2 de jan. de 2012

11->12



E agora, José? O mundo girou, 11 virou 12 e daí? Acordei e o dia ainda estava com ar enfezado, poucos amigos, desde a virada estava assim e não dá ares de que vai se empolgar com ano novo ainda que, de certa forma, sirva bem essa lavagem toda, meio que pra limpar tudo, deixar realmente com ares de novo o que, na verdade, mal e porcamente passou por uma plástica safada que puxou aqui, repuxou ali e disse que era novo o ano requentado.

Foi fim de semana, assim não vale, acho que isso tirou a graça do defunto, o velório, apesar de ser curto mesmo, espera-se que dure mais, jeito de feriado, uns quatro ou cinco dias, só dois assim, é fim de semana comum, volta hoje tudo (quase) ao normal, útil, comum.

Era ano novo? Não tinha ares de, me troquei, tomei café e saí para o trabalho. No metrô, daí sim percebi que era um dia nada comum, pouca gente, muitos de malas, fazendo o trajeto de volta, trazendo do litoral ou interior malas cheias de roupas sujas, promessas e determinações de ano novo.

Mas as faces não eram de 2012, eram desanimadas, coito interrompido, como se não houvera tempo de sacramentar os votos do ano recém-nascido, ar perdido, vago, olhando para um ponto no futuro tentando entender se realmente o ano se renovara pois o gosto era de coisa velha. Olhavam pra algum lugar na frente, peixe morto, não tinha nada lá e essa certeza dava esse abestalhamento. Nada, apenas 365 dias a serem contados e eliminados sem a possibilidade de pular um que seja.

No fundo, havia o peso das promessas feitas nos momentos em que um ano tomou o lugar do outro, aquele medo de saber não ser certo que se irá cumprir todas, quiçá menos da metade será efetivamente concretizada, o resto se perderá num emaranhado de desculpas, dissabores e remorsos para, ao fim de 2012, serem esquecidos, enterrados e, após a meia-noite, ressuscitados com outros nomes e fôlego renovado.

Como andei lendo por aí e, apesar de soar como frase de auto-ajuda, creio ser uma verdade incontestável enquanto se tome para si como determinação e não mera constatação: não é o ano que precisa mudar, é você!

7 comentários:

  1. quando existe algo para mudar de vc não é? tb me senti nesse mesmo espírito, Melo, não via motivos pra comemorar alguma coisa neste ano novo pq não espero nada de novo dele, não mais.

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  2. Eu vivo dizendo isso, mas que posso fazer que ninguém me leva a sério?

    O meu ano novo foi o melhor do melhor do mundo. Em casa dormindo ahauahua

    Beijo Melo!

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  3. Se o desafio é esse, mudar o Man In The Mirror, vamos a ele! Chaaaaaarge!

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  4. a única certeza é que é mais um ano, estamos envelhecendo e precisamos mudar sempre

    beijos queridão

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  5. e, sim, estou esperando você de braços abertos aqui!

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  6. acho q fui o único q amou o natal e a virada do ano ter caído sábado e domingo ... rs

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  7. Esse é o desafio... Mudar a sí próprio... E e só isso que essa data representa para mim, um desafio. Não adianta esperar a mudança se fazer sozinho pois, podem se passar 500 anos e nada vai acontecer se VOCÊ não tomar a atitude e fazer a mudança acontecer... Fato...
    Esse ano novo teve esse significado pra mim... Espero que tenha para os outros tbm... Mudar é bom, por melhor que se esteja no momento!

    Abraço, Melo! Até o próximo

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