23 de mar. de 2010
fuck buddy
Como disse antes, vai a estória do fuck buddy.
Ainda não me sabia como guei, apenas gostava de garotos, era isso. A cabeça dava nós tentando entender como isso fora ocorrer e, enquanto ela se ocupava disso, o corpo pedia mais e era prontamente atendido.
Eu, novo ainda, sempre queria gozar, fato. Cursava o que hoje se chama de Ensino Médio acho (no meu tempo era Colegial) quando conheci um rapaz que tinha os mesmos problemas que eu leia-se aqui apenas problemas de desajuste, não conformidade e extrema dificuldade em relacionar-se com os grupos da escola posto que meus interesses e gostos, não apenas em sexo, eram completamente opostos aos dos demais valendo-me apelidos como estranho e por aí vai.
Enfim, sem intenções sexuais abertas, começamos a nos falar e ainda que ele não gostasse das mesmas coisas que eu o papo era bom e nos dávamos bem párias que éramos. Certo dia, ele me convida para estudar na sua casa a qual ficava perto do colégio, aceito na melhor das intenções pois prezava sua amizade acima de tudo e o sexo nem mesmo era uma remota hipótese em minha cabeça.
Chegando lá, almoçamos, conversei com os pais dele que já me conheciam e fomos estudar na parte de trás da casa dele onde havia algo como um pequeno estúdio. Mais para o fim da da tarde, seus pais nos avisam que vão sair e que voltam só mais a noite e que nos servíssemos do que quiséssemos na cozinha ao que agradeci.
Assim que ficamos a sós, ele quis ouvir música e eu disse que sim. Não me lembro direito o que ele pôs a tocar, alguma coisa dos 80 e nacional acho mas sei que ele começou a dançar e me chamava. Eu, naquela época, mal sabia andar que diria dançar mas ele repentinamente me puxou e eu acabei cedendo.
Tudo ia bem até que ele resolveu, com um movimento rápido, me agarrar por trás e daí, já não era mais dança o que ele queria isso eu podia ver. Foi esforço me libertar, não queria nada com ele pois ele era meu amigo, misturar as coisas não podia ser bom. Custou mas ele acalmou o tesão e resolvemos acabar de estudar dentro da casa.
Lá dentro, a certa altura, ele disse que estava louco pra bater uma e queria saber se eu não queria também. Disse que não, que ele podia fazer sozinho e ele se levantou e foi para o quarto. Já não sabia mais se devia ignorar ou, como diria Wilde, ceder a tentação escapando da mesma. Do quarto, ele me chamava e acabei indo até a porta que estava entreaberta. Não dava para vê-lo mas no silêncio da casa, apenas conosco nela, dava pra ouvir o barulho inconfundível da punheta e fiquei com vontade mas ele, de propósito, não me deixou entrar e gozou atrás da porta me deixando entrar depois e ver seu leite ainda escorrendo do lado de dentro da mesma.
Disso ele foi para o banho e não se tocou mais no assunto. Fui embora louco de tesão mas ainda bloqueando sua imagem pois era meu amigo e não queria perder sua amizade que me era mui cara. Não aconteceu de novo até que um dia ele me disse que ia mudar para Atibaia com os pais o que me deixou desolado pois, ainda que não tenha sido nenhuma paixonite, sua amizade era muito importante para mim e vice-versa.
Tempos depois, quando sua nova casa estava pronta, ele me chamou para conhecê-la e lá fui eu para o interior. Fiquei feliz com o convite e chegando lá foi muito bom revê-lo pois desde que mudara só nos falávamos por cartas. Seus pais também ficaram felizes em me rever e eu a eles pois gostava muito deles e o dia foi tranquilo e de muito papo para por em dia.
À noite, fomos dormir cansados. Nós dois no mesmo quarto mas em camas separadas. Começava a pegar no sono quando sinto algo ao meu lado, era ele, sentado na beirada da minha cama. Perguntei o que ele queria e ele simplesmente pegou no meu pau.
Gelei, não sabia o que fazer, consentir ou gritar, sim, eu gostava de meninos mas aquele menino não era para ser sujo com o sexo, era meu amigo. Ele insistia e eu disse que se não parasse ia chamar o pai dele ao que ele de imediato respondeu tirando a mão e voltando para sua cama. Não dormi mais naquela noite e acho que nem ele.
Dia seguinte, ainda na ressaca do assédio, resolvo ir embora mais cedo sem dar maiores explicações o que põe a seus pais num estado de interrogação e ele, com certo de ar de 'ainda te pego, questão de tempo'. Voltei para a casa e resolvi não pensar mais no assunto e nem mesmo sabendo que certamente iria revê-lo, em como lidar com tudo aquilo.
Mais um tempo depois e foi aniversário do pai dele, creio eu e ele me ligou convidando. Não podia dizer não e acho que, de forma inconsciente, já sabia como tudo iria acabar mas, novo que era, não sabia como lidar com essas coisas e tudo me apavorava. Fui pra lá mais uma vez, deixando que o destino resolvesse o que fazer comigo.
A festa foi boa, muita gente, bebida e comida, foi até altas horas. Já quase de manhã sobravam apenas seus pais e nós e resolvemos todos nos recolher. Novamente, eu e ele no mesmo quarto mas as camas estavam mais distantes desta feita; teriam desconfiado e imposto uma pequena fronteira?
Como era inevitável, depois da casa quieta, ele investiu novamente e mais agressivo. Eu dizia que não mas meu pau estava que era pedra e ele disse: "Se não quer porque tá com o pau duro?' Foi a conta, mandei tudo às favas e fudemos como se fosse o último dia dos dois na face do planeta. Tomamos a porra um do outro e na terceira vez, sim, éramos novos e o tesão tanto que fudemos três vezes (espaçadas, diga-se), ele me deixou melado e assim fui dormir.
Isso na Sexta, não preciso dizer como passamos o Sábado e o Domingo. Só precisávamos cuidado com seus pais mas a casa era grande e fudemos nos cômodos mais afastados enquanto eles estavam na sala ou em outros cômodos, o perigo de sermos pegos era estimulante. Depois disso, perdi a conta de quantas vezes fudemos sendo que cheguei a loucura de ir para Atibaia apenas para fudermos num hotel da cidade e depois voltar a sp.
Depois, ele mudou de novo para SP sozinho e sua casa foi testumunha de várias fodas que tivemos. Era batata, bastava eu ir na casa dele e ele já estava me esperando pelado pra fuder sem dó. Até que ele, sabe-se lá porque começou a sair com mulheres e, confesso, acho que fiquei meio enciumado ainda que, quando nos víamos, o sexo era muito bom mas, acho que nunca entendi bem esse lance dele com as rachas pois me parecia uma fuga do armário que ele insistia em negar existir (sim, ele não achava que por fudermos ele era homossexual, era apenas uma fase se é que tal coisa existe ou seja possível).
O tempo se encarrega de por as coisas nos trilhos e, para o bem ou mal, nos separamos. Não propositadamente mas pelas curvas que a vida tem e que tiram centrifugamente as pessoas de nós. Muito tempo depois o vi pela última vez meio que por acaso. Ia casar, parecia com ar entristecido, não sei; talvez pela farsa que empreenderia para apaziguar os pais quando em seus leitos de morte.
Fudemos uma última vez mas não foi bom, perdera-se a magia ou qualquer outra coisa. Na verdade, eu já não precisava dele para sexo, foi a prova que tirei e temia por ele que ia enveredar por caminhos que não deveriam ser trilhados segundo meus conceitos. Não fui ao seu casamento, não por birra mas simplesmente por que não deu.
Nunca mais o vi, nem mesmo sei se vive ou já é morto ou se foi feliz na vida que escolheu para si. Espero que sim, nunca mais achei um FB como ele.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
lembranças aleatórias não relacionadas com a infância
Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...
-
Lembrança #10 Lembro de uma festa ou rave ou balada que eu ajudei um amigo a organizar num tipo de sítio eu acho. Estava separado do meu nam...
-
eu não, eu não e você eu sim, eu sim. essa dicotomia foi se arrastando pra dentro de nós com o tempo, matando aos poucos, pressionando se...
-
seis horas, ave maria, rosário na mão para entrar no vagão cheio. vai com a turba, vai fundo, não tem volta, apenas vai. seis horas, ave...
Achoque todo mundo já teve um sex buddy. O meu é hoje casado, eecontrei no orkut, porém, quando enviava uma mensagem, ele nunca respondia. Por acaso, ele pensava que eu iria falar algo ali pra todo mundo ver?
ResponderExcluir- Wans, quem deve, teme! Fato!
ResponderExcluir- Melo, adorei a falta de eufemismos. O uso do "fuder" invés do "transar" fez toda a diferença no relato.
bjos
Como foram bons nossos dias de adolescência né? Fico olhando os adolescentes de hoje e fico impressionado com a falta de graça na vida deles ... o lance do proibido era o melhor estimulante para um bom tesão ... qto às escolhas que as pessoas fazem é algo complicado né? tb não compreendo bem este lance de pessoas que passam a vida fudendo com outro cara e ainda se acham não homossexuais e se enveredam pela vida hétero ... vai entender né?
ResponderExcluirJá te falei isto mas repito ... adoro a total falta de eufemismos em sua forma de se expressar [tb valendo para o Wans] ...
bjux
;-)
Morri - de tesão, agora.
ResponderExcluirHahahahahaha!!!!
Ótimo texto... WOW!
Hugzão!
Não tenho memórias da adolescência, santa lerdeza a minha.
ResponderExcluirMuito massa. Morri de tesão (2)
Você era uma bichinha uó, viu.
ResponderExcluir(Eu tb fui dessas).
Sinha Vaca?!?! Adoro muito tudo isso!!! Vais dirigir ou atuar? Precisamos começar os testes com os cafuçus que irão interpretar os escravos bem dotados, né??
ResponderExcluirVamos agendar!!!!! Hahahaha!!!! Hugz, criatua fodástica!!!