29 de jun. de 2011

A festa (I), os amigos (II) e as fotos (III)

Nota: post em três partes, pra não ficar longo para os olhos cansados dos leitores.

A festa I

O feriado era religioso mas quem disse que nosso intuito era ou é ir para o céu? E se for, então, jogamos pela décima quinta vez consecutiva a chave do mesmo pois o feriadão foi mais para Sodomo e Gomorra que retiro espiritual.

Confesso que o Domingo de cara cinza me tirou nosso ânimo de ir lá, pouco convidativo, o dia se espirrava pela cidade induzindo que o binômio cama + cobertas era bem mais interessante que se misturar à chuva e à alguns milhões de pessoas (leia-se quase todos viados).

Mas, voltemos no tempo um cadinho aí. Teve a Feira da Parada, né? Fomos depois de um rândevú aqui em casa com [Joe], Edu/Mau Mau, Deividi. Foi muito bom e quem perdeu pode, sim, se cortar todo. Sinto, babes mas foi muito foda e as fotos fazem é pouca justiça ao prazer que tivemos no evento.

Mas e a Feira, estava lá. Sinceramente, preferia quando era no Largo do Arouche, achava mais aconchegante e acolhedor. Entendo que o evento tenha crescido a ponto de tornar inviável a sua realização lá mas, no Vale, a coisa cresce, perde identidade e apesar de ser uma 'selva', com todos os tipos por lá, é um pequeno monstro sem cara e com os 'stands' abusando e muito do consumidor ou você acha R$35,00 por uma camiseta e R$40,00 por um par de supostas 'havaianas', razoável?De feira mesmo, acho que pouco sobrou, o povo espera são os shows ao fim do dia.

Enfim, depois desta, só nos restava ir mesmo à Parada. Como disse acima, o Domingo queria roubar a chave do apartamento e não nos deixar sair e chegamos mesmo a pensar em ficar mas, algo em nós, uma civilidade gay, um senso colorido de obrigação, nos impelia a ir, como se o evento, sem nós, carecesse de brilho ou sequer fosse ocorrer quando era exatamente o oposto, nós é que nos sentiríamos como traidores se não pudéssemos dizer um ao outro e a todos que fomos, cumprimos nossa (ainda que pequena) parte.

Já faz é tempo que não acompanhos a Parada de cabo a rabo. Não temos saco para aquela aglomeração, empurra/empurra, aperto. Assim, geralmente, esperamos a banda passar na esquina da Paulista com a Consolação e depois vamos descendo calmamente pois moramos onde a Parada de dispersa.

Como o tempo estava de mau humor, fizemos o avesso, fomos de casa até mais ou menos a metade do percurso e ficamos ali até os útlimos carros passarem voltando, então, para a casa. Achamos que não estava tão cheio, muita gente mas transitável, agradável e bem tranquilo. Acho mesmo que o tempo deve ter espantado uma parte do povo pois s chuva intermitente nos obrigava a correr para baixo de proteção de tempos em tempos.

Vimos um ou outro basfond que de certo era furto, o povo ainda insiste em levar o último modelo de smart phone ou câmera jurando que está no local mais seguro do mundo, dá no que dá. Achei mesmo que haviam mais policiais esse ano e, onde vi, agiram rápida e eficazmente.


De resto, não vi novidade e arrisco dizer que, depois de virar mocinha, acho bom a Parada começar a crescer pois, como todos já disseram, é mais festa que política e um naco de filé mignon para a mídia que, apesar de ser verdade, adora mostrar que há consumo excessivo de bebidas (podres) por menores, drogas e sexo a céu aberto. Ah, tá! Em raves ou eventos 'heteros' isso não acontece né? Mas, como é viado, vão dizer: 'Tá vendo? Dá liberdade pra essas bichas! Vão dar o cu no meio da rua!' e afins.

Não sou contra a festa, acho mesmo que ela é um marco importante e dá muita visibilidade aos gays, mostra mesmo que temos tantas nuances como os heteros e que temos direito ao mesmo espaço mas, a fórmula tá gastando, melhor pensar em renovar, né? Arrojar e, porque não, politizar um pouco mais e não digo, com isso, deixar políticos discurssarem nos carros só porque as burras da cidade vão ficar estourando de gordas.

Se serve de reforço, vi muito hetero, sem camisa, bancando boy e atrás de buceta, virou micareta? Um deles veio perto de uma racha que estava ao nosso lado e se insinuou (hahaha), ela, séria, solta:

- Vai pegar homem! Vai pegar homem!

Rimos às pencas!

13 comentários:

  1. "Vai pegar homem" foi o ponto alto, rsrs...

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  2. Vão pegar homem voces tb ... é disto q estão precisando ...

    #MUTE mode on!

    rs

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  3. esse ano a parada teve até menos destaque na TV e na imprensa em geral, no máximo uma cobertura burocrática e olhe lá, né?

    Eu estava em casa morrendo de sono, e se tivesse ido seria uma Parada Zumbi...

    Também achei que a feirinha está com pouca cara de feira, e pelo visto, quando vocês chegaram estávamos indo embora...

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  4. Este comentário foi removido pelo autor.

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  5. ansioso pelos próximos posts!

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  6. eu li uma crítica a parada, a melhor até agora, que falava q todas as pessoas q criticam que a parada é só festa, não iriam pra parada mas vão pra uma boate qualquer depois...

    um contrassenso não acha?

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  7. Só eu que não sou convidado pra esses "convescotes"... HUMPFT!!!!!
    Hahahahahahahahahahha!!!!
    Vcs são tipo uma gangue, então???? Hahahahahaha!!!!!
    Bjz, lindossauro! Adorei o "versinho" da rosa e o botão!

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  8. essa parada me dá preguiça

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  9. Fox²: nós mesmos somos pouco baladeiros, mais casa e amigos mesmo. não acho que tornar a parada um evento totalmente politizado vai ajudar pois daí se juntar mil pessoas vai ser milagre.

    acho legal que seja uma festa mesmo mas faz é tempo que é só isso, nada mais e o caráter mesmo de luta por direitos e cidadanis se perdeu entre os trios, bíceps avantajados e gente colocada.

    creio mesmo que o evento precise de uma reformulada sem deixar a festa de lado mas procurando dar mais ênfase ao lado 'político' da coisa.

    Fred: basta vir a sp...

    DPNN: cobertura? onde? só se for de bolo...

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  10. WONDERFUL blog !!!

    Have a super week.

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  11. Foi mesmo um feriadão muito divertido. Não me esquecerei dos momentos!

    [j]

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  12. Eu tb tenho muitas críticas à Parada, mas por outro lado, é o que temos e talvez a festa de um bando de viados pelas ruas da cidade, seja em si mesmo, um evento político independente do tom.

    Bj

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