'quimica' são bons ajudantes mas, acima de tudo, amar as panelas é requisito indispensável para que da cozinha saia algo que preste.

Eu mesmo me esforço para sair da equação arroz+feijão=bife e salda ainda que essa seja, sem dúvida, uma equação ímpar e de muito bom gosto em todos os sentidos. Assim, me esmero para fazer comidinhas gostosas para o maridinho (salve Carmem!) que chega em casa ao fim do dia faminto. Modéstia à parte, sei meus caminhos pelas panelas, quem já provou sabe. Essa mistura de temperos, gostos e diferenças me anima e serve mesmo de terapia pois entre as quatro bocas do fogão e o buraco preto do forno eu combino coisas, faço outras tantas, acerto e erro.

Assim combino pitadas de orégano com dedicação, pimenta do reino com sexo, sempre bom, acrescente uma páprica picante, um pouco de curry e dedo de moça, nunca é demais. Cheiro verde fresco como os anos iniciais de amor, coentro forte como nossa fé mútua, canela para deixar as coisas um pouco mais leves posto que os dias são pesados, manjericão para dar um gosto a mais nas alegrias do dia, alho e cebola refogados para lhes tirar o amargo das desventuras em série que nos perseguem.

Um bom brodo para espantar o frio dos medos que estão adiante, alcaparras para realçar o sabor do que sabemos que será certo e páprica doce para aguentar os amargos do futuro incerto e matreiro, nos prega peças para roubar nosso paladar. Tudo isso junto faz de um prato mais que entrada, principal e sobremesa. Nesse emaranhado de cheiros e gosto me perco cego, sei o caminho e você já está preso pelo estômago, não pelo coração, esse foi fácil, ganhamos recíprocos, de cara mas, pela boca, por onde morre o peixe, esse é ruim de ganhar pois o coração é cego mas a boca enxerga e mui bem!

E assim vou te amando entre empanados, arroz de forno, bifes e frangos, massas e doces, cada coisa em seu lugar e devidamente sagrada ao altar de nosso amor. Cozinhar é, antes de tudo, um ato de amor e aqui vai a receita de hoje. 

Frango empanado 

500g de frango (peito ou sobrecoxa sem pele e sem osso)

Tempero: alho, cheiro verde, pimenta do reino, orégano, manjericão, curry, sal  (tudo em pitadas a seu gosto) e duas colheres de sobremesa de maionese

Para empanar: num prato, coloque metade de farinha de rosca, metade de trigo, misture bem. bata dois ou três ovos em outro prato.

Fure os pedaços de frango para que o tempero penetre (ui) na carne. Misture bem os temperos com a mesma e deixe descansar por algumas horas, para firmar o gosto.

Unte um refratário com margarina ou mateiga, passe o frango nos ovos (batidos, não nos seus bicha burra!), na farinha (não no padê) e os disponha no refratário. Cubra com papel alumínio e leve ao forno pré-aquecido.

Depois de uns 20 minutos, tire o papel aluminio e deixe assar até estar dourado (não pe golden shower, não mije no frando bee!).

14 comentários:

  1. Receita desnecessária.

    Todas que frequentam esse blog sabem muito bem fazer um frango assado, bicha.

    ResponderExcluir
  2. kkkkkkkkkkkkkk...ah mas eu ri.....molhei meu grelo...

    ResponderExcluir
  3. tudo... a sucessão de temperos me fez lembrar de "como água para chocolate"!!!!

    ResponderExcluir
  4. maridão também deu um pé na bunda do trabalho que o estava matando aos poucos... e também está escrevendo!

    ResponderExcluir
  5. ótimo! a gente só vive UAM vez..há que se fazer valer!

    ResponderExcluir
  6. preciso discordar: pimenta as vezes pode ser demais sim

    =D

    ResponderExcluir
  7. eu adoro cozinhar e não é novidade, apesar de estar aprendendo agora.
    e realmente é uma delícia!

    e frango assado a gente sabe mesmo. ahauhauha. morri!
    bjo queridao!

    ResponderExcluir
  8. essa receita fica melhor com ky azul ou laranja?

    ResponderExcluir
  9. Hahahahahahahaha!!!!! Vem cá, minha Tia Anastácia... te contrato de quituteira AGORA!!!! Hhahahaha! Bjz!

    ResponderExcluir
  10. Amei o momento "Ofélia"...hahahahaha
    Eu quero mtoooo aprender a cozinhar coisinhas gostosas mas só faço o basicão mesmo...rs.
    Abraços cooker..rs.

    ResponderExcluir
  11. Olá Ana Maria
    Também tenho minhas manhas no cozinha, um dia você vem provar. Copiei a receita pois é muito prática.
    Bjão

    ResponderExcluir
  12. Eu ia comentar sério mas depois q li o coment do Richard ... DESISTO ... estou rindo até agora ... Ó-T-I-M-O mesmo!

    ResponderExcluir
  13. Cozinhar é ótimo, pra quem a gente ama, melhor ainda!

    Bj

    ResponderExcluir

one is the loniest number...

lembranças aleatórias não relacionadas com a infância

Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...